-𝐂𝐚𝐩í𝐭𝐮𝐥𝐨 𝟒- 𝐂𝐨𝐯𝐚𝐫𝐝𝐞

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— Eeei~ Shinichirooo... — Tentei sua atenção. — Coloca mais para mim... por favor. — Entreguei o copo para ele, que o pôs sobre a mesa, bem distante de mim.

Minha visão estava como aqueles filmes antigos. Minha cabeça doía e meu coração batia tão rápido, que minha vontade era embrazar junto com o funk.

— [nome], eu te disse para não exagerar. — Resmungou com uma careta feia no rosto. Sua cara estava tão enrugada que me tirou boas risadas.

— Do que você está falando? — Engatinhei pelo sofá, até chegar ao seu lado.

— Que você é realmente uma pirralha irresponsável. — Ele não gritou, mas seu tom de voz havia saído do rígido. Um sorriso involuntário se formou em meu rosto.

— Mesmo? — Fiz um biquinho, sentei sobre as pernas e peguei sua mão, trazendo para perto do meu corpo.

Eu queria persuadi-lo; seduzi-lo. Queria que ele fosse meu. Esse desejo era tão intenso e por causa do álcool minhas trancas estavam frouxas, que...

— Sou mesmo uma pirralha inocente? — Beijei sua mão e joguei um olhar inocente. Por baixo, tentei observar sua expressão, que de um olhar fuzilante passou para um envergonhado.

— Sim... E se você estivesse sozinha? Tem ideia do que poderia acontecer? — Resmungava. Em minha mente suas palavras eram meros "bla bla blas". Não podia ser minha culpa quando eram os lábios dele que me roubavam toda a atenção.

— Hey... Shin... — o chamei carinhosamente. — Não está muito calor? — Murmurei colocando a mão dele em meu rosto.

Apesar de toda a minha visão estar embaçada, Shinichiro era o único lustroso.

— É por conta do álcool. Eu não bebi muito por isso estou com frio. — Explicou, enquanto eu levava sua mão a minha cintura e a minha a sua coxa. — E- ei! — Gaguejou.

— O que? — Sussurrou chorosa, fazendo o sentir-se culpado em querer tirar a mão. — Você não gostou? — Juntou as sobrancelhas e fiz sua cara de gato de rua.

— Não é isso, é só que... — Perdido em suas próprias palavras, me diverti com as reações de Sano. Ele parecia tão inocente. — Deus! — Gemeu quando apertei sua coxa.

— Deus te fez algo? — Brinquei.

— Deus não, mas você... — Ele olhou para baixo, fiz o mesmo. Era quase imperceptível por causa de suas roupas escuras, mas tinha uma ereção entre as pernas. Não evitei em sorrir vitoriosa.

— Me chamar de pirralha agora seria um pouco estranho... então você admite que eu sou-

— Sim sim, [nome] podemos ir para casa? Por favor! — Me interrompeu com um tom de súplica.

— Só depois de um beijo. — Levei o indicador, da outra mão, aos meus lábios.

Shinichiro nem hesitou ao levar a mão em direção ao meu rosto. Fechei meus olhos e senti meus batimentos acelerarem quando nossos lábios se tocaram.

Sua mão tocou meu maxilar acariciando minha bochecha, enquanto sentia sua língua se chocar com a minha a cada vez que Shinichiro aprofundava o beijo. Sua outra mão em minha cintura causava arrepios em meu corpo com seus apertões.

— UUUUHHHH! — Afastamos nossas bocas quando escutamos gritos e palmas.

— Ei Shin você pegou uma gostosa e tanto! — Na mesma hora em que começaram a gritar frases constrangedoras, Sano me pegou no colo estilo princesa e escondeu meu rosto em seu peito.

— Nem divide! — Escutei um grito ao longe, aquela voz de alguma forma me era familiar.

— Poxa! Já terminaram? — Gritaram mais uma vez, mas por algum motivo a cada grito, mais eles iam cessando.

