Epílogo dois (Supresa)

812 57 3
                                    

HELENA

Olho para o teste em minhas mãos,sentindo um nó no estômago,fazendo a ânsia de vômito subir na bile ao ponto que eu só consiga suspender rapidamente a tampa do vaso sanitário e colocar todo o meu café da manhã na cama.

Sinto tontura,mas o sentimento que mais me predomina nesse momento é a vontade de comer um vagabundo ao molho pardo e com bastante pimenta.Eu irei matar Lorenzo,com todas as minhas forças,dessa vez nem mesmo o amor que tenho pelos seus pais irá me impedir de cortar seu pescoço e destribui seus pedaços pelo meio da rua para os cachorros comerem.

Ele não podia fazer isso comigo...
Ele prometeu que não faria outra vez!
Eu confiei.

Acorda Helena deixa de ser idiota,sabe que seu marido não presta e você ainda cai nas histórias dele.

Burra!

Como eu sou burra.

Caminho até a pia segurando ainda o teste de gravidez confirmando o que eu jamais imaginei pensar outra vez na minha vida.

POSITIVO!

Seguro a escova de dente e escovo meus dentes ainda atômica,sem acreditar que eu estou grávida novamente.Sem acreditar que aquele troglodita de uma figa teve a coragem de faze eu engravidar de novo.

-Mamãe!-Ouço a voz de Júnior,que hoje tem cinco anos,enquanto Pérola acabou de completar seus oito anos.

Eu amo meus filhos mais que tudo nesse mundo,são as minhas razões de viver,meus momentos de alegria e nunca trocaria a sensação de ser mãe e ter o prazer de amar incondicionalmente e ser amada de tão maneira tão pura e única,por qualquer outro momento que não fosse ao lado da minha família.

-Oi filho.-Respondo abrindo a porta do banheiro e vendo ele segurando seu pequeno urso de pelúcia de dinossauro.

-Posso comer chocolate?-Pergunta me olhando com o olhar mais fofo de criança sapeca.

-Isso não é hora de comer doce filho.-Falo e saio caminhando para a cama ainda segurando a prova mais que precisa de que preciso matar Lorenzo.

Júnior me olhar com os olhos cheio de lágrimas e meu coração de mãe aperta forte por ver meu bebê triste.Mas ainda são 07:00H da manhã e nunca deixaria ele ou Pérola comerem doces logo na primeira refeição do dia.
Estou fazendo para o bem deles.

-Venha cá bebê da mamãe.-O chamo pegando minha pequena cópia do discarado do pai,Júnior é a cópia de Lorenzo,até seus ciúmes teve a quem puxar o que me faz muita das vezes ficar de cabelos em pé e puxar para conversa explicando o quanto é feio certas atitudes.

Sempre me questiona e eu sempre tento educar-los da melhor forma possível.

-Por que não mamãe?-Ele pergunta deitando a cabeça em meu ombro e brincando com uma mecha do meu cabelo.

-Porque está na hora do café da manhã meu amor e a mamãe junto com o papai já explicou que doces só depois das refeições e controlado.-Explico cheirando seus cabelos com cheirinho de bebê que tanto sou apaixonada.

Será se estou preparada para ser mãe de três?

Minha cabeça começa a lembrar de quando estava grávida,dos enjoos,desejo,meu desejo por graviola,minha vontade de transar desgovernadamente,meus choros,sono,engordando,peito vazando,Lorenzo de cabelos em pé e me mimando sempre,me amando.

Helena ,não pense nesse homem.Ele lhe engravidou pela terceira vez.

-Então posso depois do almoço?-Além de tudo Júnior,era um ótimo negociador e sempre tentava uma solução para as coisas.

Carvalheiro Não Usa Armadura Where stories live. Discover now