Enquanto dirijo em direção à sede da minha empresa, não consigo parar de pensar nas palavras de Yuna.
Então se eu queimar essa linha vermelha, Han sofrerá? Embora eu não saiba se conseguirei destruí-la mesmo, afinal, foi o próprio rei que a colocou em mim.
Talvez nem Yuna tenha tal poder em mãos.
Testar seria uma possibilidade? Das duas uma: ou esse isqueiro não surtirá efeito, ou Han terá mais desgraças em sua vida.
Penso que a última opção seja melhor, até porque, seria péssimo continuar convivendo presa à ele novamente.
Vejo minha empresa mais a frente e sorrio notando o quão grande ela é.
Graças a Yurim do passado sou capaz de esbanjar a vida que tenho atualmente. Foi uma ótima ideia abrir esse negócio.
Entro e sou recebida pelos funcionários que se curvam para mim, apenas lhes lanço um leve balançar de cabeça.
A gerente Jang me coloca tudo à par das coisas mais importantes, apesar de não ligar mais para isso. Agora só cuido de alguns assuntos daqui, tirando isso, a única coisa que me importa atualmente é o dinheiro que recebo.
Depois de escutar as novidades e fazer uma vistoria por alguns andares, decido ir embora.
Saio da sede e vou direto para o hotel, chegando em meu quarto adentro pensando que talvez Han já tivesse voltado para o dele.
Quando piso no cômodo vejo ele parado de costas para mim e com a mão esticada, como se estivesse segurando algo.
Dou alguns passos me aproximando e Jisung parecia não ter me percebido ali.
Cutuco seu ombro uma vez e ele dá um pulo de susto, me encarando com os olhos arregalados.
— O que foi? Parece até que viu um fantasma. - falo e Han respirava rápido.
Analiso ele inteiramente e agora o garoto encarava o chão, percebo sua mão dando uma leve tremida.
Sigo seu olhar e fecho ainda mais a cara ao ver meu grampo de cabelo no chão.
— Andou mexendo nas minhas coisas? - pergunto duramente e Jisung balança a cabeça.
— D-desculpa eu só… - ele engole seco, parecia nem conseguir explicar. — Estava na escrivaninha e pensei que talvez-
— Pudesse pegar sem permissão? - o interrompo erguendo a sobrancelha.
— Me desculpe. - encolhe os ombros e parecia querer falar algo, mas estava hesitante.
— Diga logo. - aviso pegando o maldito grampo do chão.
— Esse… - Jisung pigarreia e eu suspiro irritada. — Bom, foi com ele que matou aquele espírito que queria me fazer mal, não é?
— Sim, esse grampo só serve pra isso. - o guardo em minha bolsa. — Nunca mais mexa em nada meu.
Ele concorda balançando a cabeça e eu dou a volta na cama, sentando nela.
Escuto Han pigarreando e logo o mesmo já estava novamente na minha frente. Franzo o cenho, pensando que talvez dessa vez ele conseguisse me tirar do sério definitivamente.
— O que foi dessa vez? - pergunto sem paciência.
Por incrível que pareça, ele se senta lentamente ao meu lado e eu só consigo imaginar que esse garoto realmente não tem medo do perigo.
— Eu, hm, como posso dizer isso…
— Desembucha, Han. - o apresso.
— Eu vi você quando segurei o grampo. - diz e eu fico confusa. — Vi você usando um hanbok que as mulheres da realeza usavam antigamente, parecia até uma princesa.
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So Long | Han Jisung |
FanfictionKo Yurim é uma ceifadora há pelo menos quinhentos anos. Como punição por sua vida pecaminosa, sua única chance de reencarnar foi lhe dada pelo rei das divindades; a tarefa de guiar almas perdidas como forma de pagar a sua dívida. Sem estar viva nem...