— Caso algum de vocês façam mais um comentário sem graça, eventualmente todos terão uma punição. Black Dragons não é um lugar onde desrespeitamos as pessoas. — Gritou Shinichiro saindo pelas portas. Em seguida me colocou no chão.

— Consegue ficar em pé sozinha? — indagou ao me ver calabrear.

— Talvez.

— Ok senhorita indecisa... — Ajudou-me a caminhar até o poste mais próximo. — Se segura aqui e fora em direção a moto, que estava, contados por mim, a dez passos de distância.

— Hm... — Entediada murmurei, tentando achar um assunto para pensar. — Amanhã tem... amanhã tem o que mesmo? — Abracei o poste quando senti que ia cair. — Ah é verdade... Shiin...

Assim que o chamei, o barulho de moto ao lado me assustou, mas não saí do lugar. Ele apoiou um pé no chão e tirou o capacete.

— Se eu subir ai, vou sair voando. — Resmunguei enquanto subia na moto. — E se eu vomitar? — Abracei, com a força que me restava, seu tronco e deitei minha cabeça em seu ombro.

— Você não vai. — Acelerou com tudo, quase me fazendo voar de verdade.

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.

.

Provavelmente acabei dormindo por alguns minutos. Acordei, com mais uma vez, Shinichiro carregando estilo noiva, pelas escadas de sua casa.

— Não se mexa muito, ou vamos nós dois cair. — Reclamou.

— Estamos na sua casa? Que horas são? — Grunhi quando ele jogou meu corpo para cima, para me ajustar em seu colo.

— Sim, estamos na minha casa, e são 01:08, por isso você deveria falar baixo, meu avô e minha irmã estão dormindo. Pedi para Mikey guardar sua moto na garagem. — Falava ofegante, enquanto abria a porta do quarto com seus pés.

Ele falava tantas palavras ao mesmo tempo, que meu cérebro nem tinha tempo de processar. Eu estava bêbada, ou quase sóbria, como quisessem chamar. Além disso, tinha acabado de acordar, mal sabia meu próprio nome.

— Aqui. — Jogou algumas roupas em cima de mim. — Dormir com esse vestido pode ser desconfortável.

— Talvez... — Levantei os braços, esperando que ele me ajudasse a puxar aquela roupa extremamente colada ao meu corpo.

— O quê? — Indagou confuso.

— Não tenho forças, preciso de ajuda.

— Você é uma criança? Eu não vou fazer isso! — Esbravejou envergonhado. Sentia tanto sono naquela hora que não consegui distinguir as expressões em seu rosto.

— Você pelo menos está com sutiã? — Concordei com a cabeça.

— Ok... — Cedeu ele, se aproximando cautelosamente. Apesar de resmungar coisas incompreensíveis, ele me ajudou a tirar o vestido.

— Você está rezando? — Puxou com tudo e se virou de costas.

— VOCÊ TINHA DITO QUE ESTAVA DE SUTIÃ! — Berrou. Peguei a blusa e a vesti.

— Sim, está costurado no vestido... da a impressão de seios maiores. — Vesti a calça sem levantar da cama. — Terminei. — Ele se virou logo depois de jogar o vestido no cesto de roupa.

— Estou muito cansado. Nem um filho dá tanto trabalho quanto você. — Ele deitou na cama, atrás de mim.

— Desculpa, eu realmente não tenho hábito de ficar bêbada com facilidade... provavelmente vou esquecer tudo isso como das outras vezes... então... — Me joguei para trás, dando uma cabeçada em sua barriga. — Obrigada por me divertir hoje.

— Fala sério, meu amigo fez você se sentir horrível.

— E você fez eu me sentir incrível. Ainda não entendo como consegue levar tantos foras. Tipo você é bonito, alto, incrível, gentil, alto, engraçado e é alto.

— Provavelmente é porque eu sou um covarde. — Sorriu sem graça. — Daqueles…

𝐅𝐨𝐫𝐚 𝐝𝐞 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐫𝐨𝐥𝐞, Sano ShinichiroDonde viven las historias. Descúbrelo ahora