Nada a perder.
✰✰✰𝖘𝖙𝖊𝖛𝖊 𝖍𝖆𝖗𝖗𝖎𝖓𝖌𝖙𝖔𝖓✰✰✰
Iɴᴅɪᴀɴᴀ, Hᴀᴡᴋɪɴs
10 ᴅɪᴀs ᴀᴘᴏ́s ᴀ ʙᴀᴛᴀʟʜᴀ ғɪɴᴀʟ— Onde vamos? — pergunto seguindo Mackenzie.
— Para um lugar que para mim, é mágico.
— Um lugar mágico?
— Sim — ela diz sorrindo.
Estamos correndo no meio da floresta. E é claro que eu já passei por coisas o suficiente para saber que passear pela floresta de noite com uma garota que acabei de conhecer pode resultar em um problema.
Mas, eu não ligo, minha irmã está morta e o mundo acabando e pode até ser que eu morra amanhã, então... Eu vivo o hoje. Além do mais, há algo dentro de mim que me mostra que a Mackenzie é confiável.
Eu estava tão perdido em meus devaneios que nem reparei que chegamos á um lugar.
— Então... — ela sorri — esse aqui é meu pedaço de paraíso.
Olho ao redor, mas eu apenas vejo arvores.
Ela ri.
— Não, tem que olhar para cima. — ela levanta meu queixo com o indicador.
E assim que olho para cima, vejo uma casa na arvore, as luzes de dentro iluminam um pouco as arvores ao redor.
— Vem — ela diz subindo uma escadinha.
Vou atrás e quando chego lá em cima, encontro um lugar simplesmente fantástico.
— Uau... — balbucio sem palavras — foi... Você que... Fez tudo isso? — pergunto e ela sorri.
— Eu e o meu irmão... — ela diz em tom de reprimenda. — eu e ele fizemos... Quando éramos pequenos e aos poucos que fomos crescendo, evoluímos a construção.
— É incrível...
É uma estrutura de madeira, até que bem grande para uma casa na arvore. Tem vários posters de banda e filmes, alguns estão até bem gastos, meio desbotados, provavelmente pelo tempo. E tem, também, vários pisca-piscas espalhados pela estrutura, alguns são coloridos e outros brancos.
Tem uma prateleira com vários discos, ao lado de uma vitrola. E tem um armário onde ela acabou de pegar um chocolate e pelo que vi tem muito mais de onde veio esse. Há almofadas e puffs espalhados pelo espaço e algumas prateleiras com bugigangas e livros. Tem uma mesa, no centro do espaço com flores chapadas e alguns jogos de tabuleiros, tem alguns cadernos abertos e flores dentro de uma garrafa de vinho.
— Passei a maior parte dos últimos dias aqui não conseguindo superar a morte do meu irmão.
— Eu te entendo, a diferença, é que eu passei no bar, ou na casa onde meus pais me abandonaram.
— Caramba... — ela murmura. — sinto... Sinto muito.
— Não sinta, eles nunca se importaram, só estavam esperando a desculpa ideal.
— Uau, que horrível... — ela fala triste.
— Minha irmã era tudo o que eu tinha... E agora... — respiro fundo, mas a minha respiração treme.
— Eu entendi... — ela vem até mim. — meu irmão era tudo para mim também.
Nos encaramos por alguns instantes. Ela se afasta logo em seguida e coloca a vitrola para tocar e depois joga um chocolate para mim.
— Nada de deprê hoje, lembra? — ela sorri e começa a dançar enquanto eu encaro o chocolate. — Não dá para apagar a morte deles, eu sei, mas eu também sei que eles não iriam querer que sofrêssemos então... Hoje a gente dança, ri, bebe e amanhã a gente chora. Combinado?
Sorrio e como o chocolate enquanto ela pega duas garrafas de cerveja.
— Combinado. — falo.
Ela sorri e vem me puxar para dançar, ela me entrega a garrafa e depois nós dançamos como se não houvesse amanhã. Como se nada tivesse acontecido. Como se fossemos apenas jovens normais se embebedando e aproveitando suas vidas.
Mackenzie ri enquanto eu a giro, a risada dela ecoa pelo espaço, eu rio junto. O álcool já bateu e ambos estamos cantando enrolado e dançamos cambaleantes. Nem parece que acabamos de nos conhecer. Na verdade eu sinto que a conheço há muito tempo. A letra da musica já se embaralhou na minha cabeça, meu coração bate muito rápido e os pisca-piscas já se tornaram só um borrão.
Mas ambos continuamos dançando. Não temos nada a perder.
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Assim que estaciono a van, Max me olha em pânico quando vê o carro da Robin e a vê sentada na varanda da cabana.
Saio do carro já me preparando para a bronca quando reparo que Robin está chorando.
Max só abre a porta e observa a situação.
Corro até Robin.
— O que houve? Robin, o que houve? — eu pergunto e ela me encara soluçando.
— O Steve sumiu... Ele não está em lugar nenhum, e quando eu fui procurar no bar onde ele sempre vai... O carro dele tava... Abandonado lá...
— Ah Robin... — eu a abraço.
— E se... E se ele está morto em alguma vala por ai... Por que teve uma overdose... E... — ela pondera chorando.
— Não, não, não... — murmuro — não, a gente vai encontrar ele.
— E se algum bicho do mundo invertido pegou ele?
— Robin... Vai ficar tudo bem, vamos encontra-lo.
— Não posso perde-lo também Eddie... Não posso.
☹︎☺︎︎☹︎☺︎︎☹︎☺︎︎☹︎
ᴀᴍᴏʀᴇs ᴅᴀ ᴍɪɴʜᴀ
ᴠɪᴅᴀ, ᴍɪʟ ᴘᴇʀᴅᴏ̃ᴇs ᴘᴏʀ
ɴᴀ̃ᴏ ᴇsᴛᴀʀ ᴘᴏsᴛᴀɴᴅᴏ ᴛᴀɴᴛᴏ...
ᴇ́ ǫᴜᴇ ᴇᴜ ᴛᴇɴʜᴏ ᴛɪᴅᴏ ᴄʀɪsᴇs
ᴅᴇ ᴀɴsɪᴇᴅᴀᴅᴇ🥺 ᴇ ɪssᴏ ᴀᴄᴀʙᴀ
ǫᴜᴇ ᴍᴇ ᴅᴀ́ ʙʟᴏǫᴜᴇɪᴏ ᴄʀɪᴀᴛɪᴠᴏ,
ᴇɴᴛᴀ̃ᴏ ᴇ́ ᴘᴏʀ ɪssᴏ ǫᴜᴇ ᴛᴇɴʜᴏ ᴇsᴛᴀᴅᴏᴍᴇɪᴏ ᴏғғ🤧
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Tales From The Upside Down
Fanfiction𝖛𝖔𝖑𝖚𝖒𝖊 2 𝖉𝖆 𝖋𝖆𝖓𝖋𝖎𝖈 𝖙𝖆𝖑𝖊𝖘 𝖔𝖋 𝖘𝖙𝖗𝖆𝖌𝖊𝖗 𝖙𝖍𝖎𝖓𝖌𝖘 𝕳𝖆𝖎𝖑𝖊𝖊 𝕳𝖆𝖗𝖗𝖎𝖓𝖌𝖙𝖔𝖓 tinha apenas 17 anos quando deixou este mundo. Como uma heroína ela morreu apesar de se achar a vilã. Envolvida nos braços de seu primeiro...