10 - Terceira Lei de Newton.

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Antoinette Point of view.

Já vi alguém ter inclinação pra se lascar na vida, mas igual a mim, está pra nascer e tudo foi 100% comprovado quando a coordenadora entrou no dormitório, vulgo Marisol Topaz, minha mãe.

—Senhora Topaz, que prazer conhecê-la. - A cabeça de fogo cumprimentou minha mãe.

—Você é Cheryl Blossom, certo?

—Sim senhora.

—Poderia me contar o que aconteceu pra ter soado o alarme e com os seus olhos?- Ela franziu o cenho ao encarar a pirata.

—Sobre o alarme, eu toquei sem querer, como não estou enxergando, fica difícil não  quebrar alguma ou tocar em algo indevidamente e sobre meus olhos, Toni pode explicar à Sra, melhor do que eu.

—Antoinette, em minha sala, agora.

—Mas mãe.

—Nesse momento eu sou a coordenadora, não sou sua mãe, agora Topaz.

—Boa sorte, Toni. - A maldita ruiva gargalhou atrás de mim, antes que pudesse sair do dormitório.

—Você me paga, cabeça de fogo.

—O karma já tem me agraciado demais, pra  que eu tema suas ameaças Topaz, continue assim, você está experimentando do que sou capaz. -

E assim a porta fechou em minha face e minha mãe ou melhor, a coordenadora, me gritou a frente.

Fechei a porta com raiva ao entrar na sala.

—Você não está na sua casa, pra bater a porta assim.- Buguei com a resposta ao meu ato.

—Eu não suporto essa menina.

—Quero que me conte tudo, desde o início e aí veremos se você tem razão.

—Vou resumir porque não estou com paciência de falar nada.

—Mas eu estou, e só sairá daqui depois de esclarecer tudo, você não tem mais idade pra agir como uma criança, é assim que quer ser médica, com essa maturidade?

Estava tão irritada que comecei a andar pela sala, só se ouvia o som de minha jaqueta e meus saltos.

—Eu entendo sua situação, mas você tem que aprender a lidar com os contratempos que a vida lhe colocar como barreira, eu nunca saberei como é estar em seu lugar, mas você sabe que pode contar comigo, sempre pode e não é agora que eu deixarei de estar com você. Cheryl não parece ser o tipo de pessoa que implica com a outra, então me conte, o que aconteceu?-

Parei de andar freneticamente em seu gabinete para me sentar a sua frente, por mais que eu fosse ao extremo arrisca, minha mãe ainda se mantinha compenetrada em me andar.

—Cheryl tem algumas manias que me irritam, não faço as coisas por implicância apenas, mas eu queria muito, ficar sozinha, eu quase consegui, se não fosse pelo botão de emergência, ela usou pra atrair você e me fazer entrar em uma encrenca.

—Desde o incio, por favor. - Travei em reprovação e tomei fôlego para começar.

— Ela dorme de luz acesa.

—Literalmente?

—Com uma luminária azul, não é tão forte, mas ainda assim incomoda.

—Não é motivo, próximo.

—Ela colocou pasta de dentes no meu shampoo.

—E você é santa?

—Não, eu coloquei pimenta no dela.

A estranha do dormitório.Where stories live. Discover now