CAPÍTULO 9 (Ben)

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Eu preciso sair do quarto.

Eu preciso sair para que ela possa se trocar.

Eu não posso fazer isso.
Esta é a Mari!
Eu não posso!
Não.
Não!

Eu me viro, fechando a porta do banheiro e batendo na fechadura.

Eu puxo minhas calças, lavando meu rosto e enviando uma mensagem de texto para Nina para verificar quanto tempo ela vai demorar.

Eu escuto.
Posso ouvir Mari abrir a porta do armário e sair.
Eu posso ouvi-la correndo para suas roupas.
Eu quero ver.
Eu só vi um borrão.

Eu quero usar meu tempo e examinar cada centímetro. Quero guardar tudo na minha memória e mantê-la só para mim.

Isso não está certo.
É Mari.
Minha doce gatinha.
Eu escuto a porta se fechar.

Soltei um suspiro e saí, agradecendo ao diabo por perder esta batalha.

Nina está chegando.
É hora de acabar com essa obsessão.

Descendo as escadas, eu dou uma olhada para os caras, apontando
para fora e um polegar para cima.

Erik observa, balançando a cabeça, mas indo para a cozinha para
ajudar Mari a cozinhar, posso vê-la estender a mão tentando pegar algo
em uma prateleira que ela é baixa demais para alcançar.

Eu não posso olhar para ela agora.
Não consigo pensar nela.
Ross me dá um sorriso cúmplice enquanto fecha as cortinas da sala,
ele conhece o carro de Nina.

Stevie não está prestando atenção, ele está checando a bunda de Mari
quando ela se abaixa para pegar uma assadeira.

Meu aperto na porta aumenta.
Ela não é sua!
Vá foder Nina.

Minha voz interior grita comigo.
Eu viro minhas costas para eles.
Tenho que me curvar para sair pela porta da cabana, este mundo não
foi feito para gigantes como eu.

Saindo, digo a Nina para me seguir, levo ela pela trilha e de volta à
água onde Mari se despiu.

Nós começamos a nos beijar, eu não ouvi a porra de uma palavra que
ela estava falando enquanto caminhávamos aqui.

Só consigo pensar em não imaginar minha gatinha, mas está cada vez
mais difícil não compará-las.

Nina tem gosto de tempero de pimenta, não o sabor de menta fresca de Mari, a língua de Nina não é tão habilidosa.

Seus beijos são desleixados e úmidos, não como o beijo gentil e suave
de Mari. Ou devo dizer Pecado.
Nina é muito ansiosa, ao contrário de Mari, que é tão

desumanamente paciente.

As mãos de Nina já estão na minha calça e segurando minhas bolas
enquanto ela acaricia meu pau.

- Você já está tão duro para mim. - Ela geme no meu peito.
Não para você vadia.
Ela puxa minha calça jeans para baixo, ficando de joelhos e levando
meu pau em sua garganta.

Sentir Nina me chupar é meio nojento.

Como se ela não devesse estar me tocando.

Não é a boca dela que eu quero.
Não seu corpo.
A voz dela.
Qualquer coisa dela.
Eu fecho meus olhos, Mari aparece cristalina.
Outra fantasia.
Mari.
Marcella.
Gatinha.

- Maldito papai, você está tão pronto para mim.
Nina se levanta, levantando sua saia preta mais alto e se curvando
para mim.

Eu puxo um preservativo do bolso de trás, rasgando a embalagem
com os dentes e rolando o látex sobre meu pau.

Os Segredos do Pecado (CONCLUÍDO)Where stories live. Discover now