Para Trilhar um Caminho Estreito - Continuação de Faith

Capítulo Dois: Escuridão Nasce Duas Vezes

AVISO: Eu não possuo os personagens. 

Capítulo Dois: Escuridão Nasce Duas Vezes

O corpo que tinha sido de Bellatrix Lestrange cambaleou pela floresta, tropeçando de árvore em árvore, deixando pedaços de carne em seu rastro. As criaturas da floresta fugiram de seu caminho, suas cabeças e caudas baixas. O fedor pesado e azedo da urina das criaturas mais fracas manchava o ar.

Aquilo-que-era Bella parou na beira de uma clareira. O amanhecer estava se aproximando, fazendo sua pele se mexer e estremecer. O sangue bombeou em jorros pesados ​​dos ferimentos que sofreu; precisaria de um novo hospedeiro, em breve.

A loucura fez os olhos negros brilharem enquanto olhavam para o céu relâmpago. O amanhecer estava chegando. Mais de um. E o tornaria sangrento de dor e medo.

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Harry acordou, suor escorrendo em seus olhos. Seu coração estava martelando em seu peito e seus pulmões doíam, como se ele estivesse debaixo d'água por muito tempo. Ele passou a mão pelos olhos e fez uma careta para a mancha de sangue que saiu.

Espere, o que ? Harry estendeu a mão. Uma mancha de cobre decorava a parte de trás dela. Ele apalpou sua testa, mas não havia dor. Ele piscou e estremeceu, seus olhos doíam. Ele sondou ao redor deles, sibilando quando seus dedos encontraram protuberâncias inchadas e estranhas e duras protuberâncias nos cantos de suas pálpebras.

Ele saiu de sua cama, indo para o espelho embaçado que estava empoleirado acima de sua cômoda. Dudley o usou para algum tipo de experimento científico trouxa e exigiu um novo, quando não pôde ser limpo.

Harry encontrou seu reflexo, encarando seu rosto com grandes olhos verdes. O sangue estava endurecido ao redor de seus cílios e havia trilhas secando descendo por suas têmporas e bochechas.

Ele empurrou para trás a franja pesada de seu cabelo e verificou a área ao redor de onde sua cicatriz estava. Não havia nada. Ele cutucou, mas não havia dor. Ele esfregou a mão sobre a boca, seu olhar voltando para o sangue ao redor de seus olhos.

"Isso não é bom." Ele piscou algumas vezes, rangendo os dentes contra a dor nas primeiras passadas. Depois de desalojar alguns torrões secos, a dor se dissipou. "O que em nome de Merlin está acontecendo?"

"Filho dos sonhos?"

A voz da Morrigan fez Harry pular. Ele se virou, pegando-se na beirada da cômoda.

Ela parecia a mesma da última vez que ele a vira. Seu cabelo preto selvagem caiu ao redor de seu rosto, enviando seus olhos para a sombra. Harry desejou saber a hora, mas sua varinha estava trancada com seu baú no galpão do jardim.

Ela estava empoleirada na ponta da cama dele, os cotovelos apoiados nos joelhos e com a cabeça inclinada para o lado, olhando para ele. "Você está sangrando, criança."

"Eu sei. Er. Bem, que estou sangrando, mas não sei por quê."

Ela se levantou, saiu da cama e se aproximou dele. Seus pés não faziam barulho contra as tábuas do assoalho. Ela levantou uma mão, deixando seus dedos pairarem sobre sua pele. Uma linha fina apareceu entre suas sobrancelhas. "Sua cabeça dói?"

"Não Senhora."

Um sorriso brilhou em seu rosto. A mão dela baixou e Harry estremeceu. Sua pele estava quente ao toque. "Seus olhos estão sangrando."

"Sim."

Seu polegar varreu as cavidades escuras sob seus olhos. "Algo permanece em seu sangue, como aranhas gordas esperando pela presa."