Fase III: Déjà-vu

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  Alguns dias haviam se passado enquanto Holly e Klaus trabalhavam arduamente em achar os gêmeos. A cada segundo existiam menos pistas sobre o paradeiro de seus filhos, o que tornava as coisas ainda mais difíceis. A morena pagava por cada segundo, desde que fizera aquele pedido à Celeste.

-Nós vamos encontrá-los, não se preocupe. Vai ficar tudo bem. -O híbrido tinha um meio sorriso doce enquanto olhava para a jovem, precisava haver um jeito de tornar as coisas melhores.

-Isso é minha culpa, Nik. Eu não deveria ter falado nada com Celeste, me desculpe. -Aquele era o fim da terceira garrafa de vinho, desde que se tornara uma vampira vinha bebendo como se não houvesse amanhã. A partir disso, era capaz de admitir até o arrependimento que mais abominava. Nem sei orgulho era páreo para quantidade de álcool em seu corpo.

-Eu vou encontrá-los e quando isso acontecer, vai tudo ter valido a pena. Eles estão bem, é o que verdadeiramente importa. -Ele segurava a mão da hérege por cima da mesa repleta de fotos e mapas, os dois eram como ímãs. De alguma forma da qual nenhum dos dois era capaz de explicar, eles pareciam se entender.

-Eles serão felizes, e com a gente, Holly. Isso funcionaria como deveria ser desde sempre, uma família. A nossa família. -A proximidade dos dois era tanta que a moça podia sentir o hálito do Mikaelson, não fazia ideia de como ele se aproximara tanto sem que percebesse. Seus sentidos pareciam turvos, não existia mais nada na sala, além dos dois. A proposta havia mexido com tudo, como assim ele achava de bom tom uma proposta dessa no momento em que estavam? Sua mente se lembrou da última vez que seus lábios se tocaram e de como se sentira, não raciocinava perfeitamente. Seu corpo pedia por aquilo de forma que só era capaz de ouvir seus instintos.

O tocar da campainha interrompeu aquele pequeno momento, ela conseguia ouvir o som do compasso desajeitado de seu coração.

-Stefan? -Um sorriso amarelo nasceu em sua feição, a moça ainda não havia comentado com o loiro sobre sua recém trégua com o original. Muito menos sobre a proximidade que vinham tendo nos últimos cinco dias.

-Sei que combinamos que eu deveria vir mais tarde, porém eu imaginei que fosse gostar de uma surpresa. -Ele segurava um pequeno buquê de flores, com uma garrafa de vinho. Ela não pode evitar sorrir, o Salvatore conseguia ser encantador.

-Temos visitas? -A voz do Mikaelson ecoou da parte interna do apartamento, criando uma interrogação no rosto do homem a sua frente. Ela o permitiu entrar, enquanto colocava as flores e o vinho na cozinha.

-Olá, velho amigo. É bom vê-lo novamente. -Não precisava ser nenhum gênio para entender o deboche intrínseco na voz do híbrido, tão típico. O olhar dela se encontrou com o de Stefan, ainda haviam interrogações.

-Eu acho que você não estava tão sozinha quanto me disse, não é? -Um sorriso constrangido surgiu, não podia negar que havia arruinado as coisas. Tentara evitar problemas, apenas criando mais daquilo que era seu maior medo.

O dia não fora tão produtivo quanto o homem planejara, sua ida à New Orleans tinha quase sido uma perda de tempo. Seus olhos seguiam na solitária rota de volta a sua cidade natal, as mãos da morena em sua cintura eram familiares.

-Você não vai mesmo falar nada? -Sua voz era aveludada, devia ao mesmo uma resposta ainda que ele não tivesse lhe dado a mínima abertura.

-Eu não acho que seja eu que deva lhe dizer algo, Holly. -A moça sentiu a culpa recair toda sobre si, ele tinha razão em certa parte. Mas como ele podia exigir-lhe tanto? Ela estava a procura de seus filhos, o que não era nenhum pecado.

-Niklaus estava me ajudando a procurar por Nick e Faith, apenas. Ele é o pai deles. -O vento em seu rosto era frio e forte, talvez pela velocidade alta em que o vampiro dirigia sua moto.

Os 30 anos depois da Elena | VOLUME ÚNICOWhere stories live. Discover now