𝙈𝙚𝙪𝙨 𝙙𝙤𝙞𝙨 𝙖𝙢𝙖𝙣𝙩𝙚𝙨 - 𝘔𝘰𝘳𝘱𝘩𝘦𝘶𝘴 - 𝘛𝘰𝘮 𝘚𝘵𝘶𝘳𝘳𝘪𝘥𝘨𝘦

Capítulo 15 - Radiante

Eu estava radiante. Alguns dias se passaram, desde que fiz as pazes com os dois, mas ao mesmo tempo me sentia em um beco sem saída. Como eu resolveria essa situação? O que eu faria com eles? Não é como se eu pudesse simplesmente escolher entre eles, isso é... Isso é impossível! Meu coração se destrói quando penso nisso. Estou apenas vivendo fingindo que esse dia nunca ira chegar. Mas no fundo eu sei que um dia eu terei que fazer uma escolha. Por que o destino foi tão cruel assim?

Morpheus está tão carinhoso, definitivamente não está mais aquele Morpheus que vivia me chamando apenas de mortal. Ele mudou muito, principalmente depois que transamos... Eu já sinto falta dos seus toques. Toda noite sem falta eu vou direto pro seu palácio encher sua paciência, fiz até amizade com Matthew. Tom... Ainda estou devendo um encontro a ele, mas hoje eu resolveria isso.

Eu fui mais vezes a casa dele para assistirmos filmes e dar risadas. Tomamos sorvete, dessa vez sem trombar um no outro. Ele como sempre com seu jeito adorável, sempre carinhoso. Eu também sinto falta dos seus toques. Eu me sinto tão faminta, como eles causam isso em mim?

Olivia surtou quando eu contei que quase transei com Tom, e bem... Morpheus, que quase me deixou de cadeira de rodas aquele dia. Ela não parava de me chamar de a maior vadia que já conheceu, como se eu já não estivesse me sentindo culpada o suficiente. Amiga adorável eu tenho.

Nesse momento estou sentada prestando atenção nas palavras que estão saindo da boca do meu querido professor, que eu queria que fosse fixo. Ele está incrivelmente sexy concentrado dessa forma, como ele explica e sorri. A forma como ele é apaixonado pelo o que faz. Vou sentir falta dele quando essa temporada acabar, vou sentir muita falta. Senti um cutucão de Olivia na minha costela. O que essa burrinha quer?

- Amélia... Tem uma baba escorrendo!

- Me deixe, Olivia! Estou prestando atenção na aula

- Na aula... A aula tem nome e sobrenome, NÃO É? E esse safado nem faz questão de disfarçar seus olhares em sua direção

- Meu vizinho é uma delícia, eu ainda vou sentar nesse homem, Olivia. Escreva o que eu digo!

- O que? Sua putinha!

- Q-quer dizer... Eu pensei alto. Droga!

Meu rosto esquentou e eu olhei para minhas mãos. Tom não parava de me olhar. Minha vontade é de pular no seu pescoço e grudar em seus lábios.

Olhei pro lado e vi Ágata, coitada. Ela sorriu e me deu um tchauzinho. Eu apenas virei minha cabeça rapidamente. Ela tentou se desculpar, depois que eu a soquei outra vez, mas eu apenas tenho fugido dela. Não quero nem graça com essa maluca. Nunca vou esquecer que foi ela que me atacou primeiro e eu poderia estar morta.

As aulas acabaram. Finalmente eu estava indo embora. Andava tranquilamente por aqueles corredores. Vi Ágata tentando se aproximar e eu acelerei os passos me misturando entre as pessoas. O que aquela vadia quer? O nariz quebrado outra vez?

Sai pelos portões largos daquele campus e suspirei aliviada, já era final de tarde. Eu não vi Tom. Eu precisaria ligar pra ele quando chegar em casa. Aquele sol fraco beijava minha pele, estava agradável. Mas meu corpo estremeceu quando eu escutei aquela voz sexy e grave chamar por meu nome. Olhei pro lado, vi Tom em seu carro. Ele fazia sinal para que eu me aproximasse. Ele parou o carro. Deus!

- Pequena! Gostaria de ir embora comigo? Sua companhia será agradável

- Vizinho... Não vou incomodar?

- Jamais, Amélia. Além do mais, eu quero provar uma coisa que só você pode me dar

- O-oque? Do que...