girl next door | MAX VERSTAPPEN

MY PERSONAL LIFE

A estação de trem de Monte Carlo era um lugar completamente novo para Carmine e assim que a italiana cruzou as portas de vidro, sentiu a ansiedade pinicar por todo seu corpo.

Há meses não viaja e há muito mais tempo não fazia isso sozinha, principalmente por falta de tempo, mas desde que Max passou a fazer parte da sua vida as coisas vinham mudando.

Embarcaria naquela manhã de domingo para Marselha, onde alguém da Red Bull estaria a esperando para levá-la até o circuito de Paul Ricard e nem mesmo as doze horas de plantão ou a troca de trem que teria que fazer em Nice, tiravam a animação de Carmine por estar vivendo aquele momento.

A passagem que havia comprado pela internet durante a semana, indicava que o trem partiria da estação quinze minutos antes das oito da manhã, o que dava a Carmine exatos vinte minutos para encontrar a plataforma de embarque e seu lugar no vagão.

A poltrona 15B escolhida por Carmine era lateral a janela e assim que sentou-se, pegou a salada de frutas que havia comprado na lanchonete do hospital antes de sair e começou a comer, não queria repetir a cena de seu estômago roncando na frente de Max.

O percurso até Nice era bastante curto, pouco mais de vinte minutos e ela já estava oficialmente em solo francês, seguindo os outros passageiros até a plataforma do trem que os levariam até Marselha.

Um sorriso bobo preencheu o rosto de Carmine assim que a segunda parte da viagem começou, achando quase uma loucura o que estava fazendo, mas só de lembrar da animação de Max quando contou que conseguiria ir para a corrida, fazia valer à pena.

Há um mês vinham construindo uma relação que Carmine ainda não tinha um rótulo para chamar, mas se sentia de uma forma que não se lembrava de já ter experimentado.

A forma como ele a abraçava depois de dias sem se verem, ou o jeito de enrugar o nariz quando dava risada, as mãos firmes que seguravam sua cintura em todos os beijos trocados e principalmente, o carinho que Verstappen sempre demonstrava, até nas menores atitudes, tudo encantava Carmine e ela sabia que estava caminhando para um único destino: se apaixonar por Max.

Estava realmente feliz por ter decidido ir encontrá-lo naquele domingo e com esse pensamento, adormeceu, aproveitando as duas horas e meia de viagem para descansar.

O saguão da estação de trem de Marselha era muito parecido com o de Monte Carlo e sem precisar procurar demais, Carmine encontrou uma moça loira e alta, vestida com o uniforme da Red Bull e segurando uma folha sulfite com o nome da italiana.

- Bom dia, eu sou a Carmine - cumprimentou, se identificando e sentindo as bochechas esquentarem.

- Que bom te ver! - a loira lhe deu um meio abraço - Me chamo Chiara, vim te buscar à pedido do Max.

Assim que terminaram de se apresentar, caminharam juntas até o estacionamento e não demorou até o Honda estar na estrada até o circuito de Paul Ricard.

Os quarenta e cinco minutos de viagem foram preenchidos por uma conversa animada. Carmine acabou por descobrir que Chiara era relações públicas de Max e nem poderia estar ali, se Horner descobrisse, receberia uma bronca monstruosa mas segundo a loira, não pôde negar o pedido do piloto depois de ouvi-lo dizer que no lugar dele, só confiava nela para buscar a italiana.

A movimentação intensa da entrada do paddock sempre atraia a atenção de Carmine, que tentava observar tudo à sua volta enquanto seguia os passos de Chiara, que a levava até a garagem da Red Bull.

Os mecânicos andavam de um lado para o outro do carro número 1, que estava suspenso numa estrutura de metal e sem os pneus, mas a atenção de Carmine não demorou a se prender na figura de Max, que estava mais ao fundo da garagem conversando com Christian Horner.