Lauren Jauregui | Point of View
Assim que Camila entrou no carro, Vanessa correu para o dela e eu a segui. Camila não correu apenas dirigiu até o limite da cidade e depois se embrenhou na floresta.
— Devemos ir lá?
— Não. Vamos esperar ela se acalmar, só não vou deixar ela sumir como da outra vez. – Eu assenti, mesmo que eu quisesse muito ir ver ela, sabia que Van tinha razão. — Ela falou com aquela mulher e ela conseguiu desestruturar ela.
— Aquela mulher... ela é o caos.
— Mads não pregou o olho desde que essa víbora voltou. – Vanessa não me olhava para falar. — Ela não vai ter minha calma se encontrar essa mulher.
— Talvez ela deva fazer o que achar certo.
— Eu devia ter sido mais dura.
— Você foi impecável, Van. Falou tudo que precisa ser dito, mas ela estava focada. Não imagino em que.
— Espero que Camila não caia, em qualquer coisa que seja.
— Camila não é burra.
— É completamente inocente. É uma ótima qualidade e um grande defeito.
— Talvez. – Me ajeitei no banco do carro. — Eu detesto isso na Camila.
— Isso o que?
— Essa mania de fugir e descontar os problemas em quem não tem culpa.
— Isso é grave, mas olha o que essa garota passa? Eu deveria proteger ela de tudo, mas é tão complicado. Ela parece um ímã de negatividade, tem sempre alguém para puxar ela para o chão.
— Você tem razão.
— Acho que esse tempo foi suficiente para ela ter se acalmado.
Caminhamos entre a floresta, Camila estava sentada na pedra perto da água e estava chorando. Chorando bem alto, dava para se guiar pela agonia.
Vanessa começou a chorar, eu me contive, mas era de cortar o coração.
— Filha... – Camila limpou o rosto e levantou da pedra.
— Ei.... me desculpem. Eu estava tonta e muitas pessoas falando... eu não queria gritar. Bom... eu queria gritar, mas
sozinha.— Está tudo bem, amor. – Falei e me aproximei dela. — Nós entendemos você.
— Nós amamos você, Filha. E pode confiar na gente se estiver passando por algum momento difícil. Somos suas amigas também.
— Eu sei, só precisava de uns minutos sozinha. E precisava gritar, mas não era com vocês. – Camila beijou minha testa após falar e foi abraçar Vanessa.
— Foi ela?
— Ela me arrastou para o carro dela e eu não resisti. Queria mesmo ver o que ela queria.
— E o que ela quer?
— Nada importante, só saber se eu estou bem. – Ela segurou o rosto de Vanessa entre as mãos. — E como se eu pudesse ficar mal com as melhores mães do mundo.
— Ei. – Falei e ela sorriu.
— E a melhor namorada do mundo. – Ela beijou o rosto da mãe e segurou a mão dela. — Vamos embora.
Nós a seguimos e eu voltei na picape com ela. Não falamos muito, ela apenas segurava minha mão e me encarava vez ou outra.
— Algum problema?
— Nenhum. – Ela beijou minha mão e seguiu o trajeto, chegando na casa dela e correndo para ver Mads.
— Minha filha, te liguei a manhã toda! Porque não me atendeu?
— Estava ocupada, Mama.
— Você está bem? Estou me sentindo desconfortável desde que saíste pela manhã.
— Agora eu estou. – Ela abraçou a mãe e ficou acariciando a barriga dela.
Camila Cabello | Point of View
No outro dia, após minha aula, fui ver meu avô, ficamos conversando um bom tempo e eu não sabia como pedir algo a ele.
— Você está esquisita, filha. Aconteceu algo?
— Na verdade eu preciso de um favor.
— Todos.
— Preciso de um maço de dinheiro que vou gastar em bobagem e um cheque que, provavelmente, não vou descontar.
— Claro.
— Não quero explorar o senhor, é só essa vez que vou pedir.
— Vai me pedir sempre que precisar e eu vou te atender com todo prazer. Isso tudo é seu. Já sabes disto. Só é perigoso andar com tudo isso por aí.
— Vai ser rápido.
— Ele me entregou em um envelope e eu o abracei, não quero pedir a ele, mas preciso fazer isso.
— Muito obrigada mesmo.
— Não me agradeça e faça um bom proveito, e outra... se precisar de algo, é só falar Cabello nas lojas que eles darão um jeito de ajudar você, depois eu acerto com eles.
— Tudo bem, vovô.
— Seu pai vivia me pedindo dinheiro. Na sua idade, eu já tinha gastado mansões com o que ele me pedia. Festas... depois que conheceu aquela lá, foi pior, eram jóias caras.
— Como fomos parar naquela casa?
— Ele largou tudo por ela, acho que ela nem imaginava que um dia ele deixaria desse luxo para viver com ela. Na verdade, ele só foi porque ela estava grávida.
— Minha nossa...
— O que?
— Não... apenas tive um estalo agora. Algo... que...
Aquilo começou a girar em minha cabeça... girar... eu fui ficando tonta e quando percebi, estava caindo e o breu surgiu.
×××
Minha cabeça doeu muito quando abri meus olhos. Mads estava segurando minha mão e eu apertei ela para que ela acordasse.
— Filha... céus. – Ela começou a chorar.
— Ei... não chore, Mama. Estou bem.
— Você vai me matar do coração.
— Eu só quero água, minha garganta está seca demais.
— Vou chamar o médico.
Ele me avaliou e depois liberou refeições para meu quarto. Recebi várias visitas e minha família não saia dali, eram muitas pessoas juntas.
Quando finalmente fui liberada, Vanessa e Mads estavam se entreolhando o tempo todo.
— O que houve?
— Nada. – Vanessa falou e voltou a atenção a estrada. — Bom, sabe que eu sou rica, filha. Se precisava de dinheiro era só pedir para mim.
— Não. Ele é mais rico que você e eu não vou fazer nada demais.
Novamente elas se encararam e voltei minha atenção a janela. Minha cabeça doía um pouco e a recente descoberta me fazia avaliar melhor a situação.
NÃO ESQUEÇAM!
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Lonely Girl
FanfictionCamila precisava de um pouco de atenção, mas sua mãe decidiu dar algo diferente. Agora, ela vai contar com a ajuda de novas pessoas em sua vida, afinal, mãe é quem cuida, quem se importa, e verá que as coisas funcionam melhor assim. Como nada é fáci...