Mistérios em Pensilvânia

Dezembro

Sem Revisão
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Era 24 de dezembro de 2041, os Jauregui conversavam animados enquanto arrumavam a mesa de jantar com as típicas comidas de Natal.
Após todos tiverem conhecimento das noites mal dormidas de Lauren, fora uma concordância mútua passar o feriado na casa de Taylor. Não queriam sobrecarregar mais ainda a Jauregui mais nova fazendo-a viajar para o outro lado do país.

Ela aparentava estar melhor, de qualquer forma. Perguntava-se incansavelmente porque ninguém estava intrigado com o caso de Camila, e principalmente porque ninguém parecia mais lembrar do que aconteceu.

Camila fora morta, de acordo com os policiais. Ou ao menos tinham essa ideia em mente. Lauren não sabia bem o motivo mas tinha convicção que aquilo não era verdade.

Dominic tinha convidado Julian para passar o Natal com eles, olhar para o garoto fazia Lauren embrulhar o estômago. Só lembrava de Camila dizendo que não deveria permitir a proximidade.

Haviam luzes coloridas e piscantes por toda a casa, um pinheiro de 1,60m na sala, decorado com bolas vermelhas revestidas em glitter e uma estrela brilhante no topo.

Todos usavam suéters de Natal, com renas, bonecos de neve e trenós. A avó Jauregui nunca deixava de confeccionar as peças, todo Natal ganhavam uma diferente. Até Julian havia ganhado um aquele ano.

Lauren estava imersa ao clima, feliz ouvindo a gargalha de Michael preencher o cômodo, sentindo o cheiro da comida de Clara invadir seus pulmões, abraçada à irmã. Quando os ponteiros do relógio finalmente se encontraram à 00h00m, fizeram uma breve oração; mas Julian, curiosamente, não orava com eles.

Deleitaram-se com o jantar, entre conversas e risadas, e logo em seguida, partiram para abrir os presentes.

— Oh, nossa! Esqueci o seu presente lá em cima, Tay. Espera, vou buscar. — Lauren rumava para as escadas.

— Tá bom, não demora!

Com o sorriso do andar de baixo, Lauren entrara no quarto à procura da embalagem brilhante. O presente era uma xícara. Onde uma xícara poderia ter parado?

Estava começando a se irritar quando finalmente pôde ver o embrulho sobre a poltrona do quarto. Catou e começou a marchar para fora do cômodo, mas antes, ouvira um barulho vindo das vidraças da janela.

Com o cenho franzido, e até um pouco de medo, aproximou-se. Alguém estava jogando pedrinhas. Colocou o presente de Taylor em cima da cama e voltou-se para a janela mais uma vez.

Quando abriu, sentiu a curiosa sensação de finalmente respirar, como se até aquele momento seus pulmões estivessem sendo asfixiados. Olhou para baixo e paralisou.

Olhos muito castanhos à encaravam agora, acompanhados de um sorriso. Um sorriso conhecido.

Ela.

Lauren continuou paralisada vendo-a subir a árvore que ficava ao lado do seu quarto; ela se aproximou, pendendo suas pernas, apoiando o queixo em uma das mão, usando o galho de base. A outra mão segurava uma embalagem quadrada, quase igual à uma caixa de sapatos.

— Posso entrar?

O quê?

— Você- Você- Disseram que você estava morta! Iorran foi encontrado morto!

— Não encontraram o meu corpo, não puderam confirmar se eu estava morta ou não, e você tem razão, Iorran está morto. — ela dizia tranquilamente, remexendo o interior da mais nova.

Lauren cambaleou para trás, caindo sentada no chão. Neste instante, Camila entrava pela janela, deixando a caixa que segurava no chão, e estendendo a mão para outra. Mas Lauren decidiu levantar sozinha.