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O dia estava lindo lá fora, tomei um banho e me arrumei, esperando Fillipo que estava conversando com alguém em seu celular, estava todo arrumado e só faltava a gravata que eu prontamente coloquei nele.

- Podemos tomar café em algum lugar?

Eu queria evitar conflitos com a mãe dele e Ashley.

- Tomamos no escritório.

Terminei e dei um beijo nele, peguei minha bolsa que estava em cima da cama e Fillipo terminou de pegar suas coisas, saímos do quarto indo direto para a porta quando escutamos a mãe dele o chamar e nos olhamos.

- Fillipo Gambino. - Beatrice gritou e pareceu logo em seguida.

- Já estou de saída, tenho muitas coisas para fazer hoje.

Ele segurou em minha mãe e me arrastou dali sem nem ao menos terminar de ouvir o que ela falava, entramos no carro que ele mesmo iria dirigir e quando estava já em movimento o olhei.

- Ela vai matar você.

- Eu sei, mas até lá eu me livro.

Ele nos levou para um condomínio cheio de casas, todas já imobiliadas e uma, mas linda que a outra. A corretora ficou o tempo todo tentando se aproximar de Fillipo, varias vezes passando a mão nele e ele muito educado tentando se afastar.

- Qual gostou Baby?

- Gostei mais daquela ultima, faz eu lembrar o vinhedo.

- Se o senhor quiser, podemos mostrar mais algumas como aquela. - Ela fingia que eu não estava ali.

- Não meu amor, eu gostei daquela. - Respondi antes mesmo de Fillipo abrir a boca, ela me olhou e sorri para ela.

- Só um momento.

Fillipo se afastou para atender o celular e fiquei olhando para ela.

- Você quer vender a casa, ou dar para ele? - Cruzei os braços e a fiquei esperando uma responta, até que Fillipo volta.

- Então vai ser aquela mesma, pedirei para minha secretária realizar o pagamento, preciso dessa casa até o final do dia.

- Está bem senhor.

- Vamos Baby?

Peguei na mão de Fillipo e fomos para o carro, fechei a cara para ele e entrei batendo a porta, ele me olhou rindo e entrou no carro lingando e indo em direção ao escritório.

- Anna vai pedir nosso almoço. - Fiquei em silêncio o ignorando. - O que foi? Eu estava sendo educado.

- Educado até de mais não acha?

- Não, eu não acho.

- Estou cansada de ficar sem fazer nada.

- Tenho uma reunião importante hoje, se quiser sair o Fredericco pode te acompanhar.

- Tudo bem, preciso de roupas mesmo, aproveito e faço compras para casa.

- Mas não deixe de me avisar, e toma cuidado.

Chegamos ao escritório e subi segurando na mão de Fillipo, todos ficavam nos olhando até que entramos em sua sala e Anna estava correndo atrás.

- Senhor o seu pai, esta te esperando.

Fillipo olhou para ela com a cara fechada e sorri para confortá-la, o Pai dele era novo, bem-vestido e muito elegante. Ele nos olhou e se levantou.

- Pai, eu não esperava o senhor aqui. - Eles dois se cumprimentaram e fiquei em silêncio ao lado de Fillipo. - Bom está é Antonella.

Ele me estendeu a mão e efetuei o mesmo, ele me puxou me abraçando e fiquei sem reação.

- Um prazer conhecer você Antonella Condello.

- O senhor também sabe?

- Claro, Fillipo me falou muito de você.

Olho para Fillipo e depois volto a olhar para o pai dele.

- Vou esperar lá na sala de reuniões.

- Vamos almoçar pai, quer nos acompanhar?

- Mas é claro.

Sorri para Fillipo e fomos para a sala de reuniões, Anna veio logo atrás para nos servir, ajudei ela com os pratos e talheres, peguei um dos vinhos e abri os servindo em cada taça.

- Então Antonella tem um vinhedo, minha esposa sempre quis ter um.

- Herdei dos meus avós, mas amo aquele lugar.

Ele me olhava e não tinha o mesmo olhar de Beatrice, não tinha raiva e nem medo, ele me aceitava, mesmo sabendo de onde eu vinha, e aquilo era reconfortante.

- Vocês vão à festa beneficente da IVI? - Fillipo perguntou para seu pai.

- Vamos, fiquei sabendo que terá uma participação especial das meninas da Boate.

Fillipo me olhou para Anna que prontamente saiu da sala e fechou a porta.

- Vai levar Mônica papai?

- Você vai levar Antonella?

- Se ele não me levar, eu apareço lá mesmo sem convite.

- Mônica não gosta de ir a esses eventos comigo, mas gosto de ir visitar as meninas da Boate.

- Fillipo me disse que não tem meninas na Boate. - Falei o encarando.

- Tem, sim, em uma área mais reservada para alguns clientes.

- Papai o senhor está falando de mais.

- Desculpa filho.

Continuei a comer e sorri para Fillipo que balançou a cabeça em negativo para mim.

Aquele homem não tinha ideia de como eu era quando o assunto era sexo, e como eu gostava de dar prazer a alguém, terminamos de comer e Fillipo chamou Anna para limpar a sala. Fred estava na porta me esperando e me levantei dando tchau para eles.

- Foi um prazer conhecer o senhor.

- O prazer foi todo meu. - Ele beijou minha mão e sorriu, dei a volta na mesa e beijei o lábio de Fillipo me afastando dele em seguida e saindo pela porta com Fred.

Eu precisava me distrair um pouco, as coisas estavam muito diferentes, minha vida estava diferente e eu não estava acostumada com aquilo. Eram muitas informações, muitas coisas sobre minha família que eu não sabia, Ramon que era totalmente diferente do que imaginei, meu pai que como sempre não aceitava ver uma mulher no poder. Eu precisava fazer algo em relação aquilo, ou Ramon terminaria de acabar com a família e os negócios.

Fui para o carro com Fred que estava a caminho de algumas lojas que pedi para ele me levar, peguei meu celular e liguei para meu irmão.

- Antonella, por onde você está?

- Julian, preciso te contar algumas coisas, será que pode vim a Sicília?

- O que você está fazendo aí?

- Longa história, precisamos nos ver.

- Ta bem, vou tentar chegar aí amanhã cedo, pode ser?

- Claro, te mando o endereço. Mas por favor, não conte a ninguém.

- Não vou contar.

- Eu te amo, muito Maninho.

- Também te ao maninha, to com saudades.

Desliguei e guardei o celular olhando para os lugares aonde passávamos.

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Amor por um fio. (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora