{CONCLUÍDA}
A monótona vida de Heyoon muda por completo quando ela involuntariamente desperta o interesse de Sina Deinert, uma garota problema dona de um sorriso torto arrasador.
Conhecendo a reputação nada boa de Sina, Heyoon tenta ao máximo conter...
"We grew up closer than most, closer than anything. Shared our bed and wore the same clothes, talked about everything, spoke about so many things." - Evelyn Evelyn
(Nós crescemos mais juntas do que a maioria, mais perto do que tudo. Dividimos nossa cama e vestimos as mesmas roupas, conversamos sobre tudo, falamos sobre tantas coisas)
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SINA
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Minha cabeça estava um caos. Doía de todas as formas possíveis, assim como centímetro por centímetro do meu corpo. A musculatura estava rígida pela falta de uso, os nervos tensionados por conta das cargas elétricas periódicas, e meu estômago se encontrava pesarosamente dolorido por causa dos chutes.
Mas o pior de tudo nem era isso.
O pior de tudo era não fazer qualquer ideia de como Heyoon estava. Se ela estava conseguindo se virar bem no meio daquela ilha, se estava segura e longe de perigo, se estava conseguindo fugir de Segurança...
Com certeza é melhor lá fora do que aqui dentro, Sina. Pelo menos não usaram essas correntes malditas nela.
Aquele era meu único consolo, porque de resto...
Meus olhos vagaram pelo cômodo iluminado por luz do dia, pousando em Noah.
O garoto estava esticado ali no meio, incapaz de se levantar e indo e voltando da insconciência. Se os hematomas em meu corpo eram terríveis, os dele eram ainda piores.
Braços, pernas, rosto, coluna... cada parte do pobre rapaz estava corrompida de alguma forma. Noah estava tão roxo e cheio de cortes, que parecia uma massa irreconhecível repousada naquele chão frio. Sempre que eu o olhava, uma terrível vontade de vomitar escalava minha garganta. Não pela aparência, mas sim por repassar na cabeça tudo o que fizeram com ele enquanto eu e Kai assistíamos impotentes, incapazes de impedir.
O Chefe vinha durante as duas refeições que nos ofereciam - uma na hora do almoço e a outra quando a luz do dia dava lugar à escuridão da noite. Esperava Noah comer a dele com a ajuda de Cachorrinho e então, cheio de fúria, começava a bater no garoto outra vez. De novo, de novo e de novo, com tanto ódio e raiva que em inúmeras ocasiões foi possível ouvir o barulho de ossos estalando dentro do melhor amigo de Heyoon. Quando a tortura chegava ao fim, Noah usava o resto de suas forças pra colocar pra fora o pouco que havia conseguido comer, então basicamente ele voltava ao nada e ia enfraquecendo mais a cada dia que passava.
