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Só queria encher a cara, a verdade é essa

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Só queria encher a cara, a verdade é essa. Apesar dos pesares, gostei de ser menos eu mesma quando eu bebi demais na festa pós-conferência, mas meu querido chefe acha que manda em mim na minha vida também e não me deixa em paz.

- Você não disse para eu me divertir, Vinnie? Estou tentando.

- Tem como se divertir sem ficar bêbada, Violet. jamais fique vulnerável em ambientes assim. Pode ser perigoso.

- Tudo bem. - Falo, concordando e olho ao redor, vendo as pessoas conversando. - E o que a gente vai faz aqui, então? Fica olhando para a cara um do outro? Isso não é muito divertido.

- O que você quer fazer? - Ele pergunta, após soltar um suspiro.

- Não sei. Como eu disse, só vou a lugares como esse arrastada pela Avani. O que você costuma fazer?

Ele ergue uma das sobrancelhas pretas e grossas no sorri de lado.

- Eu fodo.

Engasgo com o refrigerante e coloco a mão na boca, quase tossindo meu estômago.

- Calma, sem morrer. - Vinnie desliza para meu lado no sofá e bate de leve nas minhas costas. Quando me afasto, sinto meu rosto quente, não sei se pelo excesso de tosse ou se pelo constrangimento.

- Melhorou? - Pergunta, e aceno de forma positiva. - O que quer fazer?

- Quero... Não sei. Dançar?

- Pode ir. Eu fico te esperando aqui. - Fala e indica a pista de dança com a cabeça.

- Ah, sozinha? É sem graça.

- Você quer dançar comigo? Pergunta, franzindo a testa. É um bom ponto. Não séria apropriado, porque ele é meu chefe. Já é esquisito demais estar aqui com Vinnie sem dançar.

- Tudo bem. Preciso fazer valer você ter me arrastado até aqui.

Eu me levanto com uma dose de coragem momentânea e ando até a pista de dança devagar. Gosto de dançar, apesar de não praticar muito.

Uma música agitada começa a tocar, e finjo que estou com a Nani. Fecho os olhos porque o constrangimento é menor e não os abro, nem mesmo quando sinto corpos esbarrarem no meu ao dançarem.

Não me importo se estou dançando bem, se só estou jogando a cabeça e batendo os braços, só quero esquecer um pouco os problemas que me rodeiam, a incerteza do meu futuro, o sentimento que cresce em mim e que sinto que não vou conseguir controlar.

Danço sorrindo, me permitindo ser jovem, viver, dançar e sorrir como se não houvesse o amanhã. Danço uma sequência de músicas e sinto meu corpo suado, minhas pernas cansadas, mas não paro até sentir uma mão na minha cintura.

Tiro rapidamente dali e sigo dançando, mas ela volta a se encaixar. Eu me viro e dou de cara com um homem insistente e muito bêbado.

- Não estou afim, Obrigada.

𝗨𝗺𝗮 𝗩𝗶𝗿𝗴𝗲𝗺 𝗥𝗲𝘀𝗴𝗮𝘁𝗮𝗱𝗮 𝗣𝗲𝗹𝗼 𝗖𝗘𝗢  - 𝐕𝐢𝐧𝐧𝐢𝐞 𝐇.Where stories live. Discover now