Capítulo 62 - Situação

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Lauren Jauregui  |  Point of View




Assim que Camila entrou no carro, Vanessa correu para o dela e eu a segui. Camila não correu apenas dirigiu até o limite da cidade e depois se embrenhou na floresta.

— Devemos ir lá?

— Não. Vamos esperar ela se acalmar, só não vou deixar ela sumir como da outra vez. – Eu assenti, mesmo que eu quisesse muito ir ver ela, sabia que Van tinha razão. — Ela falou com aquela mulher e ela conseguiu desestruturar ela.

— Aquela mulher... ela é o caos.

— Mads não pregou o olho desde que essa víbora voltou. – Vanessa não me olhava para falar. — Ela não vai ter minha calma se encontrar essa mulher.

— Talvez ela deva fazer o que achar certo.

— Eu devia ter sido mais dura.

— Você foi impecável, Van. Falou tudo que precisa ser dito, mas ela estava focada. Não imagino em que.

— Espero que Camila não caia, em qualquer coisa que seja.

— Camila não é burra.

— É completamente inocente. É uma ótima qualidade e um grande defeito.

— Talvez. – Me ajeitei no banco do carro. — Eu detesto isso na Camila.

— Isso o que?

— Essa mania de fugir e descontar os problemas em quem não tem culpa.

— Isso é grave, mas olha o que essa garota passa? Eu deveria proteger ela de tudo, mas é tão complicado. Ela parece um ímã de negatividade, tem sempre alguém para puxar ela para o chão.

— Você tem razão.

— Acho que esse tempo foi suficiente para ela ter se acalmado.

Caminhamos entre a floresta, Camila estava sentada na pedra perto da água e estava chorando. Chorando bem alto, dava para se guiar pela agonia.

Vanessa começou a chorar, eu me contive, mas era de cortar o coração.

— Filha... – Camila limpou o rosto e levantou da pedra.

— Ei.... me desculpem. Eu estava tonta e muitas pessoas falando... eu não queria gritar. Bom... eu queria gritar, mas
sozinha.

— Está tudo bem, amor. – Falei e me aproximei dela. — Nós entendemos você.

— Nós amamos você, Filha. E pode confiar na gente se estiver passando por algum momento difícil. Somos suas amigas também.

— Eu sei, só precisava de uns minutos sozinha. E precisava gritar, mas não era com vocês. – Camila beijou minha testa após falar e foi abraçar Vanessa.

— Foi ela?

— Ela me arrastou para o carro dela e eu não resisti. Queria mesmo ver o que ela queria.

— E o que ela quer?

— Nada importante, só saber se eu estou bem. – Ela segurou o rosto de Vanessa entre as mãos. — E como se eu pudesse ficar mal com as melhores mães do mundo.

— Ei. – Falei e ela sorriu.

— E a melhor namorada do mundo. – Ela beijou o rosto da mãe e segurou a mão dela. — Vamos embora.

Nós a seguimos e eu voltei na picape com ela. Não falamos muito, ela apenas segurava minha mão e me encarava vez ou outra.

— Algum problema?

— Nenhum. – Ela beijou minha mão e seguiu o trajeto, chegando na casa dela e correndo para ver Mads.

— Minha filha, te liguei a manhã toda! Porque não me atendeu?

— Estava ocupada, Mama.

— Você está bem? Estou me sentindo desconfortável desde que saíste pela manhã.

— Agora eu estou. – Ela abraçou a mãe e ficou acariciando a barriga dela.



Camila Cabello  |  Point of View



No outro dia, após minha aula, fui ver meu avô, ficamos conversando um bom tempo e eu não sabia como pedir algo a ele.

— Você está esquisita, filha. Aconteceu algo?

— Na verdade eu preciso de um favor.

— Todos.

— Preciso de um maço de dinheiro que vou gastar em bobagem e um cheque que, provavelmente, não vou descontar.

— Claro.

— Não quero explorar o senhor, é só essa vez que vou pedir.

— Vai me pedir sempre que precisar e eu vou te atender com todo prazer. Isso tudo é seu. Já sabes disto. Só é perigoso andar com tudo isso por aí.

— Vai ser rápido.

— Ele me entregou em um envelope e eu o abracei, não quero pedir a ele, mas preciso fazer isso.

— Muito obrigada mesmo.

— Não me agradeça e faça um bom proveito, e outra... se precisar de algo, é só falar Cabello nas lojas que eles darão um jeito de ajudar você, depois eu acerto com eles.

— Tudo bem, vovô.

— Seu pai vivia me pedindo dinheiro. Na sua idade, eu já tinha gastado mansões com o que ele me pedia. Festas... depois que conheceu aquela lá, foi pior, eram jóias caras.

— Como fomos parar naquela casa?

— Ele largou tudo por ela, acho que ela nem imaginava que um dia ele deixaria desse luxo para viver com ela. Na verdade, ele só foi porque ela estava grávida.

— Minha nossa...

— O que?

— Não... apenas tive um estalo agora. Algo... que...

Aquilo começou a girar em minha cabeça... girar... eu fui ficando tonta e quando percebi, estava caindo e o breu surgiu.


×××


Minha cabeça doeu muito quando abri meus olhos. Mads estava segurando minha mão e eu apertei ela para que ela acordasse.

— Filha... céus. – Ela começou a chorar.

— Ei... não chore, Mama. Estou bem.

— Você vai me matar do coração.

— Eu só quero água, minha garganta está seca demais.

— Vou chamar o médico.

Ele me avaliou e depois liberou refeições para meu quarto. Recebi várias visitas e minha família não saia dali, eram muitas pessoas juntas.

Quando finalmente fui liberada, Vanessa e Mads estavam se entreolhando o tempo todo.

— O que houve?

— Nada. – Vanessa falou e voltou a atenção a estrada. — Bom, sabe que eu sou rica, filha. Se precisava de dinheiro era só pedir para mim.

— Não. Ele é mais rico que você e eu não vou fazer nada demais.

Novamente elas se encararam e voltei minha atenção a janela. Minha cabeça doía um pouco e a recente descoberta me fazia avaliar melhor a situação.

NÃO ESQUEÇAM!

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