Capítulo 7: A bela e a Fera

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Os dois jantaram juntos e estavam em silencio a no mínimo meia hora. Não era um silêncio ruim ou desconfortável, mas ainda assim Draco se sentia estranho, ele já havia visto Mallory agitada, feliz, irritada, cansada, mas nunca triste e cabisbaixa e aquilo o deixava incomodado, porque ele não sabia como agir. Ou o que fazer, ou o que dizer...

— Eu acho que eu vou... – Draco exclamou depois de um tempo apontando para a porta com a cabeça, indicando que iria embora.

— Você pode ficar se quiser... – Ela disse se encolhendo um pouco, naquele momento ela parecia... frágil. – Eu estava pensando em ver um filme.

— Um filme?

— É... é um clássico infantil, mas me traz lembranças boas. Pode ficar e assistir comigo.... Se você quiser é claro. – Draco se sentiu um pouco estranho, porque era como se ela realmente estivesse querendo a sua companhia naquele momento. De todo modo, ele se sentia incapaz de negar.

— Qual é o filme? – Ele questionou enquanto tirava os dois pratos da bancada onde estavam e levando até a pia. Ele estava de costas, mas tinha certeza que ela estava sorrindo.

— A bela e a fera, conhece? – Ela se sentou no sofá e puxou um cobertor sobre si deixando espaço para que Draco se sentasse ao seu lado.

— Nunca ouvi falar. – Respondeu se aproximando e se sentando na outra ponta do sofá, puxando o outro lado da coberta sobre si.

— É uma história bonita.... – Mallory deu o play e se encolheu debaixo da coberta encarando a televisão na frente dos dois.

Draco já havia visto algumas daquela em alguns dos hotéis em que havia se hospedado com a família nas viagens que faziam nas férias, mas nunca ligada. Era como um rádio com imagens, o entretenimento trouxa era impressionante e isso não dava pra negar.

Vez por outra Mallory dava uma risadinha com o filme, enquanto Draco claramente estava tentando entender o que estava acontecendo.

— Por que eles começam a cantar do nada? – Draco questionou – E por que diabo a mobília está cantando?

— Respondendo a primeira pergunta, é um filme musical e respondendo a segunda, não está prestando atenção não? – Ela questionou e Draco deu de ombros. – Não são mobílias comuns, estão enfeitiçados, na verdade são as pessoas que moravam no castelo, presta atenção, Malfoy!

— Tá bom, ta bom. Desculpa aí por não prestar atenção... – Draco levantou as mãos em rendição e Mallory voltou a prestar atenção no filme.

— Veio alguém, veio alguém, que chegou pro nosso bem, já tem vinho e com carinho, vou querer servir também. E depois da sobremesa, eu vou pôr o chá na mesa; vendo as xícaras dançando, vou fervendo e borbulhando. Hoje não falta nada, ah meu Deus, estou manchada, vou limpar não se admite coisa errada! – Montgomery cantava junto com o bule de chá parecendo uma criança e Draco a olhou meio assustado, mas ainda assim tentando segurar o riso.

— Deixa ver se eu entendi. – Malfoy exclamou cerca de dez minutos depois. – A xicara, é filho do bule de chá?

— Isso mesmo.

— E como um bule de chá teve um filho? –Mallory riu como se a pergunta de Draco fosse absurda.

— Ela o teve antes de ser um bule de chá, Draco. – Ela ainda ria enquanto a expressão de Draco ainda era de confusão. – A maldição surgiu no castelo porque a fera era um péssimo príncipe. Todos os funcionários e moradores acabaram pagando por isso.

— Oh, então não são mobílias encantadas?

— Sério Malfoy, onde sua mente estava no começo do filme onde foi absolutamente tudo explicado? Ou a dez minutos atrás quando eu te expliquei o que estava acontecendo?

𝐃𝐀𝐍𝐂𝐄 𝐖𝐈𝐓𝐇 𝐌𝐄 ▪︎ Draco MalfoyOnde histórias criam vida. Descubra agora