- Amélie Faulkner -Hoje é meu primeiro dia cuidando do meu novo paciente sobre trabalho domiciliar. Estou nervosa para isso, não sei o que me aguarda.
Respira fundo segurando minha mala fortemente, antes de caminhar até a entrada da casa a minha frente. Penso milhares de vez em voltar, mas meu dedo se mexe sem autorização para o botão da campainha, e o aperta.
Não demora muito para a porta ser aberta e a mulher que conheci a alguns dias aparecer.
— Olá, querida — Senhorita Walker sorri ao me ver — Seja bem vinda, entre por favor.
— Olá, Lauren — retribuo o gesto — com licença.
— Eu estou um pouco atrasada, desculpe por não te dar uma ótima recepção. Só irei poder lhe mostrar seu quarto e logo sairei. Mas deixei um papel na cozinha com os horários certinhos de Taylor. — diz rapidamente sem pausa.
— Tudo bem, fique tranquila.
A mulher, com dito e feito, me mostrou apenas meus aposentos e logo saiu de casa. Deixo minhas coisas sobre a cama, decidindo conhece um pouco mais da casa.
Passo pela cozinha, pegando o papel, seguindo pela sala e logo subo as escadas. Encontro um enorme corredor com apenas três portas. Mas, uma em questão me chama atenção.
Um sino.
Um sino ao lado da porta. Provavelmente é o quarto do meu paciente.
Será que devo ir até lá e me apresentar? Ou deixo de lado as apresentações e parto somente para o profissionalismo?
Eu vou.
Dou um passo a frente, mas automaticamente meu corpo se vira na direção contrária.
Profissionalismo, Amélie.
Dou novamente outro passo em direção as escadas, dessa vez, mas ocorre o mesmo ato anterior.
Ah, que droga!
Caminho até a porta com o sino e me lembro de uma das regras; nunca entre sem bater.
Respiro fundo várias vezes antes de bater na porta e segura a maçaneta. Espero pela autorização mas isso não acontece. Faço um biquinho curioso e bato novamente.
Dou um pulo de susto no momento em que o sino é tocado. Acabo soltando um gritinho, colocando a mão no peito.
Isso é a autorização?
Puxo o ar antes de abaixar a maçaneta, regulando a respiração pelo susto.
Encontro o quarto totalmente escuro, mas consigo visualizar um monte sobre a cama pela luz emitida do corredor. Penso em andar até ele, mas me interrompo totalmente.
— Ah, Olá — minha expressão provavelmente está estranha pois tento a todo custo encontrar o garoto debaixo dos tecidos — Eu sou Amélie, sua enfermeira temporária. Sua tia me pediu para que cuidasse de você enquanto faz uma viagem — espero alguma resposta, mas nada vem — Eh, Hm, era só isso mesmo, queria que me conhecesse para não ficar com uma estranha em sua casa. Eu venho aqui depois.
Não ganho nenhuma resposta, sinto-me envergonhada e saio rapidamente do quarto.
Eu devia ter partido direto para o profissionalismo.
Até terça :)
17/07/2022
- Viih 💓
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He Wants
Fanfiction"Um passado trágico e doloroso marcado para sempre com palavras e cicatrizes. "Uma criança machucada por ofensas, e palavras de ódio. Ações simples, que causaram machucados. Sorrisos substituídos por choros. Memórias substituída por traumas. Amor s...