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Depois de chegar em casa fui direto na cozinha, aonde eu sabia que minha avó e tia estariam. Assim que entro no cômodo sou recebida pelas duas perguntando se estou com fome.

- Não, eu estou bem.- Sorrio fracamente enquanto me sento no balcão. - Eu queria pergunta uma coisa...

- O que,querida?- Minha tinha Rose pergunta enquanto mexe na massa em que está trabalhando.

- Eu poderia ir em uma festa?

- Claro! Quando vai ser?- Eu recuo antes de responder.

- Hoje.- Ela olha pra mim e depois para minha avó que continua a fazer seu trabalho com o molho.

- Não sei se é uma boa ideia, Anna...

- Deixe ela ir. É jovem e precisa se divertir. - Minha avó olha para mim sorrindo docemente. Retribuo seu sorriso.

- Mamãe...

- Rose...- Minha avó encara minha tia que suspira e olha para mim.

- De volta às meia noite!- Ela avisa apontando para mim. Pulo do balcão e a abraço por trás.

- Obrigada tia! Talvez eu volte antes mesmo de meia noite. Eu não pretendo ficar muito.- Agradeço me afastando da mesma.

- Não precisa,amor. Quero que se divirta e aproveite.- Rose diz gentilmente.

- Vou sim,pode deixar.- Pego uma maçã na fruteira e saio da cozinha. - Vou tomar banho!

Grito da escada e vou em direção ao meu quarto. Antes de tomar banho arrumo algumas coisas que estavam fora do lugar.

Depois que tomei banho fiquei deitada na cama olhando para o teto esperando o tempo passar já que ainda estava muito cedo para começar a me arrumar.

Uma coisa que eu não posso fazer: Ficar muito tempo quieta. Se eu não fizer nada meus pensamentos tomam conta da minha cabeça e eu não quero isso. Então eu me sento na cama e mexo no celular. Aperto no aplicativo de mensagens e abro na conversa com Conrad.

"Ansiosa pelos meus donuts :)"

Alguns minutos depois meu celular vibra e eu abro a mensagem.

"Isso significa que você vai mesmo?!"

"Eu disse que iria,não? Acordo é acordo."

"É assim que se fala ;)"

"Digita**"

"*revirando os olhos profundamente "

Sorrio enquanto leio sua mensagem. Largo o celular em cima da cama e vou até minha mesa de desenhos. Pego o último desenho que fiz e o observo.

Uma borboleta preta em uma tulipa branca. Não faço ideia do significa. A verdade é que meus desenhos não tem significado, mas minha psicóloga tem certeza do contrário.

Pensar nisso me faz lembrar que tenho que tomar meus remédios. E como se lesse meus pensamentos, tia Rose abre a porta com meus comprimidos em uma mão e na outra um copo d'água.

- Você sempre esquece. - Ela diz assim que vou até ela e pego os remédios de sua mão.

Coloco os compridos na boca e bebo a água logo em seguida. Lhe devolvo o copo agora fazio e a agradeço.

Suspiro quando a porta se fecha depois de minha tia sair. Volto para minha mesa de desenhos e me sento na cadeira enfrente à ela. Começo a desenhar na folha branca e grossa enquanto espero o tempo passar.

(...)

Vou até o espelho mais uma vez e encaro meu reflexo. Franzo o cenho em desgosto pela roupa escolhida. Uma blusa curta colada e uma jardineira por cima. Não.

Cruel Summer - Jeremiah Fisher Where stories live. Discover now