|08| Loser=Lover

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Enquanto dirijo em direção à sede da minha empresa, não consigo parar de pensar nas palavras de Yuna.

Então se eu queimar essa linha vermelha, Han sofrerá? Embora eu não saiba se conseguirei destruí-la mesmo, afinal, foi o próprio rei que a colocou em mim.

Talvez nem Yuna tenha tal poder em mãos.

Testar seria uma possibilidade? Das duas uma: ou esse isqueiro não surtirá efeito, ou Han terá mais desgraças em sua vida.

Penso que a última opção seja melhor, até porque, seria péssimo continuar convivendo presa à ele novamente.

Vejo minha empresa mais a frente e sorrio notando o quão grande ela é.

Graças a Yurim do passado sou capaz de esbanjar a vida que tenho atualmente. Foi uma ótima ideia abrir esse negócio.

Entro e sou recebida pelos funcionários que se curvam para mim, apenas lhes lanço um leve balançar de cabeça.

A gerente Jang me coloca tudo à par das coisas mais importantes, apesar de não ligar mais para isso. Agora só cuido de alguns assuntos daqui, tirando isso, a única coisa que me importa atualmente é o dinheiro que recebo.

Depois de escutar as novidades e fazer uma vistoria por alguns andares, decido ir embora.

Saio da sede e vou direto para o hotel, chegando em meu quarto adentro pensando que talvez Han já tivesse voltado para o dele.

Quando piso no cômodo vejo ele parado de costas para mim e com a mão esticada, como se estivesse segurando algo.

Dou alguns passos me aproximando e Jisung parecia não ter me percebido ali. 

Cutuco seu ombro uma vez e ele dá um pulo de susto, me encarando com os olhos arregalados.

— O que foi? Parece até que viu um fantasma. - falo e Han respirava rápido. 

Analiso ele inteiramente e agora o garoto encarava o chão, percebo sua mão dando uma leve tremida.

Sigo seu olhar e fecho ainda mais a cara ao ver meu grampo de cabelo no chão.

— Andou mexendo nas minhas coisas? - pergunto duramente e Jisung balança a cabeça.

— D-desculpa eu só… - ele engole seco, parecia nem conseguir explicar. — Estava na escrivaninha e pensei que talvez-

— Pudesse pegar sem permissão? - o interrompo erguendo a sobrancelha.

— Me desculpe. - encolhe os ombros e parecia querer falar algo, mas estava hesitante.

— Diga logo. - aviso pegando o maldito grampo do chão.

— Esse… - Jisung pigarreia e eu suspiro irritada. — Bom, foi com ele que matou aquele espírito que queria me fazer mal, não é?

— Sim, esse grampo só serve pra isso. - o guardo em minha bolsa. — Nunca mais mexa em nada meu. 

Ele concorda balançando a cabeça e eu dou a volta na cama, sentando nela.

Escuto Han pigarreando e logo o mesmo já estava novamente na minha frente. Franzo o cenho, pensando que talvez dessa vez ele conseguisse me tirar do sério definitivamente.

— O que foi dessa vez? - pergunto sem paciência.

Por incrível que pareça, ele se senta lentamente ao meu lado e eu só consigo imaginar que esse garoto realmente não tem medo do perigo.

— Eu, hm, como posso dizer isso… 

— Desembucha, Han. - o apresso.

— Eu vi você quando segurei o grampo. - diz e eu fico confusa. — Vi você usando um hanbok que as mulheres da realeza usavam antigamente, parecia até uma princesa.

So Long | Han Jisung |Onde histórias criam vida. Descubra agora