Viver, Rir e Amar Assim?

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-Itachi, não brinca comigo desse jeito...

-Kakashi, eu nunca faria isso com você. Se precisar, eu tenho provas. Venha para a rua Blodyes, número 393, e diga para a primeira pessoa que vir que você está a fim de peixe frito.

-P-peixe frito?

-É tudo uma alusão, eu não escolhi isso. Vou ter que ir. Tchau, Kakashi, espero que venha. - Ele desligou sem mais nem menos, nem deixou eu dizer outra coisa. Típico do Itachi, quando acha que o assunto acabou ele só sai.

Desliguei o celular e coloquei no bolso, balançando e abraçando meu filho em meus braços. Eu deveria ir? Quer dizer, seria ótimo para as crianças, mas eu poderia não voltar se for desse jeito que Itachi falou. Eu tenho uma vida aqui, então o que eu faço?

Depois que Sakumo se acalmou e adormeceu em meus braços, me dirijo para fora do meu quarto em direção ao quarto do meu menino. Porém, escuto algo estranho logo quando saio. Eu volto rapidamente e me dirijo para o closet. Acho que tem alguém. Abro e a porta e encontro a pior coisa que eu poderia ver.

-Que bagunça é essa? É putaria, viu...? - Entrei e tentei ver se era algo que bagunçou tudo, e encontrei algo, em meio às minhas roupas caídas e meus pertences pessoais. - Eu tinha esquecido que essa caixa estava aqui. - Juntei o que havia se espalhado dela e a deixei de lado, apoiando em qualquer lugar do meu closet. Eu sempre acho essa caixa com essas bugigangas antigas que um dia me deram e eu guardei como lembrança. Eu tenho que lidar melhor com os meus problemas de apego e acumulo.

Deixei a bagunça para trás para arrumar tudo depois. Levei o meu pequeno Sakumo no berço dele, suspirando ao vê-lo dormir pacificamente. Itachi, percebeu o que você fez?

Eu deixo minha família para trás e vou atrás de Obito ou eu fico e vivo com a ideia de que eu poderia ter ido atrás? Eu estaria fazendo bem para a minha família indo atrás de algo que poderia ajudar ou ficando e tirando o direito de poder chegar a conhecer o pai? Obito gostaria de ser pai?

-Kakashi, está tudo bem? - Sakura me perguntou, dando-me um susto com sua aparição repentina. Entretanto, eu ainda fiquei feliz com sua preocupação.

-Eu preciso conversar com vocês. - Olhei de longe o casal Naruto e Sasuke no sofá, me observando, e eles conseguiram me escutar, dava para se ler na expressão de surpresos que ambos fizeram. Fui até o lugar que antes eu estava sentado, praticamente me jogando na poltrona, cansado. Os três estavam à minha frente, esperando que eu falasse, mas até eu nem sabia o que poderia falar.

-Kakashi, o que tiver para dizer, somos todo ouvidos. - Naruto tentou me tranquilizar, mas não havia um jeito fácil de explicar o que estava prestes a dizer.

-Eu recebi uma ligação de Itachi. - Falei o óbvio, para preparar terreno para o que estava para revelar. - Ele me disse que Obito pode estar vivo.

Do jeito que falei, tão na lata, nenhum deles teve uma reação imediata, apenas me olhando incrédulos como se eu fosse o mentiroso da jogada. Eu estou tão confuso quanto vocês.

-E você acredita? - Perguntou o Uchiha. - O meu irmão some da vida de todo mundo e volta com essa notícia do nada, e você acredita?

-O jeito que Itachi se comunicou no telefone... - Murmurei. - Eu sei quando é importante. Ele tem essa pressa estranha quando algo é sério. É a mesma coisa com o caso Orochimaru.

-Olha, Kakashi, eu sei, mas pensa que isso pode não valer a pena! - Contestou o moreno, parecendo falar por todos na mesa. - Confie em nós. Temos filhos e concordamos que devia ficar por eles.

-Eu acredito que o Kakashi devia ir atrás do Obito. - Naruto, surpreendente, ficou do meu lado, contradizendo seu próprio marido, obviamente, o enfurecendo.

Ninfeta do Fogo (Kakashi's Daughter) Onde histórias criam vida. Descubra agora