2. Capítulo

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Hello, galera!

Um novo capítulo para vocês.

Espero que gostem, Bjão!

Corro o mais rápido que eu consigo, o que não é muito tendo em vista a meu baixo preparo físico e as dezenas de criminosas mágicas que parecem, assim como Danika, terem recuperado seus poderes, saído de suas celas e iniciado uma insurreição bem no meio dos corredores, enquanto as freiras misteriosas de dividem para conter as foras de si ao mesmo tempo que investigam o que desencadeou tudo isso.

Desvio de duas bruxas e uma freira enquanto continuo a correr, toda a situação lembrando muito do meu pesadelo recente, com a diferença que no pesadelo eu não cansava, mesmo correndo e saltando, enquanto aqui eu estou quase sem folego após alguns segundos.Tento me controlar e não olhar para trás, mostrando que eu aprendi com os erros cometidos no meu sonho, mas é mais forte que eu. Viro meu rosto tentando localizar Danika em meio ao caos, mas não a veja em meu encalço como imaginei que ela estaria e por um milésimo de segundo eu me permito nutrir uma tola esperança de que consegui despista-la e que estou a salvo, mas basta olhar para frente e essa esperança está morta novamente.Danika está parada em minha frente, sorrindo para mim, sua pele amarelada com alguns traços marrons, sua íris espessada verticalmente, suas unhas enormes e parecendo amoladas.Estou tremendo, porque, veja, mesmo com meus pensamentos anteriores, eu não quero morrer. Não quando tudo que eu conheço é uma vida presa e restrita no Sanatório Nortem.─ Veja a ratinha que eu encontrei. ─ Danika fala, levando sua mão aos seus lábios, colocando sua língua bifurcada para fora e lambendo uma de suas garras afiadas.─ Danika, por favor... ─ eu falo.Seu sorriso aumenta.─ Essa sempre foi a minha parte favorita, sabe? Quando eles imploram. Não temos mais muito disso de onde eu venho, as pessoas são fortes e me dão uma luta justa, o que faz com que eu precise ser rápida, mas eu sei que terei algo diferente com você. Poderei ter meu tempo enquanto faço você sangrar e implorar. Olho freneticamente os meus arredores em busca de algo que eu possa utilizar como arma, mas não encontro nada. Mas algo me diz que mesmo que eu conseguisse não seria suficiente, é óbvio que Danika me vence em força e experiência.─ Por que? ─ digo, tentando ganhar tempo o suficiente para uma freira interromper o meu assassinado.─ Porque eu odeio você e tudo que você representa, Asye. Danika começa a andar lentamente em minha direção, me forçando a recuar até que eu me bato com alguém no corredor que está em meio a sua própria luta. Essa pessoa, irritada por eu tê-la feito perder um golpe me empurra, mas, tendo em vista sua força inumana, é o suficiente para que eu perca o equilíbrio e caia no chão, batendo minha cabeça.Sinto minha visão nublar mas me obrigo a me manter acordada. Tento levantar mas antes de sequer me afastar do chão Danika já está em cima de mim, me prendendo ao chão, uma de suas garras perigosamente próximas ao meu pescoço.─ Você representa um mundo bonito e intocado, Asye, um mundo que foi tirado de mim, de todas nós a muito, muito tempo. Nós a odiamos por isso.Tento focar.Isso não faz o mínimo sentido.─ Eu estou aqui como vocês, sou uma de você. ─ tento gritar acima dos barulhos em minha volta, minha voz exalando desespero.─ Olhe para você mesma, bonita, brilhante, educada... mesmo aqui você foi privilegiada e protegida.Me contorço, tentando sair do seu aperto. Ela não faz sentido algum.─ Olhe para essa pele maravilhosa ─ ela passa a unha de um lado a outro do meu pescoço ─ uma tela em branco em busca de um artista e a artista serei eu.─ Danika... ─ choramingo.Ela desce sua cabeça até o meu ouvido.─ Grite para mim. ─ ela sussurra.E eu grito.Não porque eu quero obedecê-la, mas porque ela acabou de enfiar uma das suas garras no meu abdômen.─ Eu tinha conseguido uma adaga para você hoje à noite, mas isso ─ ela leva o dedo que usou para me esfaquear a sua boca, lambendo meu sangue ─ isso é muito melhor do que qualquer coisa que eu tinha planejado.A dor é tão grande e sinto a escuridão tentando me atingir.─ Danika... ─ sussurro.─ Um corte no abdômen é perfeito, sabe? A dor é enorme, na maioria das vezes deixa o oponente imobilizado no chão, mas mesmo sendo grave e podendo leva-lo a morte, não será uma morte rápida, o que permitirá que eu me divirta bastante antes de estar tudo acabado. ─ ela solta uma risadinha infantil que parece estranha saindo de uma pessoa como ela ─ Além de te proporcionar uma morte muito, muito lenta.Choramingo, sendo atingida novamente, dessa vez na minha coxa.─ Por favor, fuja. Não perca a oportunidade de fugir apenas para me matar. ─ apelo.─ Eu não preciso abrir mão de uma coisa para ter outra, Asye. ─ ela toca sua língua no céu da boca ─ Asye, que tipo de nome é esse?Eu também me pergunto que tipo de nome é esse. Será que minha mãe que o escolheu para mim?Será que eu tenho uma mãe?Por que eu estou aqui?Todas foram perguntas que me afligiram enquanto Yvonne me enchia com histórias do mundo lá fora. Essas foram as respostas que sempre achei que encontraria um momento ou outro durante minha existência, mas agora parece que será algo impossível de conseguir.Porque eu estou morrendo.E eu amo e odeio isso ao mesmo tempo.Amo porque estou finalmente livre, mas odeio porque amo isso e porque nunca terei respostas ou conhecerei mais.Danika me atinge uma terceira vez, na outra coxa, e eu grito e choro ao mesmo tempo, mas isso só parece diverti-la ainda mais, visto a gargalhada que ela solta.─ Que a Mãe me guie ─ tento sussurrar a oração que Yvonne me ensinou uma vez ─ e que o pai me perdoe...─ Clamar aos deuses não irá adiantar agora.─ E que as gêmeas me concedam a benção do descanso eterno. ─ termino.Danika se prepara para mais um golpe mas acredito que os deuses ouviram minhas suplicas e me concederam um último desejo, porque sinto a escuridão finalmente me tomar conta de mim, lentamente.Sinto meu corpo ficar mais leve, como se estivesse finalmente livre e forço um sorriso.─ Merda, chegamos tarde demais. ─ ouço uma voz distante dizer.─ Cale a boca, e me ajude. Não pode ser tarde demais. ─ outra voz desconhecida diz e essa parece diferente, mas grossa.Não me importo com as novas vozes e me entrego inteiramente a escuridão. Sinto algo movendo sobre mim, mas isso não importa mais, nada mais importa, estou em meio a escuridão mas diferente do meu sonho, onde ela me causa pânico, essa me traz conforto.─ Onde você está? ─ ouço a voz da escuridão do sonho mas ela parece estar tão distante.─ Não consigo encontrá-la. ─ ele soa decepcionadoQueria ter forças para sorrir, porque agora estou a salvo.Dessa vida, de Danika, das freiras e da escuridão que me atormentava.Estou finalmente em paz.

DarknessTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon