Capítulo 1 : A verdade embriagando as mentiras.

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Park Jimin não sabia como havia chegado-se dentre tais pessoas com cheiro horrível de bebidas baratas e em tal locação de música alta e sem entendimento

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Park Jimin não sabia como havia chegado-se dentre tais pessoas com cheiro horrível de bebidas baratas e em tal locação de música alta e sem entendimento. Não tinha sequer uma conclusão além de que odiava aquele ambiente, possuía uma mera aversão aquela melodia complicada em seus ouvidos e aquelas luzes fortes em seus olhos. Porém, antes que pudesse apartar-se, um qualquer lhe puxara pelo contorno, buscando envolver-o na batida estrondosa. O seu pulsante amedrontou-se, batendo sobre os músculos rapidamente, pois, na verdade, não queria também estar ali. Não queria ser um maldito necessitado por qualquer carinho nos mudos de sua consciência e gostar da pequena eletricidade que correu perante aqueles lábios colados aos seus. Odiava ser tão vulnerável aos seus próprios anseios, porque mesmo que tentasse esconder-se de si próprio, o mesmo também sabia como ninguém o quão quebrado estava.

O aperto de sua cintura era firme, parecendo querer-lo ali. Tal firmeza suavemente traçou a delicadeza, passeando em suas bochechas, e nessa mesma delicadeza o cheiro madeireiro misturava-se ao licor que os cobriam. Cheiros distintos e perceptíveis, cigarro havia naquele que lhe arrepiara o pescoço. — Bela cicatriz, meu bem.  — Os dedos do terceiro traçou a marca que levava em um dos lado de sua tez; desenhava-se à altura da sobrancelha fazendo-se até mais abaixo de seu olho.

Não gostava do rumo que tal curiosidade estava o levando, ou das recordações que se faziam em sua mente, já que compreendia do dolor que tais justificativas teriam. Aquele machucado que o fizera perder a visão era muito mais que uma mera marca, carregava a tolice que possuía e a sua desesperança. Desesperançado, feito de tantas perdas que tinha medo de qualquer falar, afinal tudo parecera ilusório para alguém manipulável o bastante.

Sentia o quente naquele rodear sobre a sua cintura tanto que os seus dedos inquietos agarravam aquela silhueta com êxtase, talvez com um medo incontrolável de perda, pois sabia que que não era alguém capaz à fincar laços ao sentir o gosto da língua, e mediante neste, prometer ao homem que ficaria de fato. Ele não era de tal forma, não porque gostava de ser o vilão nas histórias contadas no blocos de notas de alguém, mas sim porque sentia-se forçado a amar com tamanho fervor que queimaria peito adentro; sentia-se sufocado a cumprir linhas já traçadas de como um sentir deveria ser, de como amar e ficar deveria ser. Ele amava, mas era de uma maneira desajeitada com dígitos frágeis, capazes de quebrar corações entusiastas ou veteranos. Assim como amara sentir o gosto de licor pintado de limão daquele músculo jordeano em sua boca, assim como a adrenalina que lhe passou quando aqueles braços lhe apertaram contra o peito e o deixaram descansar.

Quebrado, amedrontado. Deveras pequeno; era como sentia-se desde de tal dia que pensava em comunicar a verdade aos seus pais, sobre quem ele era, lhes dizendo sobre a sua parcela escondida. Até ali, o jovem Park achava-se invencível a tudo, pois possuía amor, um amor que caminhou por toda a sua existência, desde seu primeiro choro, porém, o medo  de suas ditas e aqueles, os seus maiores laços, se partirem com muita facilidade era tanto.

E, como aquela maldita música que tirava-lhe de uma atmosfera calma para trazer-lhe algum sentir escorregando em permeio aquele barulho, a ansiedade e o tamanho descontrole de suas carnes que tremiam, fez-se. A inquietação de seu respirar e desgosto sobre as paredes de seu estômago também; demasiadamente enjoado no desenrolar das línguas, que se apartou no mesmo segundo, tão abruptamente quanto o seu tentar de correr afora. Os pedidos sob seu nome enquanto fugia eram ouvidos, mas não podia ser, não podia ficar, nem sequer pensar na possibilidade, pois seria desonesto com as emoções que estava experimentando e com aquele homem que poderia ser o seu grande amor perdido quando jovem.

Chegaste ao fim dos capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Sep 18, 2022 ⏰

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Doutor Jeon | JikookOnde as histórias ganham vida. Descobre agora