19 - Hora.

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#DoentinhoDeAmor

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Meses. Eu fiquei doente por meses. E escondi muito bem, até realmente não conseguir mais.

Meus pais brigaram comigo, mas quem mais me afetou foi meu noivo. Ele tá me evitando, me dando sermão, me deixando morto de saudades e ele nem dá bola.

- Jimin, você quer brigar a essa altura do campeonato? - Perguntei quase chorando de desespero.

- A essa altura do campeonato eu achei que você já me contaria coisas graves. - Ele me encarou com raiva. Muito raiva. - Você tá com pneumonia. Você sabe que você pode morrer, né?

- Amor, por favor... Não faz assim - O segurei pela cintura e o prendi perto de mim.

- Se eu ficar viúvo primeiro eu te mato. - Disse antes de virar e beijar minha testa. - Ai sinceramente, que ódio, Jeon Jungkook.

- Não me chama assim... Você só me chama assim quando ta bravo. - O segurei mais forte. - Tem que me chamar de Koo, amor, vida, noivo, paixão.

- Nem parece que uns tempos atrás morria se ouvisse esse apelido. - Ele sorriu e beijou o cantinho da minha boca. - Te amo, mas se você não me contar as coisas que acontecem com você, eu fico triste quando você me exclui. Nós estamos noivos, Koo...

Ele fez uma cara tão chateada que eu revi minhas ações nos últimos meses. Fingi que nada havia acontecido por tanto tempo que acreditei nisso. Só dei ouvidos aos meus problemas quando chegou ao extremo.

E agora eu tô em uma situação grave. Pneumonia. E tô a cada dia pior já que eu me recuso a tomar os remédios, mas Jimin não precisa saber disso.

Eu acho que não...

Se ele souber ele vai pirar e vai parar de falar comigo. Eu não quero que isso aconteça, não posso deixar.

- Vamos sair, te levo pra tomar café naquela barraquinha do nosso primeiro encontro. - Eu disse, tentando persuadi-lo, e funcionou.

O biquinho em seus lábios se desfez e um sorriso se abriu junto ao brilho nos olhos do meu amor.

- Você paga. - Ele disse, me dando um selinho rápido e correndo até o Porsche que, hoje, não é mais só meu.

Nós estamos compartilhando muito nossas coisas. Já é normal chamarmos nosso carro, nosso quarto, nossas coisas. Eu nunca tinha chegado a esse nível de intimidade com uma pessoa.

Me orgulho que seja com Jimin.

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Ouvia a risada rouquinha de Jimin enquanto assistíamos um filme agarradinhos.

Ele estava cuidando de mim, como ninguém antes fez. Consegui convencê-lo de que era só tomar uma sopa e chupar uma laranja que tudo ficaria bem, mas na verdade, eu tô estragado.

Cada dia mais doente, e ele percebe isso. Eu sabia que eu corria riscos demais. Eu definitivamente sou um arrombado por não me tratar e esconder isso dele. Mas não tenho medo da morte, apenas por saber que quando for a hora, ele também vai estar comigo em algum momento.

Eu só não quero que ele esteja comigo quando acontecer.

- Ji, tá ficando tarde, acho que vou pra casa. - Eu disse, beijando sua testa e me levantando da cama. - Preciso falar com minha mãe sobre algo sério.

- Tudo bem, vida. Quer que eu te deixe lá em baixo? - Ele perguntou com a voz mansa analisando o meu rosto por inteiro.

- Quero, mas antes... - Eu me joguei em cima dele e o beijei. Como se fosse a última vez, como se assim que eu passasse pela porta o mundo deixasse de existir.

Aproveitei meu tempo com o amor da minha vida. Fiz cócegas nele, ouvi sua risada. O beijei, senti seu cheiro, senti seu corpo, senti seu toque.

Não poderia ir embora antes que eu ficasse completamente tocado por Park Jimin. E quando ele me deixou na porta, nos despedimos com um beijo cheio de carinho.

Era como se estivéssem arrancando um pedaço de mim.

Assim que eu cheguei em casa, puxei minha mãe pra conversar.

- Mãe, não surta, mas eu acho que tá chegando a hora. - Vi ela fazer o sinal da cruz e fechar os olhos com força. - Eu não tô brincando.

- Filho...

- Mas eu quero te pedir um favor. Um último favor... - Ela assentiu com calma. - Se você ver que eu tô ficando pior. Não deixe que Jimin fique comigo. O expulse, briga com ele, manda ele embora. Faz o que tiver que fazer, mas não deixe que ele me veja morrer. Por favor.

Sem perceber, eu comecei a chorar e em reflexo disso, minha mãe também chorava. Eu não sabia mais como reagir. Não sabia mais sobre nada.

Mas essa era a única coisa que eu sabia e que eu não quero que aconteça. Jimin não pode me ver morrer.

Senti os braços da minha mãe me envolvendo e então pude cair em seus braços, num choro descontrolado. Um choro dolorido e com medo.

Eu sabia que estava chegando o momento. Eu só não queria acreditar.

Continua...

oi gente. sem notas hoje. tô chorando que nem uma desgraçada escrevendo esse capítulo e querendo me matar. Por que eu tive essa ideia, meu Jesus?


Diagnóstico: Amor • jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora