Capítulo 7

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Esse capítulo por algum motivo não foi postado pelo site. Estou postando porque vi que não foi agora. Kkkkkkk

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Tendo saltado para fora da mesa ao todos beberem o drink apimentado após o jantar, Cinco sorria consigo mesmo quando esbarrou num gato e se sentiu um pouco culpado.

Afinal de contas o pobre bicho deveria estar descansando e ele apenas o atrapalhou sem razões plausíveis para tal coisa.

O animal branco, muito peludo, de olhos azuis, vestido de lacinho e um ar agitado, se colocou a andar apressado na direção do elevador de serviço que ele até pensou em impedir de ir lá, mas decidiu o seguir para ver onde o bichano iria.

— Você é funcionário do hotel? — pergunta ao animal que apenas entra no elevador e fica lá aguardando algo.

Poderia apenas voltar a pra mesa, rir dos seus irmãos e ter que lidar com a fúria deles ou talvez subir para seu quarto e fazer nada, absolutamente nada além de existir. Entretanto optou por seguir o felino, que tinha algo na sua coleira interessante.

O pegando no colo, Cinco põe a coleira e o bichano próximo ao leitor de cartões, onde usava o dele para chegar no andar de seu quarto, se surpreendendo em ver que a coleira foi lida como um cartão qualquer.

— Você definitivamente é um animal acima da média. — concluiu fazendo carinho no bichano que aceitou ficar em seu colo.

Ao abrir a porta se viu numa espécie de apartamento subterrâneo onde se via tudo extremamente organizado e vazio.

Vendo papéis por toda uma mesa, ia abri-los, quando o som de uma porta se abrindo o levou a saltar para a única área sem luz que consistia ser na cozinha.

— Dolores! Por onde andou, sua biscate? — a mulher sendo espontânea pergunta ao animal que miou alto em resposta.

Ciente que estava certamente invadindo a privacidade delas, tanto a dona como a gata, Cinco rezou para que a mulher saísse do sofá de pallet dela e subisse as escadas que davam numa cama, onde ela poderia ficar deitada e dá-lo a facilidade de usar a sala para voltar a se transportar para o primeiro piso.

— O que será que está passando uma hora dessas? — falando com o animal, ignora o fato da gata ir na direção de Número Cinco, provavelmente querendo delatar ele.

Logo que ligou o noticiário, viu que havia uma manchete falando sobre eles e sobre o assalto que impediram de acontecer.

—... A questão é que a Sparrow Academy jamais iria chegar dessa forma, é o que estou dizendo. — o repórter explica a sua colega que parecia não ter tanta certeza assim.

A gata simplesmente ficou se esfregando nos pés de Número Cinco manhosa, ignorando o perigo que estava o pondo naquela hora.

— Fora daqui! — sussurrando para o animal, tenta o afastar sem sucesso.

— Mortes quando é extremamente necessário! Aquelas pessoas apenas executaram os bandidos sem dá-los chance de serem julgados e pagarem por seus crimes. — um outro homem de terno, comentarista especialista em assaltos com refém certamente, observou em tom sério.

— Sinceramente achei “ok” porque os assaltantes atiraram a queima roupa um segurança já rendido! — finalmente quebrando o silêncio, a única repórter mulher recebe olhares irritados dos demais.

— Ah puta que pariu, vocês! Vão falar de pagar por crimes para pessoas pobres que não tem ninguém para livrá-los da lei e tem que aceitar calados todo tipo de atrocidade por uns trocados! Bando de vendidos do caralho! Quanto o velho pagou pra ficarem queimando eles?

Se surpreendendo com o quanto ela não era calma, viu a gata miar em concordância certamente, o pertubando com o seu ressoar que lembrava um pequeno objeto vibrando nas canelas dele.

Destestava fazer mal a animais inocentes. Era um assassino, mas não monstruoso a tal nível, de forma que desistiu de empurrá-la para longe dele, saltando para qualquer lugar que conseguisse.

Lá se viu na rua, onde havia todo tipo de autdoor com os rostos da Sparrow Academy, deixando claro que aqueles caras eram uns idiotas famosos.

Não levando a sério a atitude do homem, os irmãos de Cinco não se importaram muito com a sugestão de uma bebida apimentada, todos se juntando no quarto dele, contra sua vontade para assistir a programas falando sobre sua primeira ação de equipe após anos de pausa.

— O que você acha da nova equipe com poderes que executou a sangue frio quatro assaltantes? — alguém dizia apontando o microfone para uma mulher.

— Se eles fizerem isso também a estupradores e tarados, por mim tudo bem. — respondeu com tranquilidade antes de colocar seus fones e sair.

Tentando disfarçar seu choque, a reportagem foi cortada para mais opiniões, todas bem positivas sobre o assunto deixando claro que era ótimo ter um segundo time de heróis para fazer o que era errado.

— Eles gostam dos bad boys, fazer quê, certo? — Diego se sentindo o melhor, recebe um olhar de desgosto do Número Cinco.

Em algum momento todos pegaram no sono, exceto ele. Número Cinco gostava de apenas ficar no mesmo cômodo que seus irmãos, os vendo dormir bem e estarem seguros, sem todo o peso do Apocalipse sobre as costas deles.

Até mesmo Vanyska dormia feliz entre Alisson e Klaus, pois ele sabia bem o quão difícil para ela foi os anos que esteve sendo tratada mal pelos irmãos.

Saltando para fora da cama, se colocou a andar pelo corredor, onde estava caminhando tranquilo, até ver o mesmo gato branco de vestido por lá, de pé na porta em frente a um quarto vazio.

Escutando barulhos abafados, Cinco viu que a porta estava entreaberta e ao olhar, apenas para se certificar que tudo estava bem, flagrou a Gestora do Hotel limpando sozinha ao quarto.

— Você deveria ser mais discreta. — repreendendo ao animal o observa se esfregar nele manhosa.

Talvez estivesse sendo alvo do carinho de uma gata sem motivos aparentes, mas ainda sim achava muito estranho que ela apenas tivesse ido com a cara dele.

— Olá, professor. — a mulher o saúda, pois sua gata fazia tanto barulho que parecia um alarme.

— Não quero atrapalhar, querida... — tentando se afastar da gata, o vê segui-lo alegre.

Como se tivesse escutado algo divertido, a mulher concordou e parou o que fazia, indo na direção dele com um olhar bem diferente do usual.

— De modo algum. Estava mesmo pensando em falar com o senhor.

Uma frase que precedida problemas, do tipo ter que sair do hotel em questão por ter policiais e a mídia atrás dele.

Estavam indo tão bem. Não podia deixar tudo a perder por um detalhe como aquele.

Bad Liar - FIVEXREADEROnde histórias criam vida. Descubra agora