Cap 30

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Thalita

Ando de um lado pro outro e esfrego meus braços por conta do frio do hospital

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Ando de um lado pro outro e esfrego meus braços por conta do frio do hospital. Não pensei nem em trocar de roupa e devo estar parecendo uma maluca com pijama de gatinhos no meio desse monte de gente.

Eu me importaria com isso se minha cabeça não estivesse na Verônica e em como ela está.

Olho para sua mãe sentada em uma das cadeiras com o Liam no colo. Seus olhos estão vermelhos, mas ela já não chora mais.

Contar isso pra ela foi muito difícil.

Um homem de jaleco branco aparece na porta com uma prancheta na mão.

– Senhora Baker? – ele olha em nossa direção.

Minha respiração se torna desregular e eu observo dona Dulce se levantar e ir até o doutor.

Permaneço de braços cruzados e bato meus dedos em um ritmo aleatório e rápido.

Liam encosta a cabeça no ombro da mãe e fecha os olhinhos.

Confesso que queria ser ele nesse momento. Não fazer ideia da gravidade da situação e poder dormir em paz.

O médico diz algumas coisas para a mãe de Baker e eu vejo lágrimas brotarem em seus olhos.

Sinto meu coração apertar e me aproximo rapidamente.

– O que aconteceu? – pergunto com medo da resposta.

– A senhorita Verônica teve uma hemorragia e foi imediatamente encaminhada para uma cirurgia.

Balanço a cabeça repetidas vezes.

– Não, não, não…– sussurro e sinto meu estômago embrulhar – Não pode ser, não. Me diz que é mentira! – Altero um pouco o tom de voz e lágrimas descem descontroladamente pelas minhas bochechas.

– Eu sinto muito, garota. Tenho que ir, licença. – Ele diz e se retira quando ouve seu nome sendo chamado.

Olho para Dulce e tento colocar meus pensamentos no lugar.

Tenho que parar de chorar!

Enxugo minhas lágrimas, mas elas voltam a aparecer. Colo uma de minhas mãos nas costas da mãe de Baker.

– Vem, a senhora tem que se acalmar. Deixa que eu fico com o Liam.

Ela me olha com carinho.

– Tem certeza querida? Sei que está sendo difícil pra você também.

– Não mais do que para a senhora. Pode ficar tranquila.

Respiro fundo e sorrio franco, tentando passar confiança.

Não sei se funciona, o que eu acho difícil, mas ela decide não protestar.

Assente e me entrega o bebê.

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