Capítulo nove parte I

15 0 0
                                    

O vento bate em meu rosto separando mechas do meu cabelo da trança lateral meio frouxa, frio demais, ainda assim não quero fechar a janela do carro, a brisa gélida de algum jeito tem um efeito tranquilizante sobre mim, afastando os pensamentos estressante que me têm feito perder o sono, talvez fosse por isso que eu tenha feito isso. Ter um pouco de tranquilidade.

Eu costumava sair às escondidas com o carro do meu pai depois que finalmente consegui tirar minha carteira de motorista aos dezesseis, mas não antes de fazer um juramento e escutar dez minutos inteirinho de sermão do temido delegado El Duarte. Bem humilhante por sinal, não me lembro dos meus irmãos passarem por isso.
Sempre fui bem responsável de frente ao volante nas pistas rurais, mais alguns quilômetros fora delas eu gosto de ter a liberdade de passar da velocidade indicada, só alguns décimo. Agora estou deixando todos os meus conceitos para trás, irritada pelo que aconteceu a horas a trás, sei que fui idiota com Mikelly e não posso julgar o seu comportamento pelo resto do dia ou o olhar que o Campbell me lançava toda vez que nós entregamos pelo corredores do departamento.

Talvez esse seja o verdadeiro motivo de sair em plena madrugada.

Respiro fundo, sentindo o vento bater em meu rosto.

É tão tranquilizante sentir o movimentos ao virar em cada curva, ver as árvores passando como um borrão, amo sentir o friozinho maravilhoso na barriga, amo o coração acelerado após uma dose intensa de adrenalina correndo pelas veias e até um pouco do medo, o medo que me fazer refletir sobre a vida. Eu amo a correria do dia, amo chegar em casa com a sensação de dever comprido, saber que após um dia logo, estressante e exaustivo que
Mas essas sensações são passageiras, como várias outras nessa vida, eu queria ter na vida, apenas por milésimos de segundos, que o tempo pudesse parar para eu poder respirar fundo, viver e sentir que tenho todo o tempo que eu quisesse.

É possível pensar que algo intocável pode ser tão valioso. Acreditar ser possível na existência essencial e transformadora, que trás o tempo. As expectativas alcançadas, os fracos, as traição e a renovação do ser como um todo. Só o tempo pode lhe dar isso.
Mas nem as saídas na calada da noite podem me dar o luxo de ficar tranquila. Com um leve sobressalto, me dou conta do alarme vermelho piscando no meu celular. Meu coração bate no peito, agora nada relacionado com a sensação anterior, um medo real toma conta do meu ser. Com um movimento rápido e mão firme , o pego e vejo a mensagem.

Escrito em poucas palavras, em letras gritantes.

ALARME VERMELHO
Caso fantasma

Movimentação na operação de campo do caso fantasma, todos os envolvidos compareceram às departamento às quatro horas da manhã em ponto.

Agarro o volante com força, jogando o celular de lado, os pneus cantaram sobre a pista, quase fui jogada contra a porta do carro, eu simplesmente não me importei em virar o carro com uma manobra arriscada, meu pai com certeza se importaria. Balanço a cabeça e pisso fundo no acelerador. O motor reagir e de repente estou a mais de cem por hora rumo a Nova Iorque.

O intervalo acabou, hora de voltar para o trabalho.

O intervalo acabou, hora de voltar para o trabalho

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
meu detetive babaca (Pausado)Onde histórias criam vida. Descubra agora