A Coroação

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         Havia uma atmosfera de brilho e entusiasmo naquele salão, o imenso branco do mármore impecável das paredes, chão e até o teto, preenchiam a pureza da celebração. Aragorn estava sobre o trono, logo ao lado estava Arwen, também sentada ao trono e diante deles, uma multidão de raças preenchendo o salão e deixando apenas o corredor onde uma tapete vermelho ligava as portas de madeira branca ao trono. Eldarion estava abaixo do trono, no lado de Aragorn, e Elbereth e Aredhel, ao lado de Arwen e todos olhavam atentamente para as portas. 

      Então as portas se abrem com dois elfos tocando clarins, anunciando o início da cerimônia, eles caminharam lado a lado, tocando o anúncio, em seguida vieram duas pequenas crianças da raça dos homens, vestidas de dourado e vermelho e derrubando no tapete, pedaços da flor amarela ao qual chamavam de Elanor, o mesmo nome que levava a princesa. 
      O harpista élfico começou a dedilhar as cordas quando Elanor pisou na borda do tapete vermelho, em silêncio e na melhor postura, ela caminhou com as mãos à frente, exibindo sua beleza no vestido vermelho e dourado que contrastava com os cabelos negros, que estavam parte preso e parte solto, e com a pele branca. Sorria para alguns conhecidos e cada passo que dava para mais perto do trono, mais tinha que apertar suas mãos para não tremer tanto. Ela olhou para Elbereth e a irmã movimentou os lábios, dizendo - Fique calma -, o que fez a garota suspirar profundamente. Assim que terminou o caminho, ela parou a frente de seu pai, o Rei Aragorn e a Rainha Arwen, e fez a reverência e ficou de joelhos, com a cabeça abaixada até que Aragorn lhe desse a ordem.

       - Essa noite, meus irmãos e minhas irmãs, testemunharemos a coroação de mais uma princesa de Gondor. - disse Aragorn, se lavantando do trono. - Por anos, Gondor viveu debaixo da tirania do mal criado por Sauron, e sobre a gestão de loucos que se consideravam governadores desta cidade. Ao final da Terceira Era, o verdadeiro rei assentou-se aqui. E hoje, coroarei mais um de meus filhos, para continuarem o legado que Eorl, meu ancestral, iniciou.

     Ele sacou sua espada e colocando-a sobre o ombro direito de Elanor, disse:

    - Eu, Aragorn II, Rei de Gondor e Arnor, ordeno que seja justa em seu legado. - e retirando a espada, coloco-a no ombro esquerdo dela. - E que seja benevolente, mesmo que o mundo esteja sobre a face do mal.

     Elanor sentiu a espada se afastar e então, elevando um pouco a cabeça, sentiu o dedo do mais antigo mago vivo, Radagast, com a barba longa e vestes marrons, deslizar um espécio de óleo sobre a testa da garota.

    - E com a unção deste óleo, eu, Radagast, o Castanho, ordeno que haja sabedoria para que haja luz em sua cabeça para usar estes dons quando a hora chegar. - ele sorriu para a princesa e se afastou, deixando que Aragorn continuasse.

   - Eu, Aragorn II Ellessar, filho de Arathorn, Rei de Gondor e Arnor, a coroo, Elanor Luthien, filha de Aragorn II, como princesa de Gondor e Arnor. - disse ele, depositando a  fina coroa de diamantes sobre a cabeça da princesa. - Levante-se, princesa Elanor.

     Elanor se levantou, olhando para Aragorn que era mais alto que a filha, carregando lágrimas nos olhos ele sorriu e concordou, assim com Arwen que também se derramava em lágrimas e sorria. A garota se virou, dando a mão à seu pai, ouviu as vozes dele e de todos os que estavam ali, dizendo:

     - Vida longa à princesa Elanor!

     Quando toda a cerimônia finalizou, começou-se a festa de verdade, no salão principal, havia música e dança, risadas e conversas animadas entre as raças de convidados do Rei. Elanor não parava de sorrir um minuto sequer, na companhia de seus pais ela saudava a todos que a parabenizavam, alguns eram antigos demais para que ela se lembrasse de todos eles. Foi quando o Rei Thranduil surgiu para cumprimentá-la, era tão alto quanto seu pai, e até um pouco mais, de modo que Elanor fez um esforço para se esticar e olhar em seus olhos azuis. O Rel élfico das terras de Mirkwood era belo, alto e vestia uma capa bordada em prata e seda tão branca quanto o marfim, os cabelos longos e louros caíam sobre os ombros e sobre a cabeça a coroa como uma galha de cervo. As grossas sobrancelhas quase impecáveis não faziam qualquer reação, ele se inclinou, assim como Elanor e a cumprimentou:

Meu Querido Legolas: Uma história de amorحيث تعيش القصص. اكتشف الآن