23 | tudo está bem... ou quase

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BRUXELAS, 2020

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BRUXELAS, 2020

As horas não passavam, o frio consumia cada parte do corredor que dava acesso a sala de cirurgia do hospital e os três não sabiam ainda como reagirem.

Harrison estava na sala de cirurgia a horas, após uma parada cardíaca que quase o levou.

Dos três, Marie era a que estava mais nervosa. Ava também tinha sua maneira de reagir, no entanto, a engenheira era um verdadeiro caos.

Max estava de pé, com o ombro encostado na parede do corredor, olhando para a loira sentada na poltrona e com as mãos unidas em frente ao rosto. Ele pensava em tantas coisas, em como iria agir com aquilo tudo, como seria que Marie o trataria depois que aquilo tudo acabasse.

No fundo, o piloto tinha medo. Medo de não conseguir o que tinha mais com ela, o que dela não ouvi-lo ou nem se importar com o que viveram. Marie era difícil, era uma tempestade, mas ele estava disposto a enfrentá-la, passar pelos perrengues e chegar novamente ao que tinham antes.

Soltando um suspiro longo, Verstappen foi até o bebedouro, pegou um copo de água e seguiu em direção a engenheira, tocando seu ombro para entregá-la.

— Toma, você não bebeu nada ainda. — proferiu baixinho.

Ela ergueu os olhos azuis que tinham um semblante triste e apertou os lábios, pegando o copo das mãos dele.

— Obrigada. — ela sussurrou sem forças e levou o copo à boca. — Obrigada por estar conosco nesse momento. — Max deu um sorriso fraco, sem ânimo.

— É o mínimo que posso fazer por seu pai. Ele me fez prometer. — as sobrancelhas dela se ergueram. — Mas eu não fiz só pela promessa, fiz por você também, Marie. — fitou a garota sem nenhuma sombra de brincadeira.

Antes que Marie pudesse formular qualquer frase, o médico sugeriu de repente.

Ava se aproximou da filha e esticou a mão para segurar o braço de Marie, que deixou o copo sobre a mesa e se uniu a mãe, para ouvir o que quer que fosse.

— Temos boas notícias. — o médico proferiu animado. — A cirurgia foi um sucesso, mas as próximas horas serão decisivas, temos que acompanhar a evolução da receptividade do órgão transplantado. — Ava e Marie se abraçaram, afinal pelo menos alguma coisa tinha dado certo. — Estamos confiantes com a recepção do coração.

— Obrigado, doutor. — Max proferiu um pouco aliviado. — Tem uma previsão de quando poderemos vê-lo?

— Isso depende da receptividade do órgão. Se tudo sair como esperamos, em algumas horas vocês poderão vê-lo, mas será brevemente. — Max assentiu.

— Obrigada, doutor. — Ava agradeceu.

— Qualquer coisa que acontecer, pelo mal ou pelo bem, eu venho avisá-los. — o médico se retirou.

FLAMES | MAX VERSTAPPENWhere stories live. Discover now