Amantes

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Entre a cozinha e a sala, as roupas de ambos foram sendo jogadas pelo chão, até Taehyung cair deitado no amplo sofá: ele recebeu Jimin, que se sentou sobre a sua cintura, o puxou pra si num abraço e beijou aquela boca com sabor de mel frutado.

— Mmh!... — Jimin gemeu na boca que lhe devorava os lábios, movendo a própria mandíbula o mínimo pra que Taehyung ficasse à vontade — Uhm... — Ele corria a língua por onde as bocas se juntavam, então a escorregava por sobre a sua, a contornava, e por fim tocava com a ponta o céu da sua boca antes de retornar e fazer aquele mesmo caminho de novo — Mh — Piscou os olhos, sentindo os cílios úmidos sobre as bochechas que ardiam: respirar se tornando difícil pelo ar que começou a faltar — ...hah... — Separou o beijo num estalo molhado: um fio de saliva que o ligava rompendo e caindo numa linha sobre o queixo de um Taehyung ofegante e de lábios inchados — Você beija como se a gente já estivesse transando — Ergueu-se sentado, depois de recuperar o fôlego, jogando com os dedos pra trás da testa a franja suada — Eu gostei disso.

— E-e a gente não está? — Taehyung perguntou, como que preocupado. Jimin segurou uma risadinha.

— Ainda não... — Rebolou sobre o membro teso abaixo de si, sutilmente, mas o suficiente pra fazer Taehyung estremecer visivelmente — Mas se você está com pressa, podemos começar agora.

— E-espera! — Taehyung ergueu o tronco, pousando ambas as mãos na sua cintura com um toque gentil — E-eu não quero te machucar...

— Convencido — Riu, também tocando o rosto alheio gentilmente numa das mãos — Mas você não vai me machucar, relaxa.

— Eu não tenho q-que preparar você?

— Eu já me preparei antes — Então pegou na sua mão, a guiando ele mesmo enquanto se erguia um pouco — Aqui — Jimin viu Taehyung enrubescer do pescoço às orelhas à medida que escorregava as pontas dos dedos pelo lubrificante que escorria lentamente do seu interior — O que foi? — Continuou guiando a mão dele por ali — É a primeira vez que você toca num cu que não é o seu ou algo assim?

— Nã-não... digo, não é por isso, é que... — Escondeu o rosto na curva do seu pescoço, vermelho demais pra seguir de rosto erguido — Você se preparou, então... então você já estava...?...

— Pensando nisso? — Subiu aquela mão que segurava a sua pelo seu pulso, então pelo antebraço, contornando o cotovelo e subindo até o ombro: o toque apenas na superfície deixando sua pele arrepiada — Eu estava... — Mas quando escorregou a mão pelo seu pescoço intensificou a força nos dedos — Na verdade, eu queria te punir por ter me deixado pelado na minha cama daquele jeito, sem ter terminado o que tinha começado — E quando chegou na sua nuca puxou seus cabelos, fazendo-o arrepiar dali pra baixo completamente — Mas essa é sua primeira vez, não é? — Então soltou-lhe os cabelos, puxando os dedos dali pela linha da sua mandíbula até seu queixo — Eu vou fazer ela perfeita pra você... — Com o indicador dobrado, ergueu seu rosto — ...e deixar sua punição pra próxima.

Taehyung apenas fez que sim com a cabeça, completamente entregue agora. Todas as preocupações em massa, que sempre lhe martelavam a cabeça, simplesmente não existiam mais: tudo que existia no mundo era Jimin, rebolando no seu colo com seu membro teso preso entre as nádegas fartas. Espalmou ambas as mãos nas coxas grossas, e as apertou com força, sugando com lábios e língua na curva entre o ombro e o pescoço que Jimin expôs pra que ele marcasse.

— Hmm... — Jimin respirou fundo, tocando o pênis de Taehyung pela base pra se posicionar — Eu disse que eu não vou me machucar, mas... porra... — Soltou o ar, sentindo a glande inchada encaixar a certo custo na entrada molhada — ...você é realmente grande...

— Mmmh!... — Taehyung fechou a mandíbula no pescoço alheio, deixando ali uma mordida, e naquele momento as marcas de dedos que Jimin veria nas coxas no outro dia, porque sentiu ele descendo em torno de si, tão apertado, tão quente, o engolindo por completo e sem piedade — Nh!... — Uma onda de calor se alastrou dali pelo seu baixo ventre, e então subiu sua coluna acima, como fogo percorrendo uma corda encharcada a álcool — Jimin...

