𖦹 Harry é o filho mais novo de um importante chefe de família, que está prometido ao líder da máfia italiana, Cosa Nostra, desde seus treze anos. Louis é o temido líder da Cosa Nostra, que para poder assumir seu cargo, precisa se casar.
𖦹 Depois...
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Harry estava observando o teto, deitado no sofá amplo de sua sala de estar. Era mais de meia noite, ele aguardava o momento que o marido iria chegar.
Louis havia ido com Luigi, resolver o breve problema de divergências de opiniões. Eles iriam dar um fim a briga interna que estava acabando com a paciência de Louis.
Harry estava bem e feliz, porque, nos dias que se sucederam desde a primeira sessão com a psicóloga, tudo estava caminhando muito bem. Estava tudo ótimo.
O cacheado virou o rosto, para observar o melhor amigo, que igualmente estava bem quieto, no outro sofá. Seu olhar perdido e sua mão segurando o colar que era do noivo, indicavam muitas coisas.
— No que você está pensando? — Harry o perguntou.
Luca saiu de seus pensamentos, focando no amigo que parecia curioso, ele apenas virou a cabeça, olhando para o lado.
— Nada demais — Luca comentou — é só preocupação comum.
— Eu também estou preocupado — Harry o disse — não desesperado, porque sei que os dois sabem se virar muito bem. Eu só estou preocupado com ele, não quero que acabe se machucando.
— Eu sei como é — Luca acenou — mas eu acho que sinto só um mal pressentimento, não vou dar corda e pensar coisas ruins.
— Eles já saíram há um bom tempo — este o disse — devem estar voltando.
— Sim.
Harry suspirou, pondo os pés no chão e seu corpo lentamente escorregou do sofá macio e confortável. Ele estava usando um pijama, ambos estavam.
— Luca, vamos jogar alguma coisa! — este pediu.
— Eu não, você é trapaceiro — o outro riu.
— Mentira — Harry o encarou chocado — é você que não sabe perder. Me diga uma vez que eu trapaceei.
— Posso te dizer dez — ele se sentou com calma na borda do sofá — hoje de manhã, nós jogamos uno e você escondeu as cartas debaixo do tapete...em todas as dez rodadas.
Harry sabia que era um trapaceiro, mas não dava para culpá-lo, ele não gostava mesmo de perder.
— Retire o que disse — apontou na cara do amigo, segurando a risada.
— Jamais — recusou, cruzando os braços — você deveria ter vergonha.
— Retira logo — Harry o empurrou no sofá e ambos caíram sobre ele. As mãos de Harry foram para cintura de Luca e este começou a fazer cócegas no amigo.
— Para, Harry — este tentou dizer, mas sua voz se engasgou com as risadas — alguém chama a carochinha.
Harry não se segurava também, ele ria bem alto, mas ainda sem parar de perturbar a paz de seu amigo.
