Andante

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Um desvario lhe alcançou

Bailando, pela psique agitada

E, sem remorso, volta, ele dispara

Para a torre em que se trancou...


Cai, louco, numa febre de delírio...

Corta seus cachos louros numa mágoa

Vê-se, com os olhos cheios d'água...

Em pranto caiu, padecendo em seu martírio


E vive em sombras, na amargura

Em passos tristes, trastejando na noite

Em passos tristes, no ardor d'um açoite.

Perdido – no seu olhar, uma havia rasura


E no ardor que a vida exalta.

Caiu de sua torre alta.

Partiu para o sonho eterno...

A verdade sóbria da vida, o acabou

O seu mundo interno desmoronou.

Hoje, sua alma vive o inferno...  

Sonata-PoemaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora