So Long | Han Jisung |

|42| Here I am again

— Você continua o mesmo. - Bang Chan diz de semblante fechado. — Achei que pudesse mudar, mas tudo o que você me dá é desgosto.

Felix ri soprado, a tensão era grande e Seungmin dá um passo pra trás checando se Han ainda estava vivo. Eu o encarava ansiosamente, com medo do que sairia dali.

— Então estou no caminho certo. - Felix sorri medonhamente. — Eu irei sempre para o lado em que você não estiver, tenho nojo de ser seu irmão.

Meus olhos ainda se focavam em Seungmin, até que ele me encara aliviado e balança a cabeça afirmando.

Solto o ar que estava preso e sinto um pingo de esperança, ele ainda estava vivo, ainda está vivo.

— Não vê quanta gente feriu e matou? - Bang pergunta triste. — Até quando será assim, meu irmão?

— Esse sou eu, e nada irá mudar. - o outro responde irritado. — Matarei quantos forem necessários pra atingir o que eu quero, e você será o próximo.

Felix avança rapidamente e uma espada prateada surge na mão de Bang Chan, interceptando a tentativa de golpe do outro. 

Uma luta feroz começa e seus golpes eram tão fortes que o barulho ecoava alto por todo canto da casa, as espadas se chocam e os dois são empurrados pra trás, mas ambos nem se desequilibram.

Vejo alguém passando escondido pelas outras pilastras, Minho se movia rapidamente, mas com cuidado para que não fosse notado.

Ele chega até mim e se agacha ao meu lado.

— O que faz aqui? - pergunto preocupada. — Não tinha mensageiros cuidando de você?

— O-olha parece que sou o único que não entende o que tá acontecendo aqui. - ele responde tremendo. — Felix sequestrou a gente.

Minho explica, mas isso realmente não era importante agora. Tento me sentar melhor e grunho com a dor, o garoto me ajuda segurando meu braço.

— Aquele é do bem, né? - ele aponta pra Seungmin que agora estava desmaiado junto de Han, arregalo os olhos ao vê-lo assim. — Vou buscar os dois.

Seguro seu braço, o impedindo de ir.

— Não, é perigoso.

— Não é mais perigoso ficar lá, no meio daquela, hm, batalha? 

Não sei se normalmente ele era perdido assim mesmo ou um lugar cheio de presenças divinas estava deixando-o mais biruta.

Minho se solta e sai se escondendo atrás das pilastras, aperto mais forte a ferida da minha barriga, me contorcendo novamente. Meu olhar se encontrava na batalha e em seguida, em Han e Seungmin.

Bang Chan e Felix tinham ferimentos em todo o corpo, os dois pareciam ser igualmente poderosos. Talvez eles fiquem num ciclo sem fim, eu teria que fazer algo pra ajudar. Mas o quê?

Minha atenção volta para Minho, que trazia Jisung em suas costas. Ele coloca o amigo deitado ao meu lado e eu verifico seu ferimento… mas era muito profundo.

— Aqui. - Minho me entrega o grampo. — Estava jogado no chão.

Seguro sua mão fortemente tentando pensar positivamente, ele não pode morrer, de jeito nenhum. Sua respiração estava fraca e seu rosto pálido, Minho chega com Seungmin que estava em condições semelhantes ao outro, senão pior.

Pelos céus, por favor, não.

Minho tira o cardigã e enrola na perna de Seungmin, estancando o sangue que jorrava; o mensageiro estava tão machucado no rosto que eu mal o reconhecia.