BRUXELAS, 2020
As horas não passavam, o frio consumia cada parte do corredor que dava acesso a sala de cirurgia do hospital e os três não sabiam ainda como reagirem.
Harrison estava na sala de cirurgia a horas, após uma parada cardíaca que quase o levou.
Dos três, Marie era a que estava mais nervosa. Ava também tinha sua maneira de reagir, no entanto, a engenheira era um verdadeiro caos.
Max estava de pé, com o ombro encostado na parede do corredor, olhando para a loira sentada na poltrona e com as mãos unidas em frente ao rosto. Ele pensava em tantas coisas, em como iria agir com aquilo tudo, como seria que Marie o trataria depois que aquilo tudo acabasse.
No fundo, o piloto tinha medo. Medo de não conseguir o que tinha mais com ela, o que dela não ouvi-lo ou nem se importar com o que viveram. Marie era difícil, era uma tempestade, mas ele estava disposto a enfrentá-la, passar pelos perrengues e chegar novamente ao que tinham antes.
Soltando um suspiro longo, Verstappen foi até o bebedouro, pegou um copo de água e seguiu em direção a engenheira, tocando seu ombro para entregá-la.
— Toma, você não bebeu nada ainda. — proferiu baixinho.
Ela ergueu os olhos azuis que tinham um semblante triste e apertou os lábios, pegando o copo das mãos dele.
— Obrigada. — ela sussurrou sem forças e levou o copo à boca. — Obrigada por estar conosco nesse momento. — Max deu um sorriso fraco, sem ânimo.
— É o mínimo que posso fazer por seu pai. Ele me fez prometer. — as sobrancelhas dela se ergueram. — Mas eu não fiz só pela promessa, fiz por você também, Marie. — fitou a garota sem nenhuma sombra de brincadeira.
Antes que Marie pudesse formular qualquer frase, o médico sugeriu de repente.
Ava se aproximou da filha e esticou a mão para segurar o braço de Marie, que deixou o copo sobre a mesa e se uniu a mãe, para ouvir o que quer que fosse.
— Temos boas notícias. — o médico proferiu animado. — A cirurgia foi um sucesso, mas as próximas horas serão decisivas, temos que acompanhar a evolução da receptividade do órgão transplantado. — Ava e Marie se abraçaram, afinal pelo menos alguma coisa tinha dado certo. — Estamos confiantes com a recepção do coração.
— Obrigado, doutor. — Max proferiu um pouco aliviado. — Tem uma previsão de quando poderemos vê-lo?
— Isso depende da receptividade do órgão. Se tudo sair como esperamos, em algumas horas vocês poderão vê-lo, mas será brevemente. — Max assentiu.
— Obrigada, doutor. — Ava agradeceu.
— Qualquer coisa que acontecer, pelo mal ou pelo bem, eu venho avisá-los. — o médico se retirou.
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FLAMES | MAX VERSTAPPEN
FanfictionSÉRIE GRAND CHELEM | LIVRO 2 Max Verstappen sempre teve o automobilismo em sua vida, ocupado boa parte do seu tempo, lhe instigando a vencer e vencer. Marie-Anne Dukman também sempre esteve em sua vida, ocupando o que sobrava do tempo, lhe apoiando...