Amara Elisabeth Valente é a cara metade de sua irmã, uma mulher determinada e destemida, ela não teme o perigo. Armada de sua pistola, distintivo e salto quinze ela coloca a delegacia de policia da cidade na linha.
Como uma mulher vinda do nada, ela...
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Tem um cheiro maravilhoso no ar, consigo senti-lo antes mesmo de abrir os olhos. Pisco espreguiçando o corpo e o cheiro que até o momento era bom começa a embrulhar o meu estomago. Salto da cama depressa batendo na porta do banheiro e a doença da manhã vem com força. É quase tão ruim que minhas pernas começam a tremer.
O toque suave das mãos quentes do Thomas fazendo carinho nas minhas costas me traz conforto. Minha cabeça começa a latejar de forma incessante, é quase insuportável.
- Amara! – Thomas abaixa afastando o meu cabelo do caminho – A gente deveria procurar um médico, tenho lido algumas coisas bastante preocupantes que dizem respeito a pressão alta em gestantes.
- Minha cabeça está me matando – Sussurro baixinho – eu preciso de um banho, mas minhas pernas estão tremulas.
- Ok, eu cuido disso. Vou ligar para sua médica também e marcar uma consulta para hoje mesmo se possível – Diz ele, não discordo de nada apenas aceito.
Ouço o barulho da água da banheira enchendo. Thomas me ajuda a levantar e sentar na borda da banheira. Eu realmente achei que passaria por isso sem sentir nada, mas esses sintomas, esse desconforto está acabando comigo, faço o máximo possível para ignorar e tentar focar onde preciso, só que está piorando.
- Deixe-me ajudar você – Pede segurando a barra da minha camisola – Estou preocupado Amara.
- Eu sei, também estou – Respondo de olhos quase fechados – Achei que seria mais fácil.
- Você está sob estresse, grávida de gêmeos, com enjoos matinais potentes e precisa de uma pausa algo que não consegue nem cogitar – Aponta, me ajudando a entrar na banheira depois que fico nua.
A espuma adere a minha pele conforme entro na banheira, a água quente ajuda a acalmar os embrulhos do meu estômago. Thomas me deixa sozinha por cerca de dez minutos eu acho, quando ele volta está segurando uma toalha, um copo de água e uns comprimidos que prontamente tomo sem hesitar.
- Consegui uma consulta para daqui a uma hora. Expliquei seus sintomas ou pelo menos aqueles que consegui pegar no ar, vai precisar explicar melhor quando estivermos lá – Diz ele.
- Obrigado – Agradeço fechando os olhos e deitando a cabeça na borda da banheira.
Devo ter cochilado por alguns minutos porque quando volto a abrir os olhos, o Thomas está esperando por mim com uma bandeja de café. Sorrio levantando devagar, pego a toalha secando meu corpo rapidamente e depois me enrolo no roupão de banho.
- O que você fez? – Pergunto olhando para bandeja com alimentos saudáveis e leves.
- Nada demais – Responde deixando a bandeja sobre a cama – Você prefere comer aqui ou na cozinha, posso deixar a mesa arrumada enquanto você se veste – Diz ele.
