Deusa menor

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Hey babys!

Como vocês estão hoje?

Voltei depois de 84 anos com mais um capítulo yeeeeeeh!!

SÓ AVISANDO QUE ELE TEM GATILHOS! CUIDADO AO LER!

Espero que gostem, boa leitura!



  Certo, agora eu entendia um pouco o porquê de estar com tanta dor de cabeça. O livro não era necessariamente sobre Izuna. Não era a história dela. Era a história deles. Dos dois juntos.

Eles eram o Akai Ito um do outro.

Eu lembrava de cada alma gêmea de cada pessoa que o livro já passou por aqui. Eu amava distribuir fios vermelhos por aí. Óbvio que tinha toda uma seleção, mas a maioria eu apenas jogava e deixava a própria linha achar seu caminho. Ela jamais quebra ou se rompe. Ela se molda as necessidades da dupla. Fica maior dependendo se uma das pessoas já nasceu e a outra não e encurta quando estão mais próximas. Ela sempre está lá, apesar de somente eu poder enxergar. Nem mesmo a morte pode cortar esse fio, as almas gêmeas estão ligadas para todo o sempre.

Fazia sentido agora – talvez nem tanto, porque isso nunca tinha acontecido mesmo – o livro emanar tanto poder e magia. Ele ser dourado feito ouro? Bom, isso talvez não tinha explicação, mas ser antigo? Com certeza.

Apesar de Tobirama ter nascido muito, mas muito mesmo, antes de Izuna, a história começava com Afrodite e o pai dela se envolvendo. O ponto de início daquela história era a garota. O porquê? Ainda não sabia. Tobirama com certeza era mais forte e poderoso do que ela, ele devia ser o centro de tudo. O fato de não ser, só me deixava mais curioso.

Então vamos ver: Izuna tinha sete anos quando monstros a atacaram pela primeira vez, o que faz sentido já que é nessa idade que os semideuses costumam a aflorar seus poderes e esse cheiro que fica neles é o que atrai esses bichos. O pai dela morreu tentando levá-la até Janus – que sabiamente não gosta de interferir nos meus planos e tem fé que eu existo. Palmas, você é um dos poucos que realmente gosto, meu amigo –. Ela cresceu por lá e virou uma linda moça que conquistou seu lugar na casa, se tornando a conselheira chefe. Zeus permitiu que alguns semideuses conhecessem o Monte Olimpo e aí entra em cena o fio vermelho.

Naquela hora que o dedo mindinho de Izuna começou a latejar, era o fio se ajustando a nova distância. Não uma distância física, mas metafórica. Izuna e Tobirama nunca tinham se visto antes, então o fio era imenso, quando estiveram cara a cara, isso mudou. Tobirama também sentiu a mudança, por isso apertava a mão com força. Também doía nele.

É, meus caros. O amor dói. Não é porque a história do fio vermelho, de almas gêmeas, e tudo mais, é bonita de se ler, que quer dizer que seja fácil de ser sentida na pele. O fio não é um anel, é uma corda e assim como qualquer uma, ela aperta se puxada demais. Provavelmente por isso que Izuna se viu tentada a ir falar com Tobirama, se sentiu ser puxada até ele. Porque ela estava sendo mesmo puxada até ele. Pelo próprio deus emo gótico das trevas.

Eram um casal realmente peculiar. Eu já vi de tudo, sabe? Estando no ramo que eu estou, vejo coisas difíceis de entender e raciocinar todos os dias. Minotauro por exemplo. Uma porra de um homem metade touro. Como você acha que ele nasceu? É, tem tudo que é tipo de casal nesse universo. Mas Tobirama com alguém por si só já era estranho, com uma prole do amor ficava ainda mais irônico e divertido de se assistir.

Ergui os olhos do livro para o maravilhoso prato de cheesecake de morango. A casa estava brincando com a minha cara ao deixar ele um pouco mais perto, como se fosse uma recompensar por eu ter lido um pouco ou um incentivo para eu ler um pouco mais.

Akai Ito - TobiizuOnde histórias criam vida. Descubra agora