Armadilhas do Destino. (Em Pausa)

Capítulo - 39 - Estela

       # Sem revisão#
 

          Entrar em casa e sentir novamente o carisma dos meus colaboradores, não tem preço, não pensei que sentiria tanto a falta deles, assim que entro todos já estão me aguardando na sala para nos desejar boas vindas, alguns se surpreendem com o tamanho do Zidane, embora todos eles o vê duas vezes no ano, quando ele vem passar as férias com os avós, mas eu os entendo, até eu me espanto às vezes, com os centímetros a mais que ele ganha todos os dias. Meu bebê já é um rapazinho, tenho que admitir.

         Meus pais não vieram, mesmo sabendo que chegaríamos hoje, preferiram assim, no caso minha mãe, o que também achei melhor, quero estar tranquila e descansada quando reencontrá-los, nossa conversa não será muito agradável, pois precisamos estabelecer limites em nossa convivência, antes não achava que era necessário, mas por outro lado nunca tivemos um embate tão caloroso como o que tivemos anos atrás, mas infelizmente aconteceu e temos que saber lidar com isso, de uma maneira que não afete mais ninguém que amamos, porque não quero ficar longe deles, embora minha mãe seja prepotente e bem difícil, eu os amo, e sei que eles precisam de mim.

          A não vinda deles, seria providencial se caso Arthur tivesse vindo, porque sabia que não ia ser agradável se encontrarem. Ilusão da minha parte, claro que ele não viria, o que pareceu um pouco chato, não por mim, mas sim por Zidane, que o tem como um herói e é definitivamente apaixonado por ele.

          — Seja bem-vinda Estela, sentimos saudades. — A esposa de Renato fala me abraçando, não nego que ver dona Marina aciona em mim todos os gatilhos possíveis. — Quanto tempo, você está cada dia mais linda.

           — Ah, que nada dona Marina, a senhora que está sendo muito simpática, mas posso dizer o mesmo para você, está maravilhosa, o casamento está lhe fazendo muito bem. — Falo e eles começam a rir. — vocês são terríveis, não foi isso que quis dizer, embora não sejamos tão ingênuos, não é?  — Falo rindo.

          — Ora, ora chefe, fazendo brincadeiras de duplo sentidos? As águas Gregas são de fato milagrosas, estou surpreso.

          — Que foi Renato, está querendo me dizer que antes da Grécia eu era chata então? — pergunto séria.

          — Chata não é bem a palavra, mas retraída e sisuda sim. — dou um leve sorriso tentando camuflar meus gatilhos.

          No fundo eu bem que queria ter me encontrado Arthur aqui, mesmo que muitas águas tenha rolado nesse tempo que estive longe, e as únicas notícias que tive e tenho dele é de que está bem e trabalhando arduamente, mesmo assim eu gostaria de poder constatar com meus próprios olhos. —  Mas não deixo transparecer a minha frustração..

          Fizemos um pequeno cofee break de boas-vindas, conversamos sobre vários acontecimentos, rimos das coisas engraçadas que contaram, assim como me deixaram a par dos  acontecimentos na casa, fico feliz de vê-los assim tão descontraídos, e alegres, foi uma pausa animada na rotina deles. E depois de tantas conversas e risos aos poucos a rotina volta ao normal, os agradeci pela recepção surpresa, dona Marina se despwdiu e voltou para sua casa, a mesma casa que Renato mora desde que viemos para cá. Essa casa é diferente da que Arthur ocupou enquanto esteve aqui, a casa do Renato tem mais cômodos, e é bem mais confortável, bem estilo familiar. E por falar em família, Zidane depois que comeu como um esfomeado, saiu de fininho atrás do Renato, só me avisou que ia esperar sua amiga chegar do colégio, sei que ele está louco para encontrar com a filha do meu chefe de segurança. Eles se falam todo dia, mesmo na Grécia, não deixavam de enviar mensagens um para o outro, isso faz com eu me lembre de uma conversa que tive com Renato, sobre ele colocar sua barba de molho, o homem ficou uma fera, todo enciumado, me respondeu que os dois não tem idade para namoricos, ri, porque meu amigo além de estar ficando velho, está cego também. Sem contar que é divertido assistir um marmanjo como ele, todo enciumado por causa de um garoto.