𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟎𝟎𝟗

2K 179 31
                                    

11 de novembro de 1963
Dallas, Texas

Suas bocas falavam uma língua secreta, uma de carinho, de pertencimento, de fusão. Ela tinha uma vaga consciência de que seus braços estavam esticados acima de sua cabeça. Conforme a ternura se misturavam em uma dança erótica, suas bocas prendiam e saboreavam resmungos suaves.³

Aos poucos eles afastaram seus lábios um do outro ainda de olhos fechados.

Quando S/n abriu os olhos, ele olhava para ela com uma expressão de espanto e surpresa no rosto, mas não disse nada.

Nem ela. Não havia palavras para o que havia acontecido.

S/n: A genti ode espelar? - pergunta num sussurro tão baixo, que se Five não estivesse com seu rosto próximo ao dela não escutaria.

Five: Claro, claro. - sussurra de volta.

Five saiu de cima de S/n e a levou junto de si para que se deitassem lado a lado.

Um beijo sussurrou na testa de S/n, como asas de borboletas, e ela caiu no sono.³

* * *

Um tempo depois, uma batida na porta é ouvida.

Five resmunga um "entre" e a porta é aberta revelando Elliott com uma bandeja com café da manhã.

Elliott: Oi... - diz deixando a bandeja na mesa no quarto. - Achei que ela estaria com fome, mas vejo que era sono.

Elliott olha para cena a sua frente e abre um sorriso.

S/n deitada no peito de Five, com um braço envolta da cintura dela, num sono profundo, com a expressão calma e serena.

Já Five estava com um braço envolta dos ombros dela, fazendo uma leve carícia no mesmo.

Elliott: Bom... é... eu vou deixar o café aqui.

Five apenas acena com a cabeça e Elliott sai do quarto fechando a porta.

* * *

Algumas horas depois, Five encontra-se desfazendo a mala de S/n.

Depois que Elliott saiu, S/n havia acordado, mas regrediu.

Então Five deu um banho dela e a alimentou com o café da manhã que Elliott havia feito para ela.

Após isso, ele a colocou para dormir novamente, já que depois de se alimentar ela fica com sono.

Agora ele estava guardando a última peça de roupa da mala de S/n, depois disso, só faltava as duas caixas.

A primeira é apenas uma caixa simples da cor branca, ele não dá muita importância e a deixa na mesa, em um canto.

Já a outra chamou.

Era uma caixa retangular, com alguns adesivos e pequenos desenhos feitos a mão com tinta. Na parte da frente, ao lado da fechadura, havia uma escrita em duas linhas.

"Letters to
my sun"

A letra era perfeitamente bem desenhada. Numa cor dourada, tão fina como se tivesse sido escrita por uma pena. Parecia ter sido escrita por uma princesa na época medieval, quando as cartas eram escritas por uma pena de pássaro.

Five então pega um envelope, largando a caixa na mesa. Ele a abre e começa a ler.

"Era você

Era você em quem eu lembrava quando
escutava músicas românticas, e em 
segredo dedicava elas a você. Era
você em quem eu pensava antes de dormir e
quando acordava, quando estava
fazendo qualquer coisa, sempre
foi você. Era você em quem
eu pensava quando observava
a lua, contava para ela sobre você.
Todas as noites"

𝐌𝐲 𝐦𝐨𝐨𝐧, 𝐲𝐨𝐮'𝐫𝐞 𝐦𝐢𝐧𝐞! - ᶠⁱᵛᵉ ᴴᵃʳᵍʳᵉᵉᵛᵉˢWhere stories live. Discover now