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Me afastei de Sero ofegante ainda em seu colo

— Deixa eu ver sua cicatriz— falei. Ele levantou o braço e puxou a manga da blusa comprida mostrando uma cicatriz que fazia quase um círculo completo no seu bíceps bem abaixo de sua tatuagem de ying e yang. Passei o dedo sobre ela vendo um relevo — O que aconteceu?

— Não firmei minhas fitas direito em uma contrução e acabei caindo. Um pedaço de ferro rasgou a pele— fiz uma cara feia, devia ter doido pra krl— Mas eles me curaram rápido então não dói mais. E você? Deixa eu ver sua perna— sai de seu colo e tirei a calça ficando com um shorts de malha por baixo. O levantei até a cicatriz

— Eu só fiz uma sessão rápida depois do rasgo então ainda não foi totalmente restaurada a pele— falei me sentando de frente para ele na cama o vendo passar a mão sobre o machucado

— Não acredito que você arrancou um pedaço da sua coxa com os dentes— ele disse perplexo — Vai mesmo fazer outra sessão?

— Por quê eu não faria?— perguntei — Se quiser posso pedir para ele fazer o mesmo com sua cicatriz

— Não, eu gosto— o olhei sem entender — Me faz lembrar de não cometer os mesmos erros— olhei surpresa para ele. Nunca olhei para a cicatriz que eu tinha nas costas como um símbolo para ser mais forte e sim como um símbolo de como eu era impotente

— É uma forma bonita de se ver, mas aí sua parte favorita do meu corpo não estaria mais totalmente perfeita— falei levantando a sobrancelhas

— Minha parte favorita do seu corpo?

— É ou não é?

— Não sei, eu ainda não vi todas as partes— ele disse sorrindo malicioso e caindo a cabeça para o lado. Mordi o interior da minha bochecha vendo que ele enfatizou no "ainda". Ficamos nos encarando por um bom tempo. Depois dessas longas 2 semanas que pareceram um mês longe um do outro, era palpável a tensão sexual no ar. Desviei o olhar e ouvi ele rir. Me levantei da minha cama e coloquei meu casaco, calça e botas

— Vamos — falei pegando o casaco dele e o entregando

— Aonde?— ele perguntou colocando o casaco — Aizawa vai ficar puto

— Depois eu converso com ele, vamos — ele não falou mais nada apenas desligou a luz e me seguiu até a varanda de seu quarto onde eu o segurei e levantei voo o carregando. Voamos por um bom tempo até chegarmos onde eu queria

— A mesma praia que eu te trouxe no dia da casa assombrada — ele falou quando pousamos na areia. Olhei para o mar parado sentindo a brisa bater no meu rosto fazendo meu cabelo voar. Tirei minhas botas e meias sentindo a areia nós meus pés e corri até a água onde levantei minha calça até os joelhos e entrei. A maré estava baixa.

— Você vai pegar um resfriado entrando no mar no inverno — ouvi ele falar alto da praia. Vi o ar saindo de sua boca pelo frio. Depois dos banhos de gelo isso era fichinha

— Vem logo!— gritei o vendo relutante e então chutando a areia. Ele levantou a sua calça e entrou na água fazendo careta pelo frio

— Puta merda um dia desses você ainda vai acabar me matando!— ele disse se aproximando de mim. Eu ri e olhei para cima. Ali onde a luz da cidade não chegava dava para ver as estrelas e a Lua muito bem — A Lua tá linda hoje — ele disse

Eu concordei com a cabeça ainda olhando o céu. Então um "clique" estalou em meu cérebro. Olhei para seu rosto vendo ele estava me olhando com as bochechas coradas e os cantos da boca curvados formando covinhas. Fechei os olhos rindo e cruzei os braços sobre meu peito

— É — falei voltando a olhar para ele — As estrelas mais ainda— o vi sorrir ao ver que eu entendi e vir até mim me dando um beijo que espantou todo o frio que eu sentia
          
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𝑾𝒆𝒔𝒕 𝑪𝒐𝒂𝒔𝒕-𝘏𝘢𝘯𝘵𝘢 𝘚𝘦𝘳𝘰Where stories live. Discover now