Único!

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Quente! Literalmente quente!

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Quente! Literalmente quente!

Não havia outra palavra para descrever como eu estava naquele momento, e nem me referia ao calor escaldante que estava fazendo - porque Deus tinha escolhido logo o dia onde ficaríamos a maior parte do lado de fora da casa para ser o dia mais ensolarado do ano - e sim a ele.

O maldito filho da puta que atormentava meu juízo à tempo demais. O homem que fazia eu ter os piores - ou melhores - pensamentos. Que instigava minha imaginação pra lá de fértil - obrigada fanfics nas madrugadas. Que me fazia querer ajoelhar sem ser para rezar um Pai Nosso e usar a boca para receber algo além da hóstia.

Thomas Williams.

Ou melhor, padre Thomas Williams.

Para quem tinha bom senso e não era uma vadia de 19 anos com os hormônios a flor da pele, Thomas era um homem de sorriso e olhar doce, postura elegante e personalidade gentil, que cativava qualquer um com meia dúzia de palavras ditas em sua voz calma e melódica. Contudo, estamos realmente falando de uma vadia de 19 anos com os hormônios a flor da pele - auto consciência, hein? - então eu só conseguia pensar nas inúmeras formas na qual o padre poderia me foder até que eu não sentisse minhas pernas.

É, eu iria para o inferno e sabe o pior? Eu não estava nem aí!

Se eu pudesse transar ao menos uma vez com Thomas Williams, eu desceria para o colo de Satã sorrindo e ainda agradeceria a Deus por essa dádiva.

Porém, a realidade era uma vadia bem maior que eu e a minha necessidade gritante de perder a virgindade justamente com o escolhido do Altíssimo. Enquanto eu fantasiava com Thomas, ele conversava ao longe com meus pais, que sorriam abobalhados, escondidos atrás das máscaras de exemplos a serem seguidos.

Porra nenhuma!

Minha mãe, a dona de casa perfeita e submissa ao marido, trepava toda quarta-feira com o instrutor de ioga e meu pai, que fingia ser um tradicional pai de família valoroso com os hábitos cristãos, escapava de madrugada para encontrar o namorado novinho. Isso sem contar as festinhas privadas entupidas de cocaína que os dois frequentavam na casa do prefeito Welsh.

Hipócritas do caralho! Faziam tantas coisas erradas, mas quando se tratava de mim... Ah, eu deveria ser perfeita!

Casta. Pura. Inocente. O real significado de bom exemplo.

Ava Malone, filha dos respeitáveis e honrados Sr. e Sra. Malone, um anjinho intocado dos olhos do Deus.

Mal sabem. Filha de monstro, monstrinha é e eu já estava sufocada para deixar meu lado Hyde tomar conta.

Aproveitando que os dois estavam conversando com padre Thomas, procurei Graham em meio a multidão do evento, logo o achando perto da mesa de comida. Caminhei até ele, tocando em seu ombro. Imediatamente o rapaz loiro se virou, com a boca cheia de quiches e farelos no queixo. Eca!

Pecado Perfeito [NÃO REVISADO]Where stories live. Discover now