12CAP

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ALEJANDRO

7 ANOS DEPOIS

Bom, da cena do aeroporto até aqui se foram 7 anos, malditos 7 anos. E vocês sabem o que isso significa? Não, vocês não sabem. São malditos 7 anos sem Mariana, sem sentir seu cheiro, sem tocar, sem beijar, e com a minha paciência se esgotando mais ainda.

- Como essa é a última informação? - Vocês não estão entendendo? Vou explicar.

A 7 anos atras eu prometi não desistir da Mariana, com isso contratei um investidor particular para me ajudar na busca, mas o cara a minha frente não conseguiu encontrar ela. Anos perdidos, fiquei um pouco mais pobre ( Mentira, ainda sou rico ) paciência se foi, e a única coisa que eu ganhei foi stress. E o sujeito a minha frente não sabe que eu stressado não sou a melhor pessoa do mundo.

- Senhor, nós já procuramos em todos os lugares. Mas sempre que chegamos a algum lugar as pistas desaparecem como mágica, e essa última não foi diferente, acho melhor o senhor desistir

- Eu vos pago para procurarem e não para dar palpites, QUERO MARIANA AQUI COMIGO - respirei fundo e baixei o tom, não sou uma pessoa violenta - vocês tem que encontrar ela, por favor.

- Tentaremos mas uma vez senhor Mendonça, porque as pistas desaparecem sempre que chegamos perto, e isso dificulta o meu trabalho.

- Confio em você, sei que estás a fazer o seu melhor, obrigado.

- Não há de que. - Sanches levanta e sai da minha sala.

Não aguento mais tanta espera e tanta busca e todo o mês a mesma resposta, não consigo mais viver sem ela. Já tive que passar por vários psicólogos e sempre ouço mesma coisa, " Você tem que superar, aprender a viver sem ela" só que eu não consigo, ela é minha vida e não posso deixar ir assim.

Sei que talvez ela já seguiu com a sua vida, já deve estar casada e formou uma família, mas não consigo ficar sem saber como ela está e preciso saber pelo menos isso.

Começo meu trabalho e ouço uma batida na porta autorizo a entrada, é minha secretária.

- Senhor Mendonça já estou saindo - olho no relógio e dou conta que já bateu o seu horário.

- Tudo bem, nos vemos amanhã. Boa noite.

- Boa noite. - Ela sai e fecha a porta, e fico mais uma vez no meu silêncio.

Continuo trabalhando até os meus olhos pesarem e quando dou conta já passa das 22h. Decido levantar e ir para casa.

Me despeço dos seguranças e vou para o meu carro. Chego em casa e já estão todos dormindo, então vou para o meu quarto me preparar para dormir, amanha tenho uma viagem de negócios e não quero me atrasar. Tomo um banho e visto meu pijama.

Deito para me preparar para dormir e assim que fecho os olhos, alguém bate a porta, autorizo a entrada.

- Boa noite maninho, a e ai como foi o trabalho hoje? - antes de dormir Francisco vem sempre em meu quarto para conversarmos um pouco, já que nenhum de nós tem tempo durante o dia.

- Foi normal, o mesmo de sempre.

- Estou te achando mais cabisbaixo do que hoje de manhã, o que se passa?

- Sanches veio ter comigo hoje e não conseguiu mais uma vez nada, e não sei mais o que fazer?

- Cara, não sei mais o que dizer. Mas tenha esperança que em breve terás notícias dela.

- Tomara que tenhas razão - suspiro e volto a deitar.

- Não perca a fé cara, tudo vai se resolver tudo bem?

- Ok, obrigado.

- Agora eu vou dormir que amanhã o dia estará cheio.

- Está bem, boa noite

- Boa noite.

Tento dormir, e não consigo mais uma vez dormir bem, e isso já faz 7 anos. Desde que Mariana foi embora, e as vezes tenho que tomar comprimidos para dormir, e é stressante.

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