Capítulo 252

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- Nem brinca! Eu tô esperando você! Liguei só para ver você um pouquinho e lembrar que você é o homem mais lindo do mundo. - Caio disse

- Desse jeito, a gente abre competição para saber quem é o mais lindo porque para mim é você! - eu ri bobo - Daqui a pouco nos vemos.

- Tá bem, tô ansioso... tchau, te amo!

- Amo você mais!

Nós estávamos bobos e apaixonados, então, essas bobeirinhas estavam bem frequentes entre nós, o que fazia tudo ficar mais adolestemente gostoso.

Nas primeiras semanas, acho que até o primeiro mês inteiro e a metade do segundo mês de tratamento, eu fiquei na casa da minha mãe, o que me aliviou muito, pois não precisava cuidar da minha casa que ficou fechada nesse período. Minha mãe insistiu para contratar alguém para me ajudar na lida do dia a dia da casa, Caio e eu fomos contra (não por não querer alguém para nos ajudar, o que nós não queríamos era que nossa mãe pagasse), mas a dona Joana é muito mais insistente que nós dois juntos. Quando ela quer, ela consegue! Ela encontrou uma senhora, a Estela. Eu digo senhora, mas ela não era muito mais velha que Caio e eu, não. Acho que na época, ela tinha por volta dos seus 37/38 anos. Ela era um doce de pessoa e extremamente tímida. Para ela ganhar confiança em mim, ela custou um pouquinho, mas como a gente ficava vários momentos sozinhos em casa, era impossível nós não conversarmos ainda mais eu sendo o tagarela que sou. Aos pouquinhos, ela foi deixando de ter tanta vergonha e nós fomos fazendo amizade. Agora, do Caio, ela nunca perdeu totalmente a vergonha. Minha mãe a contratou, mas quem assinou a carteira fui eu. Nós aceitamos a ajuda da nossa mãe só nos primeiros meses, foi o tempo para nós nos reequilibrarmos financeiramente. Assim que o nosso orçamento folgou com a recuperação do meu consultório, nós passamos a pagar a Estela.

Quando o Caio me ligou, eu estava em casa. Eu fui ao consultório somente de manhã, à tarde eu não atendi ninguém, pois eu precisava concluir os planos alimentares de alguns pacientes e enviar antes de pegar o avião. Eu estava com o computador aberto finalizando esses planos alimentares e tirando todas as dúvidas que eles me enviavam pelo Whatsapp. Passei a tarde inteira nisso, eu só parei para comer e tomar os remédios. O tratamento da infecção já tinha acabado, mas o tratamento hormonal duraria mais algumas semanas, depois eu faria novos exames e se os hormônios não tivessem voltado ao normal, se ainda houvesse uma alteração para cima ou para baixo da quantidade recomendada dos vários hormônios alterados, o Rafa pensaria em novas estratégias e tratamentos.

Meu doutorado estava relativamente parado, eu precisei conversar com a Suzana, expliquei toda a situação para ela e, mesmo não gostando, ela entendeu minha situação. Indo para São Paulo, eu tentaria colocar em dia a escrita da minha tese. Enquanto Caio estivesse no hospital, eu estaria grudado no computador. Quando ele estivesse em casa, a regra era nem eu e nem ele pegar em nada que dissesse respeito ao trabalho/estudo. Poderia ser a coisa mais urgente dos nossos trabalhos, estar juntos era mais urgente e importante para nós naquele momento.

À noite, eu me arrumei rapidinho e fui para o aeroporto. Eu estava sem carro, pois o meu carro deu um problema grande e eu simplesmente não tive vontade de mandar ajeitar, aquele carro já tinha me dado dor de cabeça demais. Nós decidimos trocar nosso carro, mas estávamos aguardando o Caio conseguir uma folga e passar alguns dias em casa além do sábado e do domingo para podermos pesquisar carros que pudéssemos comprar. Eu não entendia nada sobre carro e precisava da avaliação dele (a verdade verdadeira é que eu não precisava, eu poderia muito bem ir com o Tonho pesquisar meu carro, mas o Caio fazia muita questão de participar daquele momento especial para mim e eu decidi esperar por ele, pois eu queria que ele participasse e estivesse comigo na compra do meu primeiro carro). Para trabalhar, eu estava usando o carro da minha mãe e por isso eu acabava bancando o motorista, para ela isso era ótimo, pois segundo ela, ela "podia ficar mais tempo de olho em mim".

Amor que nunca acabará - PARTE 2Where stories live. Discover now