Capítulo 22

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Tudo escureceu, e eu me sentia como se estivesse flutuando no abismo. Minha visão, eu havia perdido, assim como os meus outros sentidos. Não sabia onde estava, não sentia nada.

Entendi... eu estava morrendo, então é assim pensei... Não! Não era isso, eu sabia qual era a sensação da morte! E aquilo parecia ser diferente, nesse instante, eu me via em uma sala escura, a minha frente, a vi de forma embaçada, era eu, observei através de uma luz, era a visão dos meus olhos, o meu corpo se movendo, mas não tinha o controle dele, nem plena consciência do que estava fazendo, era o meu corpo agindo, mas não era eu! Finalmente compreendi ao ouvir os risos dela enquanto ouvia seguinte pensamento de outra voz. "Nem para ao menos se acalmar e ser escolhida para ser morta por último você serviu... que patético"...

Não havia dúvidas, tinha perdido o controle do meu corpo para aquela mulher.

Hanna Watson

— O que fazer agora? É simples! É só matar todos! — Afirmei, desviando do tiro jogando o meu torso para trás e então em frações de segundo movi as minhas pernas rapidamente subindo como se corresse pelo abdômen e pelo peito daquele homem até prender as minhas pernas em sua garganta e girando brutalmente o meu corpo para o lado o apertando, eu desloquei o meu ombro na queda, mas estrangulando o seu pescoço e o quebrando em seguida quando chocou a cabeça com chão.

— Que corpo mais forte! Mas parece que não é mais resistente que o chão né?!

Todos me olharam em estado de choque.

— Que pena! Parece que não! — Disse. No momento em que me projetava para pegar a arma com os pés, o Victor Devan gritou desesperado para os outros dois parados que apenas ficaram me olhando paralisados:

— O que estão fazendo? Atirem nela! — Imediatamente virei o meu corpo e girei minha posição ainda presa a coluna para o outro lado, enquanto eles atiravam por reflexo, a coluna me protegia porque estava com o corpo do outro lado, mas as balas acabaram acertando minha mão esquerda duas vezes já que estavam expostas aos tiros deles, mas também acertaram as algemas que me prendiam quebrando-as e me soltando.

— Ahhhhhhhhhhh! Há! Há! Há! Há! Há! Ahh! Há! Há... Gritava de dor e ria alto. — Isso dói muito mesmo!

Isso ecoou e deixou o ambiente com o clima bem assustador.

O Victor gritou novamente no momento que colocava meu ombro no lugar:

— Vamos! Vão atrás dela, ela está solta, mas desarmada! Eu pago vocês para que afinal? Então eles começaram cautelosamente a se aproximar da coluna, pelos dois lados, eu estava cercada.

Olhei em volta e vi uma mesa na minha direção a uns três metros, corri até ela, eles demoraram um pouco a me ver e a atirar, o que me deu tempo suficiente para pular sobre a mesa e vira-la de lado, usando a mesma como escudo enquanto eles continuavam a atirar. Percebi de relance o Victor andando para trás, e indo embora, parecia assustado.

— Há!

No meu lado tinha uma mesa retangular com muito jogos de garfos, facas pequenas e colheres, além de uma faca grande, na minha lateral só tampas de alumínio ou prata que caíram da mesa quando a virei, então peguei a elas e corri para lateralmente agachada em direção a mesa colocando as tampas de metal, protegendo o abdômen e a cabeça enquanto os dois que atiravam.

Os seus tiros não conseguiram perfurá-las ou não tinham precisão o suficiente para me acertar, estavam nervosos?! Tanto faz, em instantes pulei e girei no chão e peguei a grande faca em cima da mesa retangular. Eles ainda atiravam e eu abaixada do lado da mesa.

O Efeito InevitávelOnde histórias criam vida. Descubra agora