Capítulo Dezoito

16 7 0
                                    

— De novo, enjoada? - pergunta a Karol e confirmo limpando minha boca, fechando os olhos e deixo algumas lágrimas caírem — Você sabe que estamos em um hospital, né? - rio com aquilo e confirmo

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

— De novo, enjoada? - pergunta a Karol e confirmo limpando minha boca, fechando os olhos e deixo algumas lágrimas caírem — Você sabe que estamos em um hospital, né? - rio com aquilo e confirmo.

— Estou bem, Karol - digo limpando as lágrimas, a mesma confirma, me olhando estranha e beija a minha testa — Tem algum paciente?

— Tenho sim - ela pega o celular que estava no bolso da sua calça e desbloqueia a tela — tô vendo que quer se livrar de mim... - ela brinca e olho ofendida pra mesma. Ela sai do banheiro comigo e se senta em uma das cadeiras azuis do hospital, se arruma na cadeira e fica olhando a sala onde estávamos — Tô zuando, tô indo lá, tome cuidado e o remédio - ela diz saindo da sala de descanso dos médicos.

Passo mais água pelo meu rosto e seco minhas mãos, me sentia feliz por aquilo, mas triste por não poder contar pra ele... O mesmo tinha me contado a história dele com a Jéssica há alguns anos, essa história me fez perder várias noites de sono, onde ficava vendo o mesmo dormir. Muitas vezes ainda me perco nesses pensamentos, tinha medo que ele não acreditasse em mim, sabia que ele iria, mas queria provar de todo jeito que aquilo tudo era sim, real.

Vou andando até os armários e pego no meu a minha mochila, pego o meu diário e vejo uma foto nossa cair dele, me agachei pegando ela do chão e vendo o sorriso dele dentro da Moon. Guardo a foto e pego o meu marcador de página, que era uma sequência de fotos da gente, brincávamos e riamos juntos.

Guardo tudo e só penso em ir para casa, meus pés estavam me matando. Faz três dias que não durmo com o Aly, sinto saudade dele na cama e sentia mais ainda da massagem maravilhosa que ele faz nos meus pés quando chego do hospital...

Vou andando pelo hospital com a minha mochila nas costas e fico cantando baixinho uma música que escutei com o Mark e fico pensando nas coisas.

Estava morrendo de vontade de comer uma comida italiana que o Lewis faz pra mim, meu Deus... eu tô com vontade dele, isso sim... Mas uma pasta agora não cairia mal...

Assim que saio do hospital chamo um táxi, o mesmo estava completamente molhado, a cidade estava com uma mistura peculiar no ar, o aroma era de terra molhada pela chuva, claro, faz sentido esse cheiro já que está chovendo esses dias, mas minha mente não estava querendo focar nisso, a minha pulseira estava brilhando mais nesses últimos meses, olho para a mesma com atenção. Entro no táxi e toco na minha pulseira novamente, ela estava gelada e sentia falta de sua outra parte.

Encosto minha cabeça no vidro do táxi e digo o endereço de casa, minha mente volta pra ele e para a nossa noite na cabana.

— Desculpe, senhorita - o motorista fala —, mas não entendi, buzinaram você disse o endereço - ele diz e percebo o trânsito à frente, não tínhamos entrado na avenida, mas a rua estava completamente engarrafada.

— Dunbar Street - digo novamente e me arrumo cansada no carro, eu só queria voltar para casa e descansar logo.

Pego o meu celular no bolso da calça e ligo a sua tela revelando a hora e o papel de parede, eram 19:30 de uma sexta. Sorrio vendo o papel de parede que era o Aly sentado perto da janela do apartamento dele. Ele lia um livro em alemão, tinha gravado o nome por conta da história, Os sofrimentos do Jovem Werther. Desbloqueio o celular e uma montagem de fotos formam o papel de parede, sendo uma mistura de foto do pessoal, com fotos minhas com o Aly.

A foto da sua AlmaWhere stories live. Discover now