Capítulo 1 - Francesco (Dom Basile)

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Paciência nunca foi uma virtude que eu possuísse, mas o tempo me fez adquirir e aperfeiçoar tal talento.

Faziam dez dias, que minhas duas novas aquisições haviam partido.

Eu sabia aonde estava localizado o avião, mas tinha perdido a localização do implante das três.

Ficar sem notícias de Donnatella e Mia já era ruim, mas não ter notícias de Pietra me deixava num nível de irritação profunda.

Enquanto me preparava para ir de encontro ao meu monomotor que havia deixado com Donnatella, me pegava decidindo o que iria fazer com elas assim que colocasse a mão em seus pescoços.

Donnatella havia entrado em contato quatro dias depois de haver saído. E eu tinha dado ordens expressas para ela entrar em contato a cada dois dias.

Mas ao invés dela ligar nas vezes seguintes, a outra vadiazinha era quem ligava para me infernizar. Me dizia pornografias sem fim e pela primeira vez na vida de homem feito, eu não sabia nem o que responder, nem ficar bravo com ela eu conseguia, tamanho era o estrago que aquela filha da puta fazia em mim.

Não que eu não fosse apreciador de uma pornografia, mas aquela vadia loira mexia comigo de uma maneira que me irritava e excitava profundamente.

Eu pensei que assim que ela se afastasse, eu respiraria e finalmente voltaria a ser quem eu era, mas o fato era que me masturbar já não produzia o mesmo efeito que anteriormente e meu corpo pedia, na verdade, implorava por mais.

Um toque, um cheiro, qualquer coisa que pudesse aplacar o desejo crescente pela vadia da senhorita Mia Aoki.

_ Francesco, o avião está pronto. – disse Enrico cautelosamente.

_ Perfeito. Peça para levar minha mala, que eu já estou descendo.

Enrico ficou parado, apenas me olhando, enquanto eu terminava de me trocar.

_ O que é? – ele não falou, ficou apenas me olhando e decidindo se deveria ou não continuar. Meus homens ultimamente, estavam bastante cautelosos comigo, eu andava extremamente irritado e vingativo demais. _ Se não tem mais nada a dizer Enrico, sugiro que me obedeça.

_ Francesco. Dom Fernan quer falar com você antes de ir.

_ Outro sermão? Quem foi reclamar de mim dessa vez?

_ Não sei do que se trata. Ele espera por você no escritório.

Enquanto ele caminhava para a porta com minha mala, eu terminava de me trocar e me encaminhava para fora, seguindo para o escritório.

Meu pai já tinha bastante idade, mas sabia se impor como ninguém. Ainda causava grande medo por onde passava, mas eu não tinha medo dele, eu o havia derrotado aonde ele menos se permitia perder e agora ele me respeitava como um igual.

_ Papa.

_ Mio figlio. Va bene?

_ Sí. Porque pergunta?

_ Tenho recebido um infindo número de reclamações Francesco, seu humor e sua agressividade te precedem.

_ É sério isso? Me chamou para outro sermão? Não basta os dois últimos que me deu?

_ Na verdade, chamei você para uma conversa. Quero entender o que está acontecendo. Sei que você pode ser mal e agressivo quando necessário, mas não se trata o próprio pessoal como se eles fossem inimigos, ainda mais depois do que acabamos de viver, da limpeza que fizemos, da perda que todos nós tivemos.

Ele tinha razão. Eu andava com um humor do cão, nem eu mesmo aguentava minha companhia. Eu sabia que deveria controlar meu gênio, mas o fato é que o simples respirar das pessoas me irritava em demasia.

Mulheres Poderosas II - MiaWhere stories live. Discover now