trinta e dois

672 98 7
                                    

JISUNG
point of view.

Changbin me beijou uma outra vez e eu tentei sorrir. Tranquei a porta para impedir a entrada de qualquer um dos três. Eu me sentiria mais justo comigo e até mesmo com Seo se ele soubesse a verdade pela minha própria boca.

— Tem algo que eu preciso e devo contar para você.

— Claro, pode contar. — apertou a minha mão contra a sua e eu me praguejei mentalmente.

— Eu menti para você. Nós mentimos.

— Como assim, Hannie?

— Não matamos ninguém, aquele acidente não aconteceu.

— O quê? Onde quer chegar?

— Somos policiais. — fechei os olhos e abaixei a cabeça para evitá-lo o máximo que eu podia, talvez assim doeria menos. — Começamos aqui para entregar Hyunjin para a polícia, e vocês também...

Seo soltou da minha mão abruptamente e eu me assustei, decidi encará-lo e suas íris passavam-me uma mistura de desdém e tristeza.

— Mas, não quero mais fazer isso, sabe-eu...

— Eu não vou acreditar em literalmente mais nada que sair da sua boca. — vociferou. — Seu nome é Han? Ou é inventado?

— Han Jisung. Eu me chamo Han Jisung.

— Você quer que eu bata palmas para você e diga que foi um plano perfeito? Que caímos feito idiotas e até nos apaixonamos por vocês?

— Jamais pediria isso à você. Fui baixo, sim. Mas você precisa entender, é o meu trabalho. Eu sou um policial, prendo criminosos, Changbin. Eu não usei você, talvez no início, mas depois...

— Tudo foi mentira. Tudo, Jisung. Nós, eles, você. Nossa "história" que talvez iria começar agora foi a porra de uma mentira. Espero que você suma da minha frente e nunca mais apareça.

— Changbin...

— Não ligo se eu alimentei algum sentimento por você, se ousar tentar machucar meus amigos, eu vou acabar com você.

Seo destrancou a porta e saiu do quarto, com raiva. Merda, estraguei tudo de novo.

[...]

BANG CHAN
point of view.

— Por que estou tão magoado? Sequer tínhamos uma história.

— Felix...

— Bang Chan.

— Perdão. Por mentir.

— Acha que isso irá anular a porra da minha confiança que quebrou?

— Não. Mas me fará sentir mais honesto comigo mesmo. Não vou pedir que acredite em mim, mas peço que pense: se quiséssemos entregar vocês, teríamos feito na nossa primeira oportunidade.

— Ah, então quer que eu agradeça?

— Eu quero que você pare de agir assim! Sabe que é o certo, que somos policiais e é o que devemos fazer.

— Espero que vocês sumam da nossa vida.

— Faremos isso.

— Não sem antes nos mandarem para a cadeia, não é?

— Não sem antes fazer vocês fazerem o certo.

— Acredito que serão promovidos se obterem sucesso nessa missão tão importante, acertei?

red moon - hyunhoWhere stories live. Discover now