Capítulo 10

47 10 2
                                    

   Foi exatamente na biblioteca, todos os dias, ao mesmo horário, eu observava ela

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

   Foi exatamente na biblioteca, todos os dias, ao mesmo horário, eu observava ela. Nessa Carter. A rapariga linda, ruiva de olhos azuis e leves sardas no rosto.

A rapariga linda e maravilhosa que eu amo. Desde que entrei nessa escola ninguém havia prendido a minha atenção, até o ano seguinte, no meu segundo ano que ela entrou.

Todos os dias que ela ia a biblioteca, eu estava lá. Quando ia ao refeitório eu estava lá. Quando saía da escola até a sua casa. Eu estava lá.

     Observando detalhadamente ela. Nunca confiei em seres humanos.

Desde que me conheço como um Roberts.

A forte influência negativa do meu pai acabou afectando a minha mente e eu não sei mais o que é ser feliz.

Até o dia que falei pela primeira vez com a Nessa.

    O meu pai sempre foi um homem ocupado. Mas para o Brunno e a Stacy sempre tem tempo. Eles sempre são o orgulho do papai.

Sempre são os queridinhos do papai.

   Talvez por eu ter sido fruto de uma traição dele.

A minha madrasta, a Nicole, aparenta gostar de mim, mas eu sei que ela finge. Puder sentir e ver a auréola das pessoas é doloroso, pois você descobre quando é que gostam de ti ou se vives com os teus próprios inimigos.

    Quem vê a minha família nas propagandas de televisão ou nas revistas, pensa que é unida e feliz. 99% dela é unida, pois raramente mantém contato comigo. Eu queria puder ser um motivo de felicidade do meu pai. Mas ele não liga para mim, se eu acordo e falo um : " bom dia pai! " , ele apenas responde: hum. Mostro os testes da escola, ele responde: mais logo Lucca.

   Quando estou doente, ele diz: O Alfred existe na nossa casa. Ele nem com a minha saúde se importa, tudo quem faz para mim é o mordomo da casa. ALFRED!, Alfred aí, Alfred acolá. Tudo quem trata é o mordomo da casa.

Mas quando o Brunno tropeça no tapete, ele sai do quarto às pressas e trata dele, chamando de: meu filho. E eu? Eu sou chamado de : rapaz. Ou : alô.

   E é essa falta de atenção do meu pai por mim, que fez eu mandar pintar as paredes do quarto de cinza. Pois a minha alegria arco-íris morreu lentamente.

    Mudei o meu guarda-roupa para roupas clássicas e nada coloridas demais, para tentar ser o filho perfeito.

Pedi estudar numa escola pública para puder ter amigos. Mas não consegui. Não consigo.

A falta de atenção do meu pai acabou comigo. Eu não sei mais o que é brincar com outros rapazes da minha idade. Na minha turma tentam relacionar-se comigo, mas eu sempre coloco uma barreira.

Alguns tentam por eu ser um Roberts, outros por me acharem muito triste e sozinho.

Mas não preciso de ninguém para preencher o vazio que o meu pai deixou em mim. Apenas preciso da Nessa.

---

Olá! Tudo bem? Aqui é só para perceberem o ponto de vista do Lucca na história, pois a história é totalmente narrada pela Nessa, então em alguns casos especiais vamos contar com a participação do Lucca Roberts. Abraços e beijos coloridos💘 e atenção com o Cupido!

Enviado Pelo CupidoWhere stories live. Discover now