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Christian

Esse é o pior dia para mim, a dois anos perdi meu pai, o homem mais importante para mim, o meu herói, meu companheiro de todas as horas

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Esse é o pior dia para mim, a dois anos perdi meu pai, o homem mais importante para mim, o meu herói, meu companheiro de todas as horas. O cara que cuidou de mim mesmo quando eu só vim como um erro na vida dele. O homem que me amava incondicionalmente, e que eu  amo tanto. Que jamais pensei que o perderia tão cedo. Eu já tinha perdido minha mãe, o que foi tão difícil para mim, agora perdi meu pai, meu herói. Isso me destruiu. Agora era só eu e Mia. As coisas foi difícil para pequena também.

Já basta o fato de perder a mãe, de achar que a culpa da morte de mamãe é dela, mesmo depois de eu, papai e até Ana dizia que não é nada culpa dela. Mas ela se culpa . Então agora perdemos pai, é difícil. Não aceitamos isso muito bem,  o primeiro ano foi muito difícil, a padaria deu uma parada, por que eu não tinha condições de reagir nos primeiros meses.

Lembranças on

Estava aos prantos no canto do hospital depois de receber a notícia de que meu pai tinha falecido. Eliot estava ali comigo e Kate tinha ficado com Mia, minha irmã estava muito nervosa com essa situação.  Já eu estava perdido. Muito. O meu porto seguro, o cara que é meu herói, que me ensinou tudo nessa vida, me ensinou que apesar das dificuldades, a gente tinha que ter esperança de que depois da tempestade ,vem o sol. Me ensinou ter um bom caráter, me mostrou que nessa vida a gente não consegue nada passando por cima dos outros.  Nos meus momentos de rebeldia, ele esteve lá para conversar de pai para filho, mas também de homem para homem. Mas agora ele se foi e o que seria de mim,e de Mia ? Sentado no chão Eliot me abraça,ficamos ali até que decido cuidar da  burocracia para o funeral.

- Você consegue cuidar disso ? Eu posso ...

Eliot pergunta, mas nego e o abraço.

- Eu cuido disso amigo. Obrigado por está aqui.

Ele assente e eu saio para cuidar de tudo. Será difícil, muito difícil. Mas eu preciso dar um enterro digno para o Homem mais incrível que já conheci e que tive a maior sorte de chamar de pai.

.....

Estávamos na igreja da cidade velando o corpo, estava sentado perto do caixão do meu pai, era tarde da noite, alguns familiares nossos estavam lá, alguns amigos de papai, o Pai de Ana estava ali, a senhora Steele veio mais cedo, prestou suas condolências,  mas logo se foi e levou  Mia muito abatida. Eu não conseguia nem dar atenção para minha irmã naquele momento. Eu estava tão mal. Elliot não saiu de perto de mim, como Kate também.  Mas nesse momento ela não estava por aqui. Deveria estar conversando com Ana. Ana, eu nem avisei a ela sobre a morte do meu pai, eu aposto que ela está  uma fera comigo por isso, mas eu não tenho cabeça, eu não tinha cabeça para avisa-la. Eu perdi meu pai, o m.e.u p.a.i... como eu iria ter cabeça para algo a não ser cuidar de tudo para ele poder ir em paz ? O drama do meu namoro poderia ficar para depois. Sinto tanta falta de Ana,  nesse momento eu  queria  ela aqui para me dar alívio e confortar uma parte de mim.

- Como eu queria você do meu lado agora Ana. -Sussurro.

Parece que o meu pedido é atendido, por que assim que fecho a boca, vejo Ana adentrando a igreja e indo a meu encontro. Eu fico surpreso, e meu olhos enchem de lágrimas e os delas estão iguais o meu, seu rosto está vermelho. Denunciando que ela chorou bastante até chegar aqui.

- C-Christian, eu sinto muito meu amor. Eu sinto muito.

Ela me abraça forte e eu retribuo, muito tempo longe um do outro. Como isso é possível? Começo a chora nos braços dela, uma mistura de dor pela morte do meu pai, dor pela perda, dor pela saudade que senti todo esse tempo longe dela, saudade que já estou sentindo do meu pai. Como pode doer tanto assim, por que a vida tem que ser tão difícil para mim.

- Ele se foi Ana, primeiro mamãe, agora meu pai. Todos que amo estão indo e me deixando. Por que ? Eu não... Eu não posso perder mais ninguém...

-Shiii querido. Você não vai mais perder ninguém, eu ainda estou aqui e Mia também. Jamais iremos deixá-lo.  Calma...

Eu poderia relutar e dizer que ela me deixou, que ela está indo embora aos poucos ou que já se foi, mas eu deixo para lá e aproveito,  quanto ela e eu sentamos, descanso a cabeça no seu colo e ela faz cafuné nos meus cabelos. Um pouco de conforto era tudo que eu precisava nesse momento em que o chão já não estava mais abaixo do meus pés e eu estava desolado. Com o coração despedaçado.

Lembranças off.

Suspiro ao relembra de tudo, como se fosse um filme passando na minha mente, o que veio depois foi difícil, foi aí que caímos na real, que meu pai tinha ido. Foi quando eu vi o caixão descer, foi a pior coisa para mim naquele dia. Ana estava no meu lado me dando força, mas foi demais, Mia do meu lado gritava por papai, meu coração se quebrava por ver o sofrimento da minha irmã, tudo que fiz foi por minha irmã no meu colo e chorar abracado a ela.  Esse dia ainda dói muito, assim como foi o dia em que perdi minha mãe, minha irmã sofre pela perda dos nossos pais, mas ela está sabendo lidar com essa perda com ajuda da mãe de Ana que se tornou para ela uma mãe e uma grande amiga, Ana ajuda também o quanto pode.  Ana tenta ajudar até a mim. Mas não tem dado muito certo, o que é um problema para ambos. Mas nesse momento, tudo que quero é beber, e sentir a minha dor. Como dizia num dos livros e filme que Ana me fazia ler e ver. As vezes a dor precisar ser sentida.


" Esse é o problema da dor. Ela precisa ser sentida."

- Augustus Walters

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Continuo ou paro ?????

Chuva de Novembro ( Mini fic )Where stories live. Discover now