— Ah! — Apertou-lhe os ombros largos, tremendo visivelmente — Não fica maior, Tae, caralho!...

— E-eu não posso controlar isso... — Se explicou, mesmo sem precisar, fazendo Jimin esticar os lábios num sorriso largo.

— Huh... — Desceu as mãos pelas suas costas, juntando o peito com o seu, e deitando a testa na sua: seus olhos estreitos tão próximos... — Você continua tão fofo, Tae... — ...tão lindos... — Todo preocupadinho comigo... — ...dilatados, brilhando — ...acho que eu me apaixonei por você...

— Jimin...

— ...de novo — Sussurrou, com os lábios roçando nos seus, então o beijou.

Taehyung sentiu Jimin se erguer sobre as coxas, até quase sair completamente, mas antes disso voltou todo o caminho, num deslize rápido, se aproveitando da gravidade e da vontade de descansar os músculos.

— Mh! — Gemeu na boca que cobria a sua: grossas lágrimas escorreram pelo seu rosto, e o suor começou a pingar dos seus cabelos — ...hm!... — Jimin repetiu aquele subir e descer, uma, duas, três vezes, e mais, incansavelmente, e sem largar seus lábios — Uhm — Mesmo sentindo o corpo queimando, o interior de Jimin parecia ainda mais quente, e mesmo assim era aquele beijo que o estava derretendo — Mnh... — Seu centro de gravidade estava se perdendo, seus olhos reviravam e a saliva de ambos escorria do seu queixo pescoço abaixo — Nh-ah...

— Hah...

Separaram o beijo numa busca desesperada por ar; se olharam, entre piscares lentos de pálpebras pesadas, então voltaram a colar os lábios mesmo sem os fôlegos completamente recuperados.

— Hmm... — Jimin errava o ritmo agora, às vezes rápido, às vezes lento, às vezes fundo, às vezes raso, como que procurando algo — Ah! — Então soltou a boca de Taehyung num grito, jogando pra trás a cabeça e arqueando a coluna no seu máximo. Taehyung ficou observando suas reações por alguns fragmentos de segundo, maravilhado. Jimin era tão bonito, tremendo, arrepiado, tanto que mesmo a dor das unhas rasgando-lhe a pele das costas, da última costela ao centro entre as omoplatas, pareceram-lhe os arranhados mais sagrados que sua carne pôde experimentar na vida.

Mas aquela apreciação não durou um segundo, pois no instante seguinte estava aproveitando o peitoral exposto de Jimin para derramar beijos nos mamilos eriçados e em torno deles, enquanto espalmava uma mão nas costas curvadas, e com a outra apertava no final da coxa em movimentos restritos, agora: Jimin estava concentrado em acertar a própria próstata, já excitado demais pra tentar prolongar.

— Ah! Ah, ah! Tae!... — Sentia o Taehyung pulsando contra suas paredes com força: o som das peles em atrito, o cheiro do suor dos dois, e do seu pré-sêmen que escorria entre os abdomens unidos, ambos tremendo em espasmos incontidos... e o gosto de maçã e caramelo na sua boca ainda...

Maçã do amor era seu doce preferido.

Mas só Taehyung sabia disso.

— A-ah!... — Então foi completamente preenchido: o líquido quente revirando pelo seu intestino, uma náusea fraca demais comparada ao prazer que sentiu para o deixar enjoado. Fechou os olhos, deixou abertos os lábios num grito mudo e se desmanchou enquanto as coxas tremiam em espasmos.

Taehyung se deixou cair com as costas deitadas no sofá, ainda trêmulo e arrepiando em ondas que iam e voltavam: Jimin se deitou sobre o seu peito, suspirando pesado. Ficaram assim por um tempo, até não serem mais capazes de ouvir as respirações que se acalmaram.

— Né, Jimin...

— Uhm?

— Nós dois, então...?...

Jimin sorriu de si pra si, antes de erguer o torso sobre os cotovelos e olhar Taehyung nos olhos.

— Vamos arrumar nossa bagunça, mh? — Deu um tapinha no peitoral largo, de leve — Se minha mãe e a tia chegarem, a gente não vai ter como se desculpar. 

More than friends - VminWhere stories live. Discover now