29. Providências

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WANDA MAXIMOFF

Olhei para o sorriso dos gêmeos enquanto Natasha contava a eles uma de suas histórias mirabolantes da sua adolescência. Eles sempre ficavam fascinados com tudo que ela falava.

Sorri involuntariamente, era impossível não se apaixonar pela forma como eles se relacionavam, era realmente uma conexão inegável.

— Mamãe, você precisa ouvir isso! -Tommy gritou me chamando.

— A mamãe Natasha vai contar a melhor parte da história. -Billy completou.

Ainda sorrindo, caminhei para me juntar a eles. Imergindo naquela bolha de amor e felicidade que tínhamos criado ao nosso redor.

Terminamos aquele dia assim: juntos. Rimos até nossas barrigas doerem, compartilhamos histórias e mais histórias e pouco tempo depois os dois garotinhos estavam desmaiados de sono sobre nossos colos.

— Eles sequer mencionaram o teste de DNA. -ela disse aliviada quando saímos do quarto, depois de os colocarmos na cama.

— Eles não se importam, amor. Não faz diferença quem o Bruce diga ser ou a forma que ele tente se inserir na vida deles. -a tranquilizei. — Os nossos garotos serão sempre os nossos garotos.

— Tenho medo de perdê-los. -ela confessou baixinho e eu a puxei para os meus braços. — O Bruce é traiçoeiro.

— Não importa o que ele faça. Você é mãe deles, nunca vai perdê-los. -beijei seus lábios inúmeras vezes, fazendo-a sorrir finalmente. — Eu prometo.

— Você me acalma. -ela murmurou, descansando sua cabeça no vão do meu pescoço.

— É porque eu te amo. -respondi. — Mais do que você pode imaginar.

Ela deixou beijinhos no meu pescoço como resposta, suas mãos me apertando contra si.

Caminhamos nesse abraço em direção ao quarto e deitamos grudadas. Vez ou outra eu sentia o carinho dela sobre a minha pele, sua respiração se aprofundando quando ela inspirava meu cheiro.

— Amor? -Natasha chamou depois de longos minutos em silêncio. — Você já dormiu?

— Não. -respondi, já sonolenta.

— Obrigada por ter voltado para mim.

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Três dias depois, o hospital parecia tranquilo enquanto mais um dos meus plantões chegava ao fim. A noite mal tinha começado e eu já estava ansiosa para voltar para casa, para as três pessoas que eu mais amava no mundo.

Caminhei até o estacionamento, vendo de longe Victor encostado contra o meu carro. Bufei para o nada, sabendo que eu provavelmente sairia irritada daquele encontro indesejado.

— Eu não quero falar com você. -disse no momento em que me aproximei, não dando espaço para ele sequer começar a falar.

Victor se afastou do carro, me dando espaço para abrir a porta e entrar e agradeci internamente por isso, mas antes que eu fechasse a porta, um envelope com a logomarca do laboratório que havíamos feito o exame foi colocado no meu campo de visão.

— O que é isso? -indaguei curiosa, voltando a abrir a porta completamente.

— Achei que você não quisesse falar comigo. -Victor disse com ironia e me entregou o envelope.

Era claro que lá continha o resultado do exame de DNA dos gêmeos, de certa forma não foi grande surpresa. Assim como não foi surpresa o fato de o resultado ter sido positivo.

The Life That You Stole From MeWhere stories live. Discover now