Capítulo Nove: Romeu e Julieta é exceção, e não regra.

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Curtam o último capítulo... Amo vocês

NARRADORA

13 anos atrás...

New Orleans, Bourbon Street

---- Pai!

O garoto de 13 anos entrou correndo no cômodo onde seu pai estava. O homem mais velho estava com um copo de bebida em sua mão direita, enquanto olhava para uma enorme janela, que tinha uma vista esplêndida da cidade onde moravam.

As ruas da bourbon street estavam movimentadas naquele dia, graças a um evento que era considerado algo cultural. A celebração anual do Festival Casket Girls era um evento onde as pessoas poderiam se vestir com fantasias ou trajes de noivas e andarem sobre a rua, enquanto jazz era tocado.

Reza a lenda que, em 1751, uma mulher salvou 4 mulheres francesas de se casarem com um habitante de Nova Orleans. Acreditando no jovem rapaz, as mulheres estavam a caminho da mansão do governador, entretanto, o cavaleiro não tinha boas intenções com as moças, e as levaria para a morte. E, durante a estrada, houve um motim e sem saberem, era o destino final daquelas jovens damas. Acreditando que iriam morrer ali mesmo, alguém as salvou. Uma mulher abriu a carruagem e matou o homem que estava com as moças, sendo assim, a jovem disse para as francesas que elas deveriam ficar juntas, pois existam pessoas com más intenções no destino final delas.

Desde então, isso foi considerado como algo cultural. E o pré-adolescente William Collins Byers amava esse feriado. Pois ele passava o dia olhando pela janela e ficava deslumbrado com cada vestido que via. E o mais incrível era que a maioria eram homens, e usavam vestidos de noivas. Era por isso que a senhora Byers se recusava a deixar seu filho participar.

---- Você chegou mais cedo do que no ano passado, filho. ---- comentou o homem.

Acontece que o garoto gostava de ver o evento desde o começo, logo nos primeiros músicos que chegavam para conferir seus instrumentos e dar início a passeata.

O senhor Joseph Collins White apontou para a porta ao seu lado, William entendeu que poderia ir para a varanda, e não tardou em ir correndo até a mesma.

Will ficou encantado, não só pela vista, mas sim por ser a primeira vez que seu pai o deixava ir na varanda. Seus olhos brilhavam com deslumbre, olhando todas aquelas pessoas de branco, dançando como se o mundo fosse acabar naquele mesmo dia.

---- Isso é tão...tão... ---- o garoto tentava encontrar palavras para descrever.

O homem mais velho riu e balançou levemente sua cabeça, achando graça a forma fofa de seu primogênito.

---- Bonito? ---- sugeriu um adjetivo.

O menino concordou freneticamente, rindo bobo. Só depois ele caiu em si, lembrando o que queria perguntar para seu pai. Porém, seu papai conhecia seu filho melhor do que ninguém, e se adiantou.

---- Pode falar, Wills.

---- Pai, por que a mamãe nunca me deixa participar?

Joseph respirou fundo, tentando encontrar um modo de dizer para o pequeno sobre isso. Will poderia ser uma criança, mas era bem maduro pra sua idade, graças a sua mãe.

---- Sua mãe pratica algo como: preconceito. Não é bonito. É mesquinho, sujo... ---- explicou.

---- Isso é por causa daquilo, não é? ---- Perguntou, curioso.

My babysister || BylerWhere stories live. Discover now