Carro Forte

CAP. 3

FT (FÁBIO)

Já saí da casa putão e montei na moto no ódio, guiei pra casa e já cheguei lá subindo as escadas e procurando aquela vagabunda com sangue nos olhos, achei ela dentro do quarto, lá tava ela bem de boa dormindo, como se não tivesse feito nada de errado, já meti logo um porradão na cara dela pra ela se orientar

ARIADNE: tá louco, cara? O que cê tá fazendo? - ela levantou assustada e sem entender nada - eu realmente não entendo o pq vc faz sempre esse tipo de coisa comigo

FT: ah vc não sabe? - fui pra cima dela e agarrei em seu cabelo puxando - Cê tá achando que eu sou otário, sua puta? - falei com raiva - Mandei tu ir pra casa e cê fez o quê? Tava lá de papinho com o MK né - esbravejei com o maxilar trincado

ARIADNE: que papinho o que, Fábio? O garoto parou pra falar comigo com maior respeito cara, vc sempre fica vendo coisas onde não tem, isso é os seus capachos que falam pra vc né? - disse revoltada - Tenho certeza, o mais impressionante é que vc acredita neles, parece que tu não conhece a mulher que convive, já falei e falo de novo, tô cansada de vc fazendo essas coisas - falou chorando - tô esgotada demais com isso e não é de hoje - fungou

FT: cansada de quê, mano? Te dou tudo o que vc quer, todos os seus luxos, coisa boa, não deixo vc trabalhar e vc ainda manda o papo de que tá cansada - falei estressado e com raiva

ARIADNE: esse é o problema - gritou - não quero que vc me dê nada, o que eu queria de vc era amor, respeito, carinho, que você me deixasse fazer o que eu realmente gosto - ela disse chorando e soluçando - vc só sabe me bater, tá sempre me maltratando, vive saíndo por aí com outras mulheres como se eu não fosse o suficiente pra vc - disse com desprezo

FT: faço o meu melhor por vc, mas nunca te prometi que seria bom o tempo inteiro - falei soltando o cabelo dela

ARIADNE: não prometeu, mas no começo tu não era assim, vc mudou com o passar do tempo - ela disse com ar de decepção - nós passamos por tantas dificuldades para continuarmos juntos e vc acaba como se a gente não fossemos nada

Saí do quarto sem falar nada e deixei ela lá, abri a porta da rua, peguei minha moto e saí voado pra boca, passei pelos vapores e entrei na minha sala sem falar com ninguém, acendi um verdin e fiquei lá de marola e pensando no que tinha acontecido.

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