- Felicidades, mãe! De verdade!
— lhe abracei, já na saída do cartório.Por alguns minutos foram só cumprimentos com os recém casados. Ainda parados ali na entrada, Fanny, pela primeira vez, se aproximou de mim. A verdade é que lá dentro e no processo de saída, não tivemos tempo para isso. Eu menos ainda.
Mentiria se eu dissesse que a presença dela me era indiferente, estava sendo todo o contrário, mas calma aí, também tenho meu orgulho. Não é como se meus sentimentos por ela tivessem mudado mas nesse período me serviu como um entendimento de mim. Eu já sabia que a amava, nada disso mudou.
- Você está muito bonita. — seus olhos caminharam por toda a extensão do meu corpo.
- Obrigada, você continua linda também. — falei ainda sem lhe olhar, deixei propositalmente meus olhos se perderem entre as pessoas.
- Não vai me olhar nos olhos hora nenhuma?
- Pronto. Te vejo, feliz? — senti meu interior afetar imediatamente agora que a via de frente, tão perto de mim.
- Não.
- Ei! Vamos! Uma festa nos espera! — Era Hélio.
No carro fomos eu, Fanny, Carlos e Willy. Já na casa que agora era do casal, nos esperavam várias pessoas do trabalho dos dois, alguns amigos mais antigos e maioria da família. Tudo estava como minha mãe imaginou. Nós brindamos com champanhe, tiramos muitas fotos pelas mãos de Fanny e eles dançaram juntos, aquela primeira dança ao som de "Amor Sem Limite", uma música pra lá de romântica, mas eles adoravam as músicas dele. Por algumas vezes já o peguei de forma desafinada cantar para ela.
- Dança comigo? — Fanny sussurrou se aproximando de mim. A música era mais lenta, maioria de casais dançavam.
- Fanny, melhor não. — fui nada convincente com minha resposta.
- Por favor.
Ela sorriu doce assim que falou e pela primeira vez lhe via não tão segura de si. Eu aceitei dançar. Estava tão nervosa que nem sabia como lhe segurar, foi ela que pegou minha mão e posicionou em sua cintura nos aproximando ainda mais.
- A letra dá música que eles dançaram é muito bonita. — a voz dela agora me pareceu nostálgica, chegando direto ao meu peito.
- É. Tem significado para eles.
- Senti tua falta. — ela falou baixinho perto do meu ouvido e eu respirei fundo, quase errei os passos curtos que dava.
- Não sentiu, Fanny. Você não sentiu.
- Eu precisava disso, minha querida. Nós.
- Precisava? — sorri.
A música estava findando, por sorte não a pegamos do começo e me separei dela indo até um grupo de amigos, não lhe dando chance de falar. Cristiano estava perto dela agora.
- Tudo bem? — Celeste perguntou.
- Tudo. Vamos dançar essa? Agora sim é das minhas, mais agitadas.
- Vamos nessa, senhorita.
Voltei para onde dançavam, era um samba mais cheio de coreografia. Dancei com Celeste, Will e Carlos enquanto sabia que Fanny me observava, ainda conversando com minha mãe e Hélio.
Horas foram passando, todos ainda bebiam e dançavam, até mesmo os noivos. Eles ganharam presentes de amigos e agora por estar ficando mais tarde, alguns já começavam a ir embora.
- Eu agora ganhei uma filha! — Hélio me abraçou, de lado, sorrindo.
- Ah, ganhou sim, uma filha adulta, mas ganhou. — brinquei com ele o abraçando também.
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Faz uma loucura por mim
FanfictionSim, o tema da história é uma música da Alcione porque a Viviane é fã. Viviane que é uma típica brasileira que será empurrada pela mãe a ser uma espécie de guia de Fanny, sua amiga inglesa de personalidade fria que ficará em sua casa. Viviane tomará...