XXII - POR FAVOR, NÃO DESISTA DE MIM

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❝𝗣𝗼𝗱𝗲𝗺𝗼𝘀 𝗳𝗮𝗰𝗶𝗹𝗺𝗲𝗻𝘁𝗲 𝗽𝗲𝗿𝗱𝗼𝗮𝗿 𝘂𝗺𝗮 𝗰𝗿𝗶𝗮𝗻𝗰̧𝗮 𝗾𝘂𝗲 𝘁𝗲𝗺 𝗺𝗲𝗱𝗼 𝗱𝗼 𝗲𝘀𝗰𝘂𝗿𝗼; 𝗮 𝗿𝗲𝗮𝗹 𝘁𝗿𝗮𝗴𝗲́𝗱𝗶𝗮 𝗱𝗮 𝘃𝗶𝗱𝗮 𝗲́ 𝗾𝘂𝗮𝗻𝗱𝗼 𝗼𝘀 𝗵𝗼𝗺𝗲𝗻𝘀 𝘁𝗲̂𝗺 𝗺𝗲𝗱𝗼 𝗱𝗮 𝗹𝘂𝘇.❞

- Platão

       DESPEDIR-ME DE JISUNG FOI UMA das coisas mais difíceis que eu já tive que fazer

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DESPEDIR-ME DE JISUNG FOI UMA das coisas mais difíceis que eu já tive que fazer. O meu coração está machucado, destruído. Depois de passar pelos estágios anteriores do luto, chego ao quarto: depressão.

Levantar-me da cama precisou de muito esforço, eu fiquei até tarde enrolando para sair do colchão, sem forças para viver este dia. Não sinto vontade de fazer nada, mas preciso. Após muito esforço eu me ergui, tomei banho, comi algo e voltei a me deitar.

Passei a minha tarde inteira assistindo a vídeos de gatinhos fofos, mas nem isso me animou. Quanto mais o tempo passava, menos eu queria sair de casa, mas hoje vamos jantar no restaurante de Seo Soojin, em comemoração ao aniversário de Ryujin.

Algumas horas antes eu pensei em desistir, mas não podia cancelar os planos que eu mesma fiz. Por isso, eu me arrastei até o banheiro, tomei banho, lavei o cabelo, vesti uma roupa bonita, fiz uma maquiagem simples e torci para que eu não estragasse a comemoração com este meu humor de merda. Talvez seja uma boa distração.

Agora, meia hora antes do horário combinado, dou uma última checada no espelho. Aproveito para ensaiar as minhas expressões faciais. Eu sorrio, mas não parece natural. Minha expressão relaxada naturalmente já não é das melhores, eu sempre pareço brava, quando não estou. Hoje, está ainda pior, um horror, parece que descobri uma doença incurável.

Pego minha bolsa, objetos pessoais, o presente e solicito um carro por aplicativo.

Pensei que seria a primeira a chegar, mas o trajeto levou um pouco mais de tempo devido ao engarrafamento que nós enfrentamos — o motorista e eu —, então já encontro o casal na mesa separada para nós. Uma mesa excelente, por sinal. É perto do piano, mas não o suficiente para o volume atrapalhar nossa conversa, tem uma boa vista e é arejado.

— Feliz aniversário, Ryujinnie! — eu a desejo, feliz por ela e por conseguir dar um sorriso que não seja falso, mas ainda sem muito ânimo. — Toma, presente. — eu a entrego uma sacolinha azul bebê.

— Obrigada, Jiwoo. — ela se levanta para poder receber o meu abraço e o presente.

Eu não sou do tipo de pessoa que sai por aí distribuindo abraços, Ryujin também não aparenta ser, mas é um dia especial.

— Oi, linda. — cumprimento a ruiva de longe, indo me sentar de frente as duas.

— Com licença, senhoritas. — um garçom se aproxima da mesa. — Vocês já vão pedir, ou estão esperando por mais alguém? — ele questiona, pronto para nos atender.

𝐓𝐀𝐑𝐎𝐓; 𝗵𝗮𝗻 𝗷𝗶𝘀𝘂𝗻𝗴Onde histórias criam vida. Descubra